Palavras de Jesus Cristo ditas à multidão
Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui. Lc 12.15 O campo de um homem rico produziu com abundância. Lc 12.16 E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? Lc 12.17 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Lc 12.18 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Lc 12.19 Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Lc 12.20 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus. Lc 12.21
Kd o estudo? Somente o que ja estava escrito na palavra. Não entendi, se é estudo, então tem que explicar
Olá, Cristina! Você tem razão. Não é um estudo. É apenas um texto bíblico que eu postei em 2013 por algum motivo. O subtítulo é meu, o título acredito que seja da versão Almeida RA e o texto é de Lucas, aquele que afirmou ter feito uma apuração sobre os feito de Jesus Cristo naqueles dias.
Vejo nos estudos um grande perigo, pois seus autores se baseiam nas narrativas e nos dados, basicamente, mas emitem muito mais opinião sobre o tema do que um estudo exatamente. Eu trabalho com estudos musicais e venho há duas décadas baseando meus estudos na prática de repertórios, ou seja, o aluno aprende fazendo. Então todos os conceitos teóricos são assimilados pelo discípulo na medida em que ele vai vivenciando a prática musical. Na experiência bíblica é muito parecido, tendo em vista que o Senhor Jesus não fundou um núcleo de teoria. Ao contrário, ele confrontou os teóricos e convidou seus discípulos a viverem a experiência da conversão. Observo que seus ensinamentos se deram de forma clara e prática.
Sendo assim o estudo que posso propor sobre avareza é a observação na prática cotidiana das formas como nos relacionamos com as riquezas, tomando como partida a própria orientação divina de que nossas vidas não devem estar centradas no ouro que temos ou desejamos. O texto não é uma carta de condenação aos ricos ou àqueles que tem planos profissionais para uma abundância financeira, mas é uma chamada à atenção para que seja dado maior valor a outros fatores que norteiam as nossas vidas, não priorizando os bens como se eles fossem o mais importante.
Um exemplo bem claro sobre este assunto é a tomada de decisão profissional. Existem profissões que são altamente rentáveis, mas que exigem uma dedicação quase exclusiva ao trabalho. Então como poderá alguém que tenha filhos se dedicar a uma carreira assim e ao mesmo tempo acompanhar todo o processo de crescimento deles? Explicando ao seu filho que passa meses longe para manter um alto padrão social familiar? Ou dizendo que quando se aposentar terá muito tempo para estarem juntos? Ou afirmando que está garantindo um futuro para ele?
Bom! Não importa o que ele diga, dificilmente convencerá a alguém, que tenha amor por ele, de que a sua riquesa é mais importante do que sua própria presença. E na hipótese de conseguir pela insistência, estará ensinando alguém a amar mais a fortuna do que as pessoas mais queridas. Mas alguém pode argumentar dizendo que tamanha distância se justifica por se tratar de trabalho. É por isso que a experiência vivida é o próprio estudo, pois é dentro de cada situação específica que podemos analisar se estamos priorizando as riquezas ou não. Observe que está escrito “guardai-vos de toda e qualquer avareza”, porque são muitas as situações, portanto é preciso ter cuidado para não tropeçarmos nisso.
Sobre o exemplo que eu coloquei, vale lembrar que Emanuel é Deus conosco, que o Espírito Santo foi derramado sobre nós e que a nós foi enviado o Consolador. Então todo o contexto do amor de Deus está envolvido pela sua própria presença.
Espero ter contribuído de alguma forma;
Obrigado pela participação!