O uso do violão no choro

O Choro é um gênero musical caracterizado a partir da década de 1910, através do trabalho de Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, composto por obras de dificuldade técnica considerável, muitas vezes em andamentos rápidos, que exigem técnica apurada para execução com clareza de toque. Caracteriza-se basicamente por realização do ritmo de forma relaxada em relação ao pulso, uma articulação que enfatize a sincopa, e forma de frasear, geralmente sem exageros de dinâmica. Sua sonoridade leve e transparente evidencia o uso do violão com baixo cantante e acompanhamento semi-contrapontístico, porém, se mantendo como textura homofônica, caracterizada por uma linha melódica entrelaçada no plano harmônico.

Na melodia, aplicam-se apojaturas, bordaduras ornamentais e melódicas, cromatismo, arpejo maior descendente com sexta, frases longas, utilização da escala menor harmônica descendente sobre a dominante e valorização melódica do contratempo. O baixo é formado a partir dos encadeamentos de acordes invertidos, que se desenvolvem até os contornos melódicos, seu desenvolvimento pode se estender até a região médio-aguda do violão e envolver elementos da melodia. Ele pode exercer a função de condutor harmônico como baixo-melódico e baixo-pedalNa harmonia destacam-se uso do acorde de Sexta Napolitana e o uso do acordes de dominantes secundária e substituta (subV7), além do uso intensivo de acordes invertidos. No ritmo nota-se principalmente o uso de síncope e quiálteras, e os instrumentos característicos são o cavaquinho, o pandeiro e violão de sete cordas, preferencialmente, para ampliar as possibilidades criativas nas notas baixas (graves).

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