Baixo contínuo

O “baixo contínuo” é uma técnica para composição que surgiu no período barroco. Ela se baseia em uma visualização harmônica das notas graves, para dar sustentabilidade tonal ininterrupta às composições. Os estudantes de música naquele período aprendiam esta técnica para ampliar a capacidade criativa para composição e também para interpretação, já que era dada ao músico a liberdade de escolher, dentro do arranjo, a nota numerada ou cifrada que iria executar.   

Essa iniciativa para formalização do estudo teórico da harmonia, chamada de baixo numerado ou cifrado, era a notação do baixo contínuo feita colocando números e alterações que indicavam a formação do acorde a ser realizado partindo da nota mais grave. A numeração indicava os intervalos sobrepostos ao baixo, ou seja, o próprio acorde. Porém, essa teoria, mesmo tendo sido tão estudada e praticada, ainda não era a “teoria da harmonia” propriamente dita porque não analisava a sucessão dos acordes, que é feita dentro do contexto tonal, e não tratava do encadeamento entre eles do ponto de vista da condução de suas vozes; limitando-se à quantidade de notas e seus intervalos relacionadas ao som do baixo.

A obra “O Baixo Contínuo no Brasil”, de Marcelo Fagerlabde, apresenta um rico histórico sobre este assunto, entre a segunda metade do século 18 e a primeira do 19, baseado em tratados da época em língua portuguesa.

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