Grupo ECBA – festa 2019 – Embaixadores de Cristo da Bem Aventurança

Nos dias dezesseis e dezessete de novembro do ano de 2019 aconteceu a festa do Grupo ECBA – Embaixadores de Cristo da Bem Aventurança, que é o grupo de crianças da Igreja Evangélica Bem Aventurança do Cruzeiro, em Piraí/RJ. O grupo é dirigido pela professora Érica Ferreira sob a orientação da pastora Edneia Pereira. Com o tema “estamos fazendo uma grande obra” baseado na história de Neemias na reconstrução do muro de Jerusalém.

Cultos e recreação ECBA 2018

O primeiro culto das crianças ECBA no ano 2018 foi no dia 29 de abril, com pregação da irmã Joyce, de Barra do Piraí;  e o segundo aconteceu no dia 08 de julho com pregação e encenação de Érica Ferreira, relacionadas ao apóstolo Paulo na Ilha de Malta quando viajava para Roma. A recreação aconteceu em 21 de julho com participação de 22 crianças e 7 colaboradores.

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Grupo ECBA – festa dos dias 04 e 05 de 2017

Foram dois dias de muita alegria louvando a Jesus, nosso salvador, e ouvindo sua palavra. No dia 04 tivemos a pregadora Sara; no dia 05 a pregação ficou com a pastora Ednéia Pereira e o jovem Arthur. Na galeria abaixo estão imagens de ensaios, ornamentação e dos dois dias de cultos.

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A APLICABILIDADE DA DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Artigo Técnico-Científico
Érica Ferreira de Souza Barcellos de Paula

RESUMO

O presente estudo visa analisar a aplicabilidade da Dança na Educação Física Escolar no Ensino Fundamental II, bem como seu real potencial a ser explorado como alternativa de extrema relevância para a prática de tal disciplina. O estudo tem destaque específico em crianças do sexto ao nono ano no Ensino Fundamental II, porém, o contexto da Dança na Educação Física Escolar é amplo e envolve todas as fases do ensino escolar. Sendo assim, este estudo sobre a aplicabilidade da Dança na Educação Física Escolar, embora voltado para Ensino Fundamental II, consequentemente, coloca a Dança no foco do ensino escolar em seu contexto mais amplo. Na obtenção das informações necessárias para encontrar as respostas ao tema em questão, diversas fontes de pesquisa foram utilizadas aproveitando, inclusive,multiplicidade regional brasileira. Para analisar a aplicabilidade da Dança na Educação Física Escolar percebeu-se a necessidade de se pesquisar sobre o Histórico da Dança para então entender seu comportamento ao longo dos tempos. Começando pelos registros primitivos documentados em arte rupestre, passando pelas danças medievais e pelo balé clássico, até desencadear nas danças contemporâneas. Posteriormente a esse histórico da Dança, obteve-se informação para entender o contexto da aula de dança na Educação Física, ou seja, sua inserção nos documentos de PCN, sua aplicação pedagógica e adequação às estruturas escolares, além de sua importância no resgate cultural e na socialização dos alunos. Finalizou-se este estudo com um conjunto de informações sobre como o professor de Educação Física Escolar pode trabalhar a Dança para o Ensino Fundamental II. O resultado desse trabalho apresenta muitas informações favoráveis à aplicação da Dança na Educação Física Escolar, além de apontar ao professor de Educação Física quais as danças ele pode trabalhar no contexto da disciplina e como ele deve aplicá-las na prática de suas aulas.

Palavras-chave: Dança, Educação Física, histórico, relevância e aplicação.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
2 HISTÓRICO DA DANÇA
2.1 DANÇAS PRIMITIVAS E RELIGIOSAS
2.2 AS DANÇAS MEDIEVAIS E O BALÉ CLÁSSICO
2.3 DANÇAS CONTEMPORÂNEAS
3 DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
3.1 A DANÇA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
3.2 O QUE É E PARA QUÊ SERVE A DANÇA
3.3 RESGATE CULTURAL PELA DANÇA
4 COMO O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PODE TRABALHAR
A DANÇA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL II
4.1 CONHECENDO MELHOR OS ALUNOS
4.2 COMO INICIAR AS AULAS DE DANÇA NA ESCOLA
4.3 EXEMPLOS DE ATIVIDADES E DANÇAS
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 INTRODUÇÃO

Ao observar a riqueza cultural, artística e rítmica exercida pela dança no aluno, bem como, um amplo leque de possibilidades de movimentos para a prática da Educação Física Escolar, sendo este último de maior relevância para nós profissionais da Educação Física, percebo que é de extrema importância a inserção da dança como instrumento de execução dos movimentos e do conhecimento relativos à prática da Educação Física, tendo em conta também, o seu alto grau de aceitação social. Estabeleceu-se, então, a realização desta pesquisa sobre a “aplicabilidade da dança na aula de Educação Física Escolar” pela influência que a dança pode resultar na vida do aluno de forma ampla.

É fato documentado de que a dança é aplicável no contexto da prática da Educação Física Escolar e que está, ainda que timidamente, em uso como modalidade na prática dessa disciplina. Baseado nisso, o objetivo deste trabalho é analisar como se dá a aplicação da dança nas aulas de Educação Física Escolar e como explorá-la em suas diversas formas de apresentação dentro do contexto escolar?

Este trabalho é de grande relevância por apresentar muitas alternativas para a aplicabilidade da Dança na aula de Educação Física Escolar, oferecendo ao professor informações sobre quais as danças e como aplicá-las transmitindo conhecimentos que contribuirão para o desenvolvimento do aluno nas mais diversas formas, gerando também o enriquecimento da aplicação dessa modalidade no contexto da disciplina. Sua aplicação estimulará nos alunos o desejo de serem criativos, e assim desenvolvendo a parte cognitiva, afetiva, psicossocial e psicomotora, dando-lhes a oportunidade de explorar seus movimentos de forma mais aprimorada e expressando suas emoções. A dança é motivadora da prática saudável de exercícios físicos, por meio de sua tendência envolvente, atrativa e desafiadora.

É relevante também por demonstrar através de pesquisas voltadas para os produtos da aplicabilidade da dança na Educação Física Escolar, o quanto é funcional a aplicação da dança como modalidade de exercício de Educação Física. E mostrar como as danças folclóricas brasileiras, tradicionais e populares, podem ser inseridas na prática da Educação Física Escolar. Além de entender como a dança pode aguçar a criatividade do aluno, e compreender a importância e pluralidade dessas danças para a cultura brasileira.

A metodologia utilizada foi a de revisão bibliográfica na obtenção das informações necessárias para encontrar as respostas ao tema em questão. Fez-se uso de diversas fontes de pesquisa aproveitando a multiplicidade regional brasileira. Para isso usou-se livros, documentos do PCN, artigos de revistas eletrônicas, teses, dissertações e monografia; abrangendo seis Estados da Federação: São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Norte.

Para analisar a aplicabilidade da Dança na Educação Física Escolar percebeu-se a necessidade de se pesquisar sobre o Histórico da Dança para então entender seu comportamento ao longo dos tempos. Começando pelos registros primitivos documentados em arte rupestre, passando pelas danças medievais e pelo balé clássico, até desencadear nas danças contemporâneas. Posteriormente a esse histórico da Dança, obteve-se informação para entender o contexto da aula de dança na Educação Física, ou seja, sua inserção nos documentos de PCN, sua aplicação pedagógica e adequação às estruturas escolares, além de sua importância no resgate cultural e na socialização dos alunos. Após os estudos sobre o histórico da Dança e sua aplicação nas aulas de Educação Física, finalizou-se com um conjunto de informações sobre como o professor de Educação Física pode trabalhar a Dança para o Ensino Fundamental II.

2 HISTÓRICO DA DANÇA

As primeiras manifestações de danças praticadas pelo homem foram tipicamente imitativas, nelas, os dançarinos simulavam os acontecimentos que almejavam que viesse a se tornar realidade. Os homens daquela época acreditavam que forças misteriosas estariam conspirando contra sua realização (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

2.1 DANÇAS PRIMITIVAS E RELIGIOSAS

Magalhães afirma que figuras gravadas em paredes de cavernas e grutas, que datam de até 1000 anos, para muitos arqueólogos, podem representar imagens de seres humanos dançando. Por exemplo, a figura encontrada na parede da gruta Gabillou na Dordonha, perto de Mussidan, na França (MAGALHÃES, 2005).

Uma das imagens mais antigas representando a dança, data do Mesolítico a aproximadamente 8300 A.C, descoberta na caverna de Cogul, localisada na província de Lérida, na Espanha. Há ainda, outra imagem observada que representa grupos com cultura identificada com a da Idade da Pedra. Esse é o caso dos bushmen da África do Sul, figurando pessoas dançando em torno de animais que seriam sacrificados. Dança semelhante é executada pelos kurnai da Austrália meridional. Em ambos os grupos percebe-se a atividade de sobrevivência, neles a caça, provêm de uma dança ritualística. Nesses ritos há ainda outro elemento empregado, que são as máscaras, pois se acreditava que com o rosto coberto, podiam assimilar poderes místicos oriundos da divindade, por exemplo, a força do animal a ser abatido, ou a benevolência de algum espírito para a comunidade. As máscaras eram usadas também como ferramentas para expulsar demônios (MARIBEL, 1989).

A arqueologia esclarece sobre o passado da humanidade ao traduzir escritas de povos da antiguidade, e indica a existência da dança como parte integrante de cerimônias religiosas, levando a crer que a dança nasceu da religião, ou ainda, que ambas nasceram ao mesmo tempo (FARO, 1986).

Um exemplo típico entre as civilizações antigas, nas quais a dança tinha caráter sagrado, se destaca o Egito. Para os egípcios, a dança tinha um caráter extremamente ritualístico, como por exemplo, a adoração de divindades como Osíris, Isis e seu filho Horustrindade básica da religião egípcia (NANNI, 2003).

As danças primitivas estavam extremamente ligadas à religião. Para elas a ligação entre o homem e o divino aconteceria por meio de suas danças.

Pode-se afirmar também que os gregos valorizaram a Dança desde os primórdios da civilização. Ela aparece em mitos, lendas, cerimônia, literatura e também como matéria obrigatória na formação do cidadão (MARIBEL, 1989).

Para os gregos a Dança era como um dom divino e ainda como um canal de comunicação entre os homens e os deuses, portanto a Dança estava no campo religioso com uso ritualístico (MAGALHÃES, 2005).

2.2 AS DANÇAS MEDIEVAIS E O BALÉ CLÁSSICO

Na Idade Média, as danças populares usavam movimentos livres, nos quais os participantes poderiam criar movimentos livres durante a dança. As coreografias nessas danças apenas orientam os movimentos conjuntos para que os participantes possam dividir o momento da dança. Os passos são contextualizados juntamente com a emoção proporcionada pela dança, podendo ser copiados e reutilizados em outras festividades. Ao dançar uma carola pode-se criar um passo novo e introduzi-lo no calor do momento. Todos os participantes criam e reproduzem movimentações corporais, sem distinção (SOUZA, 2009).

Os especialistas em danças medievais são praticamente unânimes em apontar que as danças de salão, que floresceram entre a nobreza europeia, descendem diretamente das danças populares. Ao serem transferidas do chão de terra das aldeias para o chão de pedra de castelos medievais, essas danças foram modificadas; abandonou-se o que nelas havia de pouco nobre, nos “loures”, nas “alemandas” e nas “sarabandas” dançados pelas classes que se julgavam superiores (FARO, 1987, p. 31).

Novas regras dentro da dança da corte ligadas a uma nova postura possibilitam e exigem mudanças de atitudes corporais. Passa-se então a construir um novo corpo através destas novas regras, dando origem a uma nova concepção estética ligada diretamente com a força e com a rigidez dos movimentos (SOUZA, 2009).

Segundo Bisse (1999) os balés da corte foram criados a partir das danças populares, que inicialmente, na época de Luís XIII, era um ótimo meio de propaganda, se tornou uma maneira de afirmar o princípio monárquico. Esses balés eram uma cerimônia de adoração ao Rei. O balé da corte, inicialmente era um baile que se organizava tendo centro temático um ato dramático. Somente a partir do século XVII, na França, que o balé foi transformado, principalmente quando Luís XIV fundou a Academia Real de Dança e de Música, com o propósito de restabelecer a dança em toda sua perfeição. Para isso, ela precisava ser trabalhada por profissionais, e isso veio a acontecer a partir de 1681. Então foram criadas as bases do balé clássico internacional, que veio a ser extraordinariamente projetada.

Puoli (2010) destaca que a história do ballet teve início na Itália e depois, com a chegada dos Medicis na França, fortaleceu-se também nesse país. Esse período do ballet romântico vai de 1830 até aproximadamente 1870 e depois a Dança passou a declinar na Europa. Porém, na Rússia, devido ao patrocínio do czar, esse declínio não ocorreu. Então, o centro mundial da dança mudou-se de Paris para São Petersburgo. A Rússia se tornou atraente para muitos bailarinos e coreógrafos franceses que migraram para trabalhar na sede do balé.

O balé em seu apogeu alcançou todas as cortes europeias, e ganhou novo impulso na Rússia principalmente pelo interesse dos governantes pela nova arte, o que fez com que o país se tornasse um refúgio temporário de bailarinos franceses e italianos que buscavam trabalho (FARO, 1986).

Segundo Souza (2009) o Balé Clássico como é conhecido atualmente mantém-se imutável em seu aspecto coreográfico, tanto quanto, em sua formação estrutural rígida acadêmica, na qual os bailarinos são submetidos às técnicas mecanicistas, dentro da mesma lógica de tensões entre os indivíduos participantes. Sobre a manutenção de elementos técnicos dentro da estrutura do balé, Magalhães (2005) afirma que algumas das técnicas utilizadas na Dança dos gregos se mantêm até os dias de hoje dentro do balé clássico, uma delas é a meia ponta, ou releve, absorvido pelo balé de corte e mais tarde pela técnica clássica. Existem muitos documentos épicos que podem dar alguma noção sobre a técnica de Dança usada pelos gregos.

2.3 DANÇAS CONTEMPORÂNEAS

Dentro do termo contemporâneo encontra-se variedade de interpretações, porém alguns conceitos parecem apresentar maior lucidez ao conduzirem um raciocínio explicativo voltado para a lógica temporal, ou seja, associando o termo a um conjunto mais amplo de manifestações artísticas de Dança produzidas atualmente. Portanto, afirmando que “Dança contemporânea é tudo aquilo que se faz hoje dentro dessa arte. Não importa o estilo, a procedência, os objetivos nem a sua forma. É tudo aquilo que é feito em nosso tempo, por artistas que nele vivem” (FARO, 1986, p. 124).

Teve início no século XIX o movimento contra a formalização do aprendizado da Dança. Havia duas correntes de ensino da Dança, uma moderna surgindo com elementos conceituais novos, e outra, tradicional acadêmica voltada para a formalização rígida e técnica do balé clássico. Essas duas correntes passam divergências por questões estruturais em suas teorias fundamentais filosóficas para as quais são exigidas aos professores competências diferenciadas para o ensino da arte em questão (NANNI, 1995).

Segundo Bisse (1999), o declínio do balé se percebia claramente já no início do século XX, quando não era mais possível encontrar os grandes e tradicionais balés na França, na Itália, nem mesmo em outros países da Europa, somente na Rússia sob a proteção do Czar permanecia o balé clássico em sua essência original. Abria-se espaço, portanto, para as novas manifestações corporais, nas quais a técnica mecânica clássica era questionada e substituídas para permitir novos conceitos de dança no senário artístico da época.

Há tendência a se afirmar que a dança contemporânea surgiu na década de 60 como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura clássica até então predominante. Na década de 1980, houve um período de intensas inovações e experimentações que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte, em fim a dança contemporânea começou a se definir procurando desenvolver uma linguagem própria, todavia, permaneça algumas vezes com evidente referência ao balé clássico (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

3 DANÇA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

A dança dentro de um contexto escolar se apresenta como uma alternativa de experiência lúdica que se mostra muito construtiva, pois está ao alcance de todos, tendo em vista que seu instrumento central é o corpo humano com seus movimentos. A escola não deve ter a intenção de formar bailarinos, mas sim de proporcionar ao aluno um contato mais efetivo e intimista com a possibilidade de se expressar criativamente com o movimento corporal dentro de um conjunto de normas técnicas básicas avaliadas pedagogicamente (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

A Dança encontra na escola uma estrutura favorável à sua prática, ainda que com aplicações básicas voltadas para a prática da Educação Física Escolar, sem aprofundamento técnico.

De acordo com Marques a escola não é o único lugar para que se aprenda a dança com qualidade, profundidade, compromisso, amplitude e responsabilidade, no entanto, ela é hoje um lugar privilegiado para que isso aconteça. E talvez não deva ser o único lugar para o aprendizado artístico, uma vez que, no contexto escolar, ela será parte de uma disciplina dentro de um conjunto mais amplo de conteúdo a ser ensinado pela escola (MARQUES, 2007).

Dentro do contexto do ensino de Dança nas aulas de Educação Física Escolar Carbonera e Carbonera (2008) contribuem ao afirmar que a possibilidade de compreender o corpo por meio da dança e, ao paralelamente, estabelecer múltiplas relações com outras áreas do conhecimento analisando, discutindo, refletindo e contextualizando seu papel na contemporaneidade, necessariamente passa a ser o campo de atuação de quem trabalha com seres humanos, principalmente daqueles que trabalham com educação, em que a multiplicidade cultural e física presentes nas salas de aula exige acompanhamento pedagógico constante para que o resultado da aplicação da Dança nas Aulas de educação Física Escolar seja saudável e favorável ao aluno.

Para Ferreira (2009) a prática da Dança na Educação Física Escolar não pode ser unicamente objeto de recreação, utilizada em festas e eventos públicos com objetivo de preencher um roteiro de apresentações, ou tão pouco, ser simplesmente voltada para o exercício de habilidades motoras, mas deve cuidar do equilíbrio psíquico, para que o aluno possa expressar-se criativa e espontaneamente, externando suas particularidades culturais dentro de uma manifestação coletiva.

A Dança aplicada na Educação Física Escolar tem papel essencial nas atividades lúdicas e pedagógicas, despertando no aluno uma relação concreta dele com o mundo. Proporcionando maior relação com o meio onde vive e, consequentemente, ampliando sua percepção com o mesmo (LEITE, 2012).

Ferreira (2009) esclarece que, em relação ao papel pedagógico da Dança Escolar, deve-se considerar sua atuação integrada à Educação Física, portanto, tratando-se da uma dança aplicada às aulas de Educação Física Escolar. E dentro desse contexto pedagógico, ela deve visar o aumento da autoestima, o combate ao estresse, a melhoria da postura corporal, além de auxiliar na aquisição e manutenção da saúde, aptidão social, mental, psíquica e física. Fazendo com que a Dança na educação física Escolar tenha uma atuação muito mais ampla e ofereça um resultado proveitoso ao aluno nos mais diversos pontos e aspectos de sua vida.

3.1 A DANÇA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

Levar a Dança para o ensino nas escolas é um dos objetivos expostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais, juntamente com as artes visuais, a música, e o teatro.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte têm como objetivo levar a Dança para as aulas de Educação Física Escolar, bem como as artes visuais, a música e o teatro para serem aprendidos na escola, na busca de proporcionar ao aluno maior contato com artes que até então não eram aprendidas nas escolas. Neste contexto, a Dança se aproxima diretamente com a educação Física Escolar, por ser esta uma arte que se utiliza do movimento do corpo físico humano para sua prática, o que a classifica dentro da prática dessa disciplina como um elemento de extrema utilidade tendo em vista seu amplo leque de possibilidades de movimentação do corpo (BRASIL, 1998).

A Educação Física Escolar, dentro do que está proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, é a área do conhecimento que tem a capacidade de introduzir e integrar os alunos numa cultura corporal do movimento ordenado, que pode ter como finalidade finalidades: o lazer, a expressão de sentimentos, a valorização dos afetos e das emoções, além da busca pela manutenção e melhoria da saúde. Portanto, a Dança, atendendo a esses requisitos práticos, está inserida no plano da Educação Física Escolar.

A Dança aplicada nas aulas de Educação Física pressupõe um rompimento com a maneira tradicional para que os conteúdos que favorecem os alunos que já têm aptidões sejam passados dentro de um eixo estrutural de ação pedagógica que valorize o princípio da inclusão, buscando uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que tenham como objetivo o desenvolvimento da capacidade do aluno em participar das atividades, a valorização da prática da parceria nas atividades em grupo, a percepção da necessidade de interagir socialmente, o conhecimento e o respeito aos valores e princípios democráticos, bem como o exercício de seus direitos e deveres dentro desse contexto.

Dessa maneira é possível acreditar que os alunos do Ensino Fundamental II (objeto deste estudo), assim como todos os demais, terão a oportunidade de usufruir da riqueza de movimentos e valores culturais oferecidos pela Dança. E dentro desse contexto de valorização do aluno, da ação pedagógica e da inserção de outros mecanismos de ensino, pode-se afirmar que há uma busca em benefício do exercício crítico da cidadania (BRASIL, 1998).

A partir dos anos 1980, o panorama pedagógico da Educação Física escolar passou a sofrer intensas transformações quanto às metodologias e formas pedagógicas utilizadas, uma vez que, até então, apresentava-se essencialmente sob as vertentes: tecnicista, esportivista e biologicista. Desde então, coexistem na área da educação física inúmeras tendências pedagógicas com base em abordagens e concepções, que visam uma tentativa de rompimento com os modelos tradicionais, além de diversificar, humanizar e democratizar a prática docente nessa área (CATIB, TREVISAN E SCHWARTZ, 2009).

A Dança foi incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais no ano de 1997 e foi reconhecida no Brasil como uma forma de conhecimento a ser aplicada nas aulas escolares, sendo ela uma rica fonte de prática de movimentos corporais alinhado a um conjunto de valores culturais. Portanto, ela vem sendo aplicada nas aulas de Educação Física Escolar em território nacional atendendo a essa inclusão nos PCN (MARQUES, 2007).

3.2 O QUE É E PARA QUÊ SERVE A DANÇA

Considera-se a dança uma expressão representativa de diversos aspectos da vida do homem. Pode ser considerada como linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 58).

É comum o entendimento de que a dança é uma das mais divertidas maneiras para ensinar, entender e desenvolver o potencial do corpo humano de forma prática e objetiva principalmente quando os alunos são crianças. Enquanto os alunos se movimentam dançando, o professor tem a possibilidade de ensinar-lhes diversos aspectos inerentes à Educação Física, tais como a noção de espaço, o desenvolvimento físico, a sociabilidade e a noção rítmica, pois no relacionamento entre os alunos em aula, eles passam a conviver com a necessidade de respeitar o espaço do colega que também deve estar engajado no mesmo espírito coletivo da dança. Além disso, os alunos passam a perceber dentro da linguagem corporal da Dança, uma forma mais alegre e divertida para expressar seus mais diversos sentimentos e até mesmo seus conhecimentos culturais adquiridos no meio onde vivem, sejam eles relativos à Dança,não. Tudo isso contribui para enriquecimento do aluno de forma individual e coletiva, pois colabora para a quebra de barreira como a timidez e auxilia no combate à baixa autoestima (LEITE, 2012).

A aplicação da Dança nas Aulas de Educação Física Escolar abre espaço para que o homem se expresse através de seus movimentos mais primitivos e contemporâneos ao mesmo tempo, onde as emoções mais comuns passíveis de manifestações cotidianas sejam incluídas no processo de aprendizagem, e, como afirma Bisse (1999, p.63), “não sejam excluídas pelo processo de racionalismo instrumental desenvolvido na escola e na sociedade em geral”.

A Dança aplicada na Educação Física Escolar serve para tornar o ser humano mais sensível às práticas de seus atributos naturais assumindo necessariamente o papel de coordenadora dos valores que norteiam esses atributos para que os mesmos regulem tais práticas ordenada e democraticamente tanto nos aspectos individuais, quanto coletivos (BISSE, 1999).

O ser humano exerce diferentes maneiras de se compreender o mundo, e para expressar essas diferentes formas de interpretação do mundo o homem utiliza-se de variedades de linguagens. A Dança é uma das linguagens para a compreensão cognitiva do mundo utilizada a milhares de anos conforme já descrito anteriormente neste estudo, portanto, seu emprego nas aulas de Educação Física Escolar oferece aos alunos uma possibilidade riquíssima para a prática dessa compreensão do mundo. Os alunos expressam sua compreensão do mundo e de si próprios, por meio dos movimentos corporais dentro da concepção de belo, e para isso, extraem de si o que há de mais puro e sincero (BISSE, 1999).

Para Sócrates, um dos grandes filósofos gregos, descrito por seu discípulo Platão em Leis VII, a Dança era considerada como a atividade que tinha as características necessárias para a formação do cidadão por completo. Para ele, a Dança daria proporções corretas ao corpo, proporcionaria vivência cotidiana com boa saúde, e, além disso, seria ótima para auxiliar na prática da reflexão estética e filosófica. Por isso deveria fazer parte da educação grega (MAGALHÃES, 2005).

A Dança é um rico conteúdo a ser ensinado nas aulas de Educação Física Escolar, tanto pela variedade de possibilidades, quanto pelo valor cultural agregado a ela. Segundo Nascimento (2011, p.12), “através dela permitimos aos alunos expressar seus desejos, expectativas e necessidades”.

3.3 RESGATE CULTURAL PELA DANÇA

A Dança promove um resgate ao conhecimento cultural por estar ligada às origens étnicas, por representar povos e tribos antigas, por manifestar costumes e tradições dos homens nas mais diversas épocas ao longo da história, portanto, por estar ela intimamente envolvida nas manifestações culturais humanas desde todos os tempos e ao mesmo tempo ser uma linguagem de fácil entendimento e totalmente atualizada (NASCIMENTO, 2011).

“Faz-se necessário o resgate da cultura brasileira no mundo da dança através da tematização das origens culturais, sejam do índio, do branco ou do negro, como forma de despertar a identidade social do aluno no projeto de construção da cidadania.” (COLETIVOS DE AUTORES, 1992, p. 59).

Uma das maneiras de se pôr em prática esse resgate cultural por meio da Dança aplicada nas aulas de Educação Física Escolar, é inserir as danças folclóricas no contexto das aulas, pois o conhecimento do folclore inserido no contexto da Dança Escolar é atividade física, formativa e atividade de socialização, uma vez que favorece o desenvolvimento dos aspectos da personalidade, da valorização de convívio em grupo e de preservação de elementos culturais de importância histórica no conhecimento das origens de povos, tribos e raças. Portanto, é um trabalho de extrema importância dentro da Educação Física Escolar, porque mostra aos alunos a existência de um patrimônio cultural e histórico que carece de preservação para que as gerações vindouras também possam ter acesso a essas informações de forma prática e objetiva como deve ser na aplicação da Dança Folclórica nas aulas de Educação Física Escolar (FERREIRA, 2009).

A dança atende também como promotora de uma vida social integrada e saudável, isto pelos meios já mencionados neste estudo. Mas, além de todos os fatores que respondem ao que é e para quê serve a Dança, já descritos anteriormente nesta pesquisa, pode-se afirmar que ela desperta outros interesses por elementos que norteiam a dança, como o visual, destacado nas coreografias, e o auditivo, centrado nas músicas. Esses elementos, tanto os ensinados nas aulas escolares, quanto os trazidos pelos alunos como exemplos de conhecimentos adquiridos em seus ambientes familiares ou em outros convívios, devem ser valorizados. Esses elementos norteadores somados aos princípios elementares da Dança, ou seja, aos movimentos corporais, proporcionam a melhora na autoestima da criança e promovem a inclusão escolar, pois valorizam os costumes e os ambientes das comunidades onde a criança está inserida (FERREIRA, 2009).

Com base nos diversos pontos destacados até aqui neste estudo pode-se afirmar que a Dança aplicada na Educação Física Escolar proporciona ao ser humano o educar-se e, consequentemente, preparar-se para viver melhor cada dia por meio do ato de dançar. E isso dentro de um contexto pedagogicamente acompanhado (CATIB, TREVISAN E SCHWARTZ, 2009).

4 COMO O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PODE DESENVOLVER A DANÇA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL II

O professor de Educação Física deve estar ciente de que a criança do Ensino Fundamental II tem a necessidade de viver experiências que possibilitem o despertamento e aprimoramento de sua criatividade e capacidade interpretativa. Isso se dá por meio de atividades que favoreçam a sensação de alegria, utilizando-se de aspecto lúdico, para que a partir daí, ela possa retratar e canalizar o seu humor, seu temperamento, em fim, seu comportamento de maneira geral através da liberdade de movimento, expressão e desenvolvimento. Essas experiências podem ser desenvolvidas por meio da Dança aplicada na Educação Física Escolar (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

Para o ensino da dança, há que se considerar que o seu aspecto expressivo se confronta, necessariamente, com a formalidade da técnica para sua execução, o que pode vir a esvaziar o aspecto verdadeiramente expressivo. Nesse sentido, deve-se entender que a dança como arte não é uma transposição da vida, senão sua representação estilizada e simbólica. Mas, como arte, deve encontrar os seus fundamentos na própria vida, concretizando-se numa expressão dela e não numa produção acrobática. (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 58).

A Dança tem um universo de possibilidades de aplicação tal, que oferece aos educadores uma flexibilidade muito ampla na utilização da Dança na aula de Educação Física Escolar. A variedade de estilos dançantes e de movimentos ligados a esses estilos proporcionam combinações de números expressivos colocando diante do professor um grande leque de conteúdo a ser ensinado na instituição escolar. (NASCIMENTO, 2011).

Leite (2012, p.33) afirma que “a Dança no ambiente escolar não deve priorizar a realização de movimentos corretos e perfeitos”, mas deve ter como base a aplicação dos elementos técnicos simplificados sem ter a excelência na prática da dança como objetivo de resultado imposto ao aluno. Deve ainda estimular e proporcionar a prática da improvisação e da busca por movimentos livres onde o aluno seja também criador dos movimentos e da dança e não apenas mero reprodutor de ensinamentos repetitivos e desgastantes que acabam por desestimular o aluno a praticar a Educação Física por meio da Dança Escolar.

4.1 CONHECENDO MELHOR OS ALUNOS

É preciso buscar a informação mais ampla possível sobre o aluno para que, por meio dela, o professor possa conhecê-lo melhor, e partindo desse conhecimento sobre ele, engajar-se na elaboração de novos projetos, buscar meios para redefinir os objetivos, empenhar-se na busca por variedade de conteúdos significativos e atraentes para os alunos, e, além disso, encontrar novas formas de avaliar que resultem na criação de novas propostas metodológicas capazes de inserir o aluno e envolvê-lo no contexto da aplicação do conteúdo, tendo com isso, o intuito de viabilizar a aprendizagem (BRASIL, 1998).

Com base nos conceitos estabelecidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais é possível afirmar que a atuação do próprio aluno na sinalização dos horizontes que possibilitam visualizar os conteúdos favoráveis e passíveis de aprendizagem é indispensável, relevante e insubstituível:

Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos possam, e devam contribuir para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem vai modificar, enriquecer e, portanto, construir novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação. (BRASIL, 1998, p. 72).

Tendo em prática essa busca por conhecer melhor o aluno, na aplicação da Dança Escolar, o professor deve valorizar as possibilidades expressivas de cada aluno. O professor deve ter a liberdade para permitir ao aluno expressar de forma espontânea essas possibilidades e, não apenas isso, mas deve também, favorecer o surgimento delas.

O professor na busca por conhecer melhor o aluno deve abandonar a formação técnica formal, pois, ela pode vir a distanciar o aspecto verdadeiramente educacional da prática da Dança Escolar. Ferreira (2009) defende que é o desenvolvimento prático de variados tipos de dança, com suas movimentações específicas, porém, sem ênfase nas técnicas formais de danças tradicionais como o balé clássico, danças modernas, como o jazz, ou de danças contemporâneas baseadas na rigidez e na tensão técnica do balé clássico.

O professor deve trabalhar a Dança na aula de Educação Física Escolar possibilitando a variedade de experimentações corporais que desenvolvam diversas habilidades de execução, expressão e interpretação. O professor que trabalha com Dança na Educação Física Escolar deve exercitar, constantemente, sua criatividade para que ele consiga, partindo disso, organizar o conteúdo e os conhecimentos a serem transmitidos aos alunos. Ele deve também organizar o tempo escolar destinado a cada atividade a ser desenvolvida proporcionando adequação às necessidades de cada atividade para que o aproveitamento do conteúdo seja pleno e seu desenvolvimento  não seja interrompido (FERREIRA, 2009).

4.2 COMO INICIAR AS AULAS DE DANÇA NA ESCOLA

O trabalho de Dança na Escola deve ser iniciado com as danças da atualidade, para motivar a participação dos alunos, fazendo com que eles realizem outros tipos de danças posteriormente (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

Segundo Meirelles (2015), iniciar o trabalho fazendo um mapeamento da cultura corporal dos alunos pode ser uma boa forma. Conhecer as músicas e danças que eles gostam. Essa iniciativa serve como ponto de partida para o planejamento das aulas, no qual, as danças que os alunos já conhecem não devem ser ignoradas.

O professor empenhado no conhecimento dos contextos aos quais os alunos pertencem, busca também os propósitos de tais contextos se tornando um articulador, um interlocutor entre eles e o conhecimento em dança a ser desenvolvido na escola. Isso quer dizer que o professor atento ao conteúdo cultural que faz parte do cotidiano do aluno, pode utilizar esse mesmo conteúdo para facilitar a prática de suas aulas de Dança nas aulas de Educação Física Escolar.

O professor pode também escolher e intermediar as relações entre as danças praticadas pelos alunos fora da escola, ou seja, seus repertórios pessoais e culturais, para utilizá-lo como facilitador na inserção de outros elementos da Dança que ainda não fazem parte de seus repertórios. Por exemplo: o rap, o funk, a dança de rua, e ainda seus movimentos pessoais, juntamente com as danças dos artistas de forma geral, tal como o mestre de capoeira, a passista, um coreógrafo contemporâneo, etc. Todo esse conhecimento pode ser trabalhado em sala de aula. O aproveitamento dessas danças e dessas manifestações dançantes, podem contribuir para que as aulas de Dança dentro do conteúdo programado pelo professor tenha maior aceitação (MARQUES, 2007).

Existem Danças com conteúdo relacionado com a realidade social em que vivem os alunos dentro de suas comunidades. Ao estimular a identificação das relações entre os personagens dessas danças, o tempo delas e a construção coletiva dos espaços de representação e das coreografias que as envolvem, possibilita-se a organização de apresentações de produção e criação para a escola e também para as comunidades. É possível fazer avaliações individuais e coletivas relacionadas às participações na produção e criação dessas apresentações (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

4.3 EXEMPLOS DE ATIVIDADES E DANÇAS

Segundo Carbonera e Carbonera (2008), um exemplo de atividade indicada para o Ensino Fundamental II, ou seja, para alunos do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental, usado no desenvolvimento do ritmo, inicia-se com os alunos organizados em blocos, com numero par de elementos em cada fileira, cada aluno segurando dois bastões de madeira (cabo de vassoura cortado 25 cm), determinado anteriormente com qual colega mais próximo será formado uma dupla durante o exercício. Posteriormente inicia-se a execução em quatro tempos, sendo que nos três primeiros tempos deve-se bater seu próprio bastão um no outro e no quarto tempo, bater no bastão do colega que esta de dupla, e aí faz variações o exercício em três tempos ou em dois; Cada aluno com um arco, disperso na quadra, em três tempos realizar dois passos, jogar o arco para cima e no quarto tempo pegar com a outra mão; Alunos dispersos na quadra, usar variados ritmos (rock, bolero, funk, sapateado, etc.) e se possível fazer uma montagem, unindo pequenos trechos de cada musica ou ritmo, sendo musicas lentas, moderadas e aceleradas.

Exercício para desenvolver a expressão corporal: inicialmente divide-se a turma em grupos e, algumas sensações ou estados afetivos escritas antecipadamente em pedaços de papel (amor, ódio, calor, frio, fome, alegria, etc.), sorteie uma sensação para cada grupo, coloque uma música de ritmo moderado e peca para que todos ao mesmo tempo, criem movimentos individuais sobre a sensação que o grupo vivenciou. Em seguida cada grupo deve criar de três a quatro movimentos relativos à sensação do grupo e apresentara para o restante da turma; o próximo passo é unir os movimentos de todos os grupos e com auxilio do professor montar uma coreografia (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

Ao escolher uma Dança Folclórica específica, não é preciso utilizar seus passos originais ou tradicionais, pois isso poderia tornar inviável e também requereria muita pesquisa para obter os detalhes típicos da dança escolhida. Cabe ao professor e aos próprios alunos criarem movimentos dentro do ritmo folclórico escolhido; o importante é desenvolver alguns elementos que associem os movimentos com a dança específica tendo como objetivo desertar no aluno o gosto por ritmos de raiz histórica relevante e a curiosidade por culturas diversificadas da nossa existência (FERREIRA, 2009).

Sobre as noções básicas das Danças Circulares observa-se que, inicialmente, há de se ordenar os alunos em círculos e com as mãos dadas, opcionalmente com a mão esquerda voltada para cima, palma da direita para baixo buscando por meio desse posicionamento de mãos, gerar um simbolismo dos atos de receber e doar, fechando-se em um circuito dançante (ANDRADA, 2014).

As Danças em Círculos são símbolos da unidade, totalidade, confiança e do apoio mútuo. Nelas, as atividades não são de competição, mas sim de cooperação, para promoção da interação entre os estudantes. A Dança Circular não está centralizada em um conteúdo representativo exclusivista, ela é diversificada na utilização de seu repertório, pois por meio dele, representa diversos povos e culturas. A Dança Circular pode ser aplicada no contexto da Educação Física Escolar como objeto de trabalho individual e em grupo (SECCO, OLIVEIRA E ALMEIDA, 2014).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como resultado esse trabalho apresenta um conjunto de informações que indicam a viabilidade da aplicação da Dança na Educação Física, e oferece ao professor de Educação Física uma indicação sobre quais as danças ele pode trabalhar no contexto da disciplina e como ele deve aplicá-las na prática de suas aulas. Na análise do conteúdo estudado observa-se que há muita informação sobre o tema Dança na Educação Física Escoar, embora ainda  existam poucos livros sobre o assunto. Ao interpretar o trabalho é possível concluir que a Dança é uma modalidade da Educação Física, e, portanto, aplicável no contexto prático dessa disciplina. Para um avanço do estado atual da Dança na Educação Física, cabe ao profissional da área se empenhar no conhecimento das possibilidades buscando ampliar os recursos a serem oferecidos aos alunos para a prática da Dança na Educação Física Escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

ANDRADA, Paula Costa de. O Professor de Corpo Inteiro: A Dança Circular Como Fonte de Promoção e Desenvolvimento da Consciência. 2014, 238 f. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Ciências da Vida, Pós graduação em Psicologia. Campinas/SP, PUC-Campinas, 2014.

BISSE, Jaqueline de Meira. A Ruptura entre a Dança Clássica e a Dança Moderna. 1999, 75 f. Monografia (Licenciatura em Educação Física) – Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de Educação Física, Campinas/SP, 1999.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais – 174 p – Brasília: MEC/SEF, 1998. . Disponível em: <http:// portal.mec.gov.br> Acesso em: 07 nov. 2015.

CARBONERA, Daniele; CARBONERA, Sergio Antonio. A Importância da Dança no Contexto Escolar. 2008, 61 f. Monografia (Pós-Graduação em Educação Física) – Escolar da Faculdade Iguaçu – Instituto de Estudos Avançados e Pós Graduação – ESAP, Cascavel/PR, 2008.

CATIB, Norma Ornelas Montebugnoli; TREVISAN, Priscila Raquel Tedesco da Costa; SCHWARTZ, Gisele Maria. As Danças Circulares no Contexto das Tendências Pedagógicas da Educação Física. Revista Impulso, Piracicaba/SP, 2009. Disponível em: <ww.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/impulso/index > Acesso em 10 nov. 2015.

COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino de Educação Física. Paulo: Cortez, 1992. Disponível em: <ww.seduc.ro.gov.br/educacaofisica> Acesso em: 07 nov. 2015.

FARO, Antonio José. Pequena História da Dança. Rio de Janeiro: 6a edição: Jorge Zahar Ed., 2004.

FERREIRA, Vanja. Dança Escolar: Um Novo Ritmo para a Educação Física. Rio de Janeiro: 2ª edição: Sprint, 2009.

LEITE, Flávia Regina. Melhoria do ensino de dança na educação física nas escolas municipais de Anápolis, Goiás, e nas universidades formadoras de professores diante das dificuldades que enfrentam na atualidade, 2012, 106 f. Dissertação (Mestre em Ciências da Educação) – Universidade Americana – Asunción – Paraguai, 2012.

MAGALHÃES, Marta Claus. A Dança e sua Característica Sagrada. “Existência e Arte”- Revista Eletrônica do Grupo PET – Ciências Humanas, Estética e Artes da Universidade Federal de São João Del-Rei/MG – Ano I – Número I – janeiro a dezembro de 2005. Disponível em: <ww.ufsj.edu.br/existenciaearte/1_edicao.php> Acesso em: 07 nov. 2015.

MARIBEL, Portinari. História da Dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989. MEIRELLES, Elisa. Quatro Etapas para Trabalhar Danças na Educação Física: Mapeamento, aprofundamento, ampliação e ressignificação dos conhecimentos são fases essenciais no ensino de atividades rítmicas e expressivas. Disponível em: <revistaescola.abril.com.br> Acessado em: 09 nov. 2015.

NANNI, Dionísia. Dança Educação: Pré-escola à Universidade. Rio de Janeiro: 4ª edição: Sprint, 2003.

NASCIMENTO, Kariza Rafaela. A Dança no Contexto da Educação Física Escolar. 2011, 64 f. Monografia (Graduação em Educação Física) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR, 2011.

PUOLI, Giovana Galvão. O Ballet no Brasil e a Economia Criativa: Evolução Histórica e Perspectivas Para o Século XXI. 2010, 127 f. Monografia (Graduação em Relações Internacionais) – Fundação Armando Alvares Penteado, Faculdade de Economia, São Paulo/SP, 2010.

SECCO, Dulciléia Maria E. Gobbo; OLIVEIRA, Valdomiro De; ALMEIDA, Camila Marta De. O Ensino da Dança Circular nas Aulas de Educação Física: Uma Intervenção Pedagógica. In: CONGRESSO SULBRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 7 , 2014, Martinhos/PR. Anais do VII CONGRESSO SULBRASILEIRO DE CIÊNCIASESPORTE. Disponível em: <http:// congressos.cbce.org.br/>. Acessado em 09 nov. 2015.

DO SILVA, Chrystine Pereira. Para Transvalorar a Dança Contemporânea: Potência de Danças no (do) Corpo-Artista. 2014, 106 f. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Natal/RN, 2014.

SOUZA, Virgínia Spósito. O Corpo que Dança: A História-social e Hexis Corporal no Balé Clássico. 2009, 163 f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas/SP, 2009.

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GRUPO ECBA ANO 2016 – Embaixadores de Cristo da Bem Aventurança

Não os impeçais

A festa do Grupo ECBA, aconteceu nos dias 03 e 04  de setembro e foi uma benção muito especial na alegria do Espírito Santo.
No dia 03, sábado, a pregação foi com a irmã Juliana Gomes, de Piraí. Ela utilizou criativamente os elementos da ornamentação para trabalhar com as crianças, introduziu a história de Zaqueu de forma interativa, além disso, ela utilizou o tema da festa em sua pregação para falar diretamente aos pais.
No dia 04, domingo, foi uma festa de muita alegria com o irmão Lucas Lima, de Volta Redonda, que ofereceu para as crianças e toda a congregação, músicas com movimentos e cantos interativos, brincadeiras com papeis coloridos e bonecos, além de pregar e contar seu testemunho de conversão.
Somos gratos à irmã Juliana Gomes e ao irmão Lucas Lima por se disporem a colaborar muito com a festa das nossas crianças. Que Deus os abençoe.
Muito obrigada ao Evangelista Leandro Fontes por fotografar nos dois dias do evento, possibilitando a criação desta galeria de fotos.
Um agradecimento a Daniel Ferreira pela confecção dos ornamentos, e aos meus pais, irmãos e esposo pelo apoio constante.
Obrigada à pastora Edneia Pereira por todo o crédito concedido.
Direção do grupo: Érica Barcellos e Lília Pereira – Direção pastoral: Edneia Pereira

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Cantata de Natal do Grupo ECBA – Igreja Bem Aventurança

CANTATA DE NATAL

GRUPO ECBA 2015

EMBAIXADORES DE CRISTO DA BEM AVENTURANÇA

Grupo infantil da Igreja Evangélica Pentecostal das Bem Aventuranças

Bairro Cruzeiro – Piraí – RJ

Edneia Pereira – Direção pastoral
Érica Barcellos – Produção e coordenação
Lilia Pereira – Cenografia
Juarez Barcellos – Direção musical

ROTEIRO

1- ENTRADA SOB LEITURA DE DOIS TEXTOS

AGORA DESPEDES

Cântico do Advento nº 5

Os meus olhos já viram a tua Salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.

SAUDAÇÕES, MARIA

Cântico do Advento nº 1

Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamará pelo nome de Jesus.

2- CANTO COM UMA CANÇÃO POPULAR CONTEMPORÂNEA

VIM PARA ADORAR-TE

Autor: Tim Hughes

Versão em português: banda Adoração e Adoradores

Ré maior

Luz do mundo vieste á terra
Pra que eu pudesse te ver
Tua beleza me leva a adorar-te
Quero contigo viver

Vim para adorar-te
Vim para prostrar-me
Vim para dizer que és meu Deus

És totalmente amável
Totalmente digno
Tão maravilhoso para mim

Eterno rei, exaltado nas alturas.
Glorioso nos céus
Humilde vieste á terra que criaste
E por amor pobre se fez

Vim para adorar-te … (coro)

Eu nunca saberei o preço
Dos meus pecados lá naquela cruz (2 vezes)

Vim para adorar-te … (refrão)

3LEITURA DE DOIS TEXTOS

SAUDAÇÕES, MARIA

Cântico do Advento nº 1

Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi.

O PRÍNCIPE DA PAZ

Isaías 9

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

4 CANTO COM UMA CANÇÃO TRADICIONAL

O PRIMEIRO NATAL

Autor: John Stainer – 1840

Lá maior

Ah! Um Anjo proclamou o Primeiro Natal
a uns pobres pastores ao céu de Belém
Lá nos campos a guardar os rebanhos do mal
numa noite tão fria e escura também

Natal, natal, natal, natal!
É nos nascido um rei divinal! (coro)

E de súbito no céu uma estrela surgiu
No oriente brilhou um estranho fulgor
E a terra percebeu essa luz que caiu
muitas noites ainda em exímio esplendor

Tendo visto á clara a luz dessa estrela sem par
Do oriente os pastores á foram seguir
A procura de um rei que devia chegar
Aos Judeus e as velhas promessas cumprir

Essa estrela apareceu e os pastores guiou
Na estrada que para Belém Os conduz
Afinal sobre Belém essa estrela parou
Mesmo acima da casa em que estava Jesus

E os magos com afã, e com grande temos
De joelhos entraram naquele lugar
Com ofertas liberais e de muito valor
Ouro, mirra e incenso vieram lhe dar

E com eles vamos nós, com sincero fervor
Dar louvores ao nosso sublime  Senhor
Que deixando os altos céus, a este mundo baixou
E, morrendo na cruz, nossas almas salvou


5 LEITURA DE UM TEXTO

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS

Cântico do Advento nº 4

Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem ele quer bem.

6 – CANTO DE UM HINO TRADICIONAL

SURGEM ANJOS PROCLAMANDO

Autor: desconhecido

Cantor Cristão – nº 79

Dó maior

Surgem anjos proclamando
Paz na Terra, e a Deus, louvor.
Vão seus hinos ecoando
Nas montanhas, ao redor.

Glória, glória a Deus nas alturas!
Glória, glória a Deus nas alturas! (coro)

Vão-se alegres os pastores
Ver o Infante celestial,
E acrescentam seus louvores
Ao louvor angelical.

Berço rude lhe foi dado,
Mas do céu lhe vem louvor.
Ele é o Salvador amado,
Bem merece o nosso amor.

Povos, tribos, celebrai-O !
“Glória a Deus”, também dizei.
De joelhos adorai-O;
Ele é o Cristo, o grande Rei !

REFERÊNCIAS

ANGELFIRE.COM – Metodista Cuiabá

BÍBLIA SAGRADA – edição revista e atualizada

CLARAVIEGASMIRANDA.BLOGSPOT.COM

LETRAS.MUS.BR

MÚSICA .COM.BR

NOVO CÂNTICO .COM.BR

VAGALUME.COM.BR

WIKIPÉDIA – A enciclopédia Livre

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Exemplos de atividades com danças para escolas

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

Segundo Carbonera e Carbonera (2008), um exemplo de atividade indicada para o Ensino Fundamental II, ou seja, para alunos do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental, usado no desenvolvimento do ritmo, inicia-se com os alunos organizados em blocos, com numero par de elementos em cada fileira, cada aluno segurando dois bastões de madeira (cabo de vassoura cortado 25 cm), determinado anteriormente com qual colega mais próximo será formado uma dupla durante o exercício. Posteriormente inicia-se a execução em quatro tempos, sendo que nos três primeiros tempos deve-se bater seu próprio bastão um no outro e no quarto tempo, bater no bastão do colega que esta de dupla, e aí faz variações o exercício em três tempos ou em dois; Cada aluno com um arco, disperso na quadra, em três tempos realizar dois passos, jogar o arco para cima e no quarto tempo pegar com a outra mão; Alunos dispersos na quadra, usar variados ritmos (rock, bolero, funk, sapateado, etc.) e se possível fazer uma montagem, unindo pequenos trechos de cada musica ou ritmo, sendo musicas lentas, moderadas e aceleradas.

Exercício para desenvolver a expressão corporal: incialmente divide-se a turma em grupos e, algumas sensações ou estados afetivos escritas antecipadamente em pedaços de papel (amor, ódio, calor, frio, fome, alegria, etc.), sorteie uma sensação para cada grupo, coloque uma música de ritmo moderado e peca para que todos ao mesmo tempo, criem movimentos individuais sobre a sensação que o grupo vivenciou. Em seguida cada grupo deve criar de três a quatro movimentos relativos à sensação do grupo e apresentara para o restante da turma; o próximo passo é unir os movimentos de todos os grupos e com auxilio do professor montar uma coreografia (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

Ao escolher uma Dança Folclórica específica, não é preciso utilizar seus passos originais ou tradicionais, pois isso poderia tornar inviável e também requereria muita pesquisa para obter os detalhes típicos da dança escolhida. Cabe ao professor e aos próprios alunos criarem movimentos dentro do ritmo folclórico escolhido; o importante é desenvolver alguns elementos que associem os movimentos com a dança específica tendo como objetivo desertar no aluno o gosto por ritmos de raiz histórica relevante e a curiosidade por culturas diversificadas da nossa existência (FERREIRA, 2009).

Sobre as noções básicas das Danças Circulares observa-se que, inicialmente, há de se ordenar os alunos em círculos e com as mãos dadas, opcionalmente com a mão esquerda voltada para cima, palma da direita para baixo buscando por meio desse posicionamento de mãos, gerar um simbolismo dos atos de receber e doar, fechando-se em um circuito dançante (ANDRADA, 2014).

As Danças em Círculos são símbolos da unidade, totalidade, confiança e do apoio mútuo. Nelas, as atividades não são de competição, mas sim de cooperação, para promoção da interação entre os estudantes. A Dança Circular não está centralizada em um conteúdo representativo exclusivista, ela é diversificada na utilização de seu repertório, pois por meio dele, representa diversos povos e culturas. A Dança Circular pode ser aplicada no contexto da Educação Física Escolar como objeto de trabalho individual e em grupo (SECCO, OLIVEIRA E ALMEIDA, 2014).

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Como iniciar as aulas de dança nas escolas

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

O trabalho de Dança na Escola deve ser iniciado com as danças da atualidade, para motivar a participação dos alunos, fazendo com que eles realizem outros tipos de danças posteriormente (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

Segundo Meirelles (2015), iniciar o trabalho fazendo um mapeamento da cultura corporal dos alunos pode ser uma boa forma. Conhecer as músicas e danças que eles gostam. Essa iniciativa serve como ponto de partida para o planejamento das aulas, no qual, as danças que os alunos já conhecem não devem ser ignoradas.

O professor empenhado no conhecimento dos contextos aos quais os alunos pertencem, busca também os propósitos de tais contextos se tornando um articulador, um interlocutor entre eles e o conhecimento em dança a ser desenvolvido na escola. Isso quer dizer que o professor atento ao conteúdo cultural que faz parte do cotidiano do aluno, pode utilizar esse mesmo conteúdo para facilitar a prática de suas aulas de Dança nas aulas de Educação Física Escolar. O professor pode também escolher e intermediar as relações entre as danças praticadas pelos alunos fora da escola, ou seja, seus repertórios pessoais e culturais, para utilizá-lo como facilitador na inserção de outros elementos da Dança que ainda não fazem parte de seus repertórios. Por exemplo: o rap, o funk, a dança de rua, e ainda seus movimentos pessoais, juntamente com as danças dos artistas de forma geral, tal como o mestre de capoeira, a passista, um coreógrafo contemporâneo, etc. Todo esse conhecimento pode ser trabalhado em sala de aula. O aproveitamento dessas danças e dessas manifestações dançantes, podem contribuir para que as aulas de Dança dentro do conteúdo programado pelo professor tenha maior aceitação (MARQUES, 2007).

Existem Danças com conteúdo relacionado com a realidade social em que vivem os alunos dentro de suas comunidades. Ao estimular a identificação das relações entre os personagens dessas danças, o tempo delas e a construção coletiva dos espaços de representação e das coreografias que as envolvem, possibilita-se a organização de apresentações de produção e criação para a escola e também para as comunidades. É possível fazer avaliações individuais e coletivas relacionadas às participações na produção e criação dessas apresentações (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

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Conhecendo melhor os alunos

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

É preciso buscar a informação mais ampla possível sobre o aluno para que, por meio dela, o professor possa conhecê-lo melhor, e partindo desse conhecimento sobre ele, engajar-se na elaboração de novos projetos, buscar meios para redefinir os objetivos, empenhar-se na busca por variedade de conteúdos significativos e atraentes para os alunos, e, além disso, encontrar novas formas de avaliar que resultem na criação de novas propostas metodológicas capazes de inserir o aluno e envolvê-lo no contexto da aplicação do conteúdo, tendo com isso, o intuito de viabilizar a aprendizagem (BRASIL, 1998).

Com base nos conceitos estabelecidos nos Parâmetros Curriculares Nacionais é possível afirmar que a atuação do próprio aluno na sinalização dos horizontes que possibilitam visualizar os conteúdos favoráveis e passíveis de aprendizagem é indispensável, relevante e insubstituível:

Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos possam, e devam contribuir para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem vai modificar, enriquecer e, portanto, construir novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação. (BRASIL, 1998, p. 72).

Tendo em prática essa busca por conhecer melhor o aluno, na aplicação da Dança Escolar, o professor deve valorizar as possibilidades expressivas de cada aluno. O professor deve ter a liberdade para permitir ao aluno expressar de forma espontânea essas possibilidades e, não apenas isso, mas deve também, favorecer o surgimento delas. O professor na busca por conhecer melhor o aluno deve abandonar a formação técnica formal, pois, ela pode vir a distanciar o aspecto verdadeiramente educacional da prática da Dança Escolar. Ferreira (2009) defende que é o desenvolvimento prático de variados tipos de dança, com suas movimentações específicas, porém, sem ênfase nas técnicas formais de danças tradicionais como o balé clássico, danças modernas, como o jazz, ou de danças contemporâneas baseadas na rigidez e na tensão técnica do balé clássico. O professor deve trabalhar a Dança na aula de Educação Física Escolar possibilitando a variedade de experimentações corporais que desenvolvam diversas habilidades de execução, expressão e interpretação.

O professor que trabalha com Dança na Educação Física Escolar deve exercitar, constantemente, sua criatividade para que ele consiga, partindo disso, organizar o conteúdo e os conhecimentos a serem transmitidos aos alunos. Ele deve também organizar o tempo escolar destinado a cada atividade a ser desenvolvida proporcionando adequação às necessidades de cada atividade para que o aproveitamento do conteúdo seja pleno e seu desenvolvimento não seja interrompido (FERREIRA, 2009).

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Desenvolvendo a Dança Escolar no Ensino Fundamental II

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

O professor de Educação Física deve estar ciente de que a criança do Ensino Fundamental II tem a necessidade de viver experiências que possibilitem o despertamento e aprimoramento de sua criatividade e capacidade interpretativa. Isso se dá por meio de atividades que favoreçam a sensação de alegria, utilizando-se de aspecto lúdico, para que a partir daí, ela possa retratar e canalizar o seu humor, seu temperamento, em fim, seu comportamento de maneira geral através da liberdade de movimento, expressão e desenvolvimento. Essas experiências podem ser desenvolvidas por meio da Dança aplicada na Educação Física Escolar (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

Para o ensino da dança, há que se considerar que o seu aspecto expressivo se confronta, necessariamente, com a formalidade da técnica para sua execução, o que pode vir a esvaziar o aspecto verdadeiramente expressivo. Nesse sentido, deve-se entender que a dança como arte não é uma transposição da vida, senão sua representação estilizada e simbólica. Mas, como arte, deve encontrar os seus fundamentos na própria vida, concretizando-se numa expressão dela e não numa produção acrobática. (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 58).

A Dança tem um universo de possibilidades de aplicação tal, que oferece aos educadores uma flexibilidade muito ampla na utilização da Dança na aula de Educação Física Escolar. A variedade de estilos dançantes e de movimentos ligados a esses estilos proporcionam combinações de números expressivos colocando diante do professor um grande leque de conteúdo a ser ensinado na instituição escolar. (NASCIMENTO, 2011).

Leite (2012, p.33) afirma que “a Dança no ambiente escolar não deve priorizar a realização de movimentos corretos e perfeitos”, mas deve ter como base a aplicação dos elementos técnicos simplificados sem ter a excelência na prática da dança como objetivo de resultado imposto ao aluno. Deve ainda estimular e proporcionar a prática da improvisação e da busca por movimentos livres onde o aluno seja também criador dos movimentos e da dança e não apenas mero reprodutor de ensinamentos repetitivos e desgastantes que acabam por desestimular o aluno a praticar a Educação Física por meio da Dança Escolar.

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Resgate cultural pela dança

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

A Dança promove um resgate ao conhecimento cultural por estar ligada às origens étnicas, por representar povos e tribos antigas, por manifestar costumes e tradições dos homens nas mais diversas épocas ao longo da história, portanto, por estar ela intimamente envolvida nas manifestações culturais humanas desde todos os tempos e ao mesmo tempo ser uma linguagem de fácil entendimento e totalmente atualizada (NASCIMENTO, 2011).

“Faz-se necessário o resgate da cultura brasileira no mundo da dança através da tematização das origens culturais, sejam do índio, do branco ou do negro, como forma de despertar a identidade social do aluno no projeto de construção da cidadania.” (COLETIVOS DE AUTORES, 1992, p. 59).

Uma das maneiras de se pôr em prática esse resgate cultural por meio da Dança aplicada nas aulas de Educação Física Escolar, é inserir as danças folclóricas no contexto das aulas, pois o conhecimento do folclore inserido no contexto da Dança Escolar é atividade física, formativa e atividade de socialização, uma vez que favorece o desenvolvimento dos aspectos da personalidade, da valorização de convívio em grupo e de preservação de elementos culturais de importância histórica no conhecimento das origens de povos, tribos e raças. Portanto, é um trabalho de extrema importância dentro da Educação Física Escolar, porque mostra aos alunos a existência de um patrimônio cultural e histórico que carece de preservação para que as gerações vindouras também possam ter acesso a essas informações de forma prática e objetiva como deve ser na aplicação da Dança Folclórica nas aulas de Educação Física Escolar (FERREIRA, 2009).

A dança atende também como promotora de uma vida social integrada e saudável, isto pelos meios já mencionados neste estudo. Mas, além de todos os fatores que respondem ao que é e para quê serve a Dança, já descritos anteriormente nesta pesquisa, pode-se afirmar que ela desperta outros interesses por elementos que norteiam a dança, como o visual, destacado nas coreografias, e o auditivo, centrado nas músicas. Esses elementos, tanto os ensinados nas aulas escolares, quanto os trazidos pelos alunos como exemplos de conhecimentos adquiridos em seus ambientes familiares ou em outros convívios, devem ser valorizados. Esses elementos norteadores somados aos princípios elementares da Dança, ou seja, aos movimentos corporais, proporcionam a melhora na autoestima da criança e promovem a inclusão escolar, pois valorizam os costumes e os ambientes das comunidades onde a criança está inserida (FERREIRA, 2009).

Com base nos diversos pontos destacados até aqui neste estudo pode-se afirmar que a Dança aplicada na Educação Física Escolar proporciona ao ser humano o educar-se e, consequentemente, preparar-se para viver melhor cada dia por meio do ato de dançar. E isso dentro de um contexto pedagogicamente acompanhado (CATIB, TREVISAN E SCHWARTZ, 2009).

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O que é e para quê serve a dança

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

Considera-se a dança uma expressão representativa de diversos aspectos da vida do homem. Pode ser considerada como linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra etc. (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 58).

É comum o entendimento de que a dança é uma das mais divertidas maneiras para ensinar, entender e desenvolver o potencial do corpo humano de forma prática e objetiva principalmente quando os alunos são crianças. Enquanto os alunos se movimentam dançando, o professor tem a possibilidade de ensinar-lhes diversos aspectos inerentes à Educação Física, tais como a noção de espaço, o desenvolvimento físico, a sociabilidade e a noção rítmica, pois no relacionamento entre os alunos em aula, eles passam a conviver com a necessidade de respeitar o espaço do colega que também deve estar engajado no mesmo espírito coletivo da Dança. Além disso, os alunos passam a perceber dentro da linguagem corporal da Dança, uma forma mais alegre e divertida para expressar seus mais diversos sentimentos e até mesmo seus conhecimentos culturais adquiridos no meio onde vivem, sejam eles relativos à Dança, ou não. Tudo isso contribui para enriquecimento do aluno de forma individual e coletiva, pois colabora para a quebra de barreira como a timidez e auxilia no combate à baixa autoestima (LEITE, 2012).

A aplicação da Dança nas Aulas de Educação Física Escolar abre espaço para que o homem se expresse através de seus movimentos mais primitivos e contemporâneos ao mesmo tempo, onde as emoções mais comuns passíveis de manifestações cotidianas sejam incluídas no processo de aprendizagem, e, como afirma Bisse (1999, p.63), “não sejam excluídas pelo processo de racionalismo instrumental desenvolvido na escola e na sociedade em geral”.

A Dança aplicada na Educação Física Escolar serve para tornar o ser humano mais sensível às práticas de seus atributos naturais assumindo necessariamente o papel de coordenadora dos valores que norteiam esses atributos para que os mesmos regulem tais práticas ordenada e democraticamente tanto nos aspectos individuais, quanto coletivos (BISSE, 1999).

O ser humano exerce diferentes maneiras de se compreender o mundo, e para expressar essas diferentes formas de interpretação do mundo o homem utiliza-se de variedades de linguagens. A Dança é uma das linguagens para a compreensão cognitiva do mundo utilizada a milhares de anos conforme já descrito anteriormente neste estudo, portanto, seu emprego nas aulas de Educação Física Escolar oferece aos alunos uma possibilidade riquíssima para a prática dessa compreensão do mundo. Os alunos expressam sua compreensão do mundo e de si próprios, por meio dos movimentos corporais dentro da concepção de belo, e para isso, extraem de si o que há de mais puro e sincero (BISSE, 1999).

Para Sócrates, um dos grandes filósofos gregos, descrito por seu discípulo Platão em Leis VII, a Dança era considerada como a atividade que tinha as características necessárias para a formação do cidadão por completo. Para ele, a Dança daria proporções corretas ao corpo, proporcionaria vivência cotidiana com boa saúde, e, além disso, seria ótima para auxiliar na prática da reflexão estética e filosófica. Por isso deveria fazer parte da educação grega (MAGALHÃES, 2005).

A Dança é um rico conteúdo a ser ensinado nas aulas de Educação Física Escolar, tanto pela variedade de possibilidades, quanto pelo valor cultural agregado a ela. Segundo Nascimento (2011, p.12), “através dela permitimos aos alunos expressar seus desejos, expectativas e necessidades”.

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A Dança nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

Levar a Dança para o ensino nas escolas é um dos objetivos expostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais, juntamente com as artes visuais, a música, e o teatro.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte têm como objetivo levar a Dança para as aulas de Educação Física Escolar, bem como as artes visuais, a música e o teatro para serem aprendidos na escola, na busca de proporcionar ao aluno maior contato com artes que até então não eram aprendidas nas escolas. Neste contexto, a Dança se aproxima diretamente com a educação Física Escolar, por ser esta uma arte que se utiliza do movimento do corpo físico humano para sua prática, o que a classifica dentro da prática dessa disciplina como um elemento de extrema utilidade tendo em vista seu amplo leque de possibilidades de movimentação do corpo (BRASIL, 1998).

A Educação Física Escolar, dentro do que está proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, é a área do conhecimento que tem a capacidade de introduzir e integrar os alunos numa cultura corporal do movimento ordenado, que pode ter como finalidade finalidades: o lazer, a expressão de sentimentos, a valorização dos afetos e das emoções, além da busca pela manutenção e melhoria da saúde. Portanto, a Dança, atendendo a esses requisitos práticos, está inserida no plano da Educação Física Escolar. A Dança aplicada nas aulas de Educação Física pressupõe um rompimento com a maneira tradicional para que os conteúdos que favorecem os alunos que já têm aptidões sejam passados dentro de um eixo estrutural de ação pedagógica que valorize o princípio da inclusão, buscando uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que tenham como objetivo o desenvolvimento da capacidade do aluno em participar das atividades, a valorização da prática da parceria nas atividades em grupo, a percepção da necessidade de interagir socialmente, o conhecimento e o respeito aos valores e princípios democráticos, bem como o exercício de seus direitos e deveres dentro desse contexto. Dessa maneira é possível acreditar que os alunos do Ensino Fundamental II (objeto deste estudo), assim como todos os demais, terão a oportunidade de usufruir da riqueza de movimentos e valores culturais oferecidos pela Dança. E dentro desse contexto de valorização do aluno, da ação pedagógica e da inserção de outros mecanismos de ensino, pode-se afirmar que há uma busca em benefício do exercício crítico da cidadania (BRASIL, 1998).

A partir dos anos 1980, o panorama pedagógico da Educação Física escolar passou a sofrer intensas transformações quanto às metodologias e formas pedagógicas utilizadas, uma vez que, até então, apresentava-se essencialmente sob as vertentes: tecnicista, esportivista e biologicista. Desde então, coexistem na área da educação física inúmeras tendências pedagógicas com base em abordagens e concepções, que visam uma tentativa de rompimento com os modelos tradicionais, além de diversificar, humanizar e democratizar a prática docente nessa área (CATIB, TREVISAN E SCHWARTZ, 2009).

 DA Dança foi incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais no ano de 1997 e foi reconhecida no Brasil como uma forma de conhecimento a ser aplicada nas aulas escolares, sendo ela uma rica fonte de prática de movimentos corporais alinhado a um conjunto de valores culturais. Portanto, ela vem sendo aplicada nas aulas de Educação Física Escolar em território nacional atendendo a essa inclusão nos PCN (MARQUES, 2007).

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Dança nas Aulas de Educação Física Escolar

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

A dança dentro de um contexto escolar se apresenta como uma alternativa de experiência lúdica que se mostra muito construtiva, pois está ao alcance de todos, tendo em vista que seu instrumento central é o corpo humano com seus movimentos. A escola não deve ter a intenção de formar bailarinos, mas sim de proporcionar ao aluno um contato mais efetivo e intimista com a possibilidade de se expressar criativamente com o movimento corporal dentro de um conjunto de normas técnicas básicas avaliadas pedagogicamente (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

A Dança encontra na escola uma estrutura favorável à sua prática, ainda que com aplicações básicas voltadas para a prática da Educação Física Escolar, sem aprofundamento técnico.

De acordo com Marques a escola não é o único lugar para que se aprenda a dança com qualidade, profundidade, compromisso, amplitude e responsabilidade, no entanto, ela é hoje um lugar privilegiado para que isso aconteça. E talvez não deva ser o único lugar para o aprendizado artístico, uma vez que, no contexto escolar, ela será parte de uma disciplina dentro de um conjunto mais amplo de conteúdo a ser ensinado pela escola (MARQUES, 2007).

Dentro do contexto do ensino de Dança nas aulas de Educação Física Escolar Carbonera e Carbonera (2008) contribuem ao afirmar que a possibilidade de compreender o corpo por meio da dança e, ao paralelamente, estabelecer múltiplas relações com outras áreas do conhecimento analisando, discutindo, refletindo e contextualizando seu papel na contemporaneidade, necessariamente passa a ser o campo de atuação de quem trabalha com seres humanos, principalmente daqueles que trabalham com educação, em que a multiplicidade cultural e física presentes nas salas de aula exige acompanhamento pedagógico constante para que o resultado da aplicação da Dança nas Aulas de educação Física Escolar seja saudável e favorável ao aluno.

Para Ferreira (2009) a prática da Dança na Educação Física Escolar não pode ser unicamente objeto de recreação, utilizada em festas e eventos públicos com objetivo de preencher um roteiro de apresentações, ou tão pouco, ser simplesmente voltada para o exercício de habilidades motoras, mas deve cuidar do equilíbrio psíquico, para que o aluno possa expressar-se criativa e espontaneamente, externando suas particularidades culturais dentro de uma manifestação coletiva.

A Dança aplicada na Educação Física Escolar tem papel essencial nas atividades lúdicas e pedagógicas, despertando no aluno uma relação concreta dele com o mundo. Proporcionando maior relação com o meio onde vive e, consequentemente, ampliando sua percepção com o mesmo (LEITE, 2012).

Ferreira (2009) esclarece que, em relação ao papel pedagógico da Dança Escolar, deve-se considerar sua atuação integrada à Educação Física, portanto, tratando-se da uma Dança aplicada às aulas de Educação Física Escolar. E dentro desse contexto pedagógico, ela deve visar o aumento da autoestima, o combate ao estresse, a melhoria da postura corporal, além de auxiliar na aquisição e manutenção da saúde, aptidão social, mental, psíquica e física. Fazendo com que a Dança na educação física Escolar tenha uma atuação muito mais ampla e ofereça um resultado proveitoso ao aluno nos mais diversos pontos e aspectos de sua vida.

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Danças Contemporâneas – Histórico da Dança

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

Dentro do termo contemporâneo encontra-se variedade de interpretações, porém alguns conceitos parecem apresentar maior lucidez ao conduzirem um raciocínio explicativo voltado para a lógica temporal, ou seja, associando o termo a um conjunto mais amplo de manifestações artísticas de Dança produzidas atualmente. Portanto, afirmando que “Dança contemporânea é tudo aquilo que se faz hoje dentro dessa arte. Não importa o estilo, a procedência, os objetivos nem a sua forma. É tudo aquilo que é feito em nosso tempo, por artistas que nele vivem” (FARO, 1986, p. 124).

Teve início no século XIX o movimento contra a formalização do aprendizado da Dança. Havia duas correntes de ensino da Dança, uma moderna surgindo com elementos conceituais novos, e outra, tradicional acadêmica voltada para a formalização rígida e técnica do balé clássico. Essas duas correntes passam divergências por questões estruturais em suas teorias fundamentais filosóficas para as quais são exigidas aos professores competências diferenciadas para o ensino da arte em questão (NANNI, 1995).

Segundo Bisse (1999), o declínio do balé se percebia claramente já no início do século XX, quando não era mais possível encontrar os grandes e tradicionais balés na França, na Itália, nem mesmo em outros países da Europa, somente na Rússia sob a proteção do Czar permanecia o balé clássico em sua essência original. Abria-se espaço, portanto, para as novas manifestações corporais, nas quais a técnica mecânica clássica era questionada e substituídas para permitir novos conceitos de dança no senário artístico da época.

Há tendência a se afirmar que a dança contemporânea surgiu na década de 60 como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura clássica até então predominante. Na década de 1980, houve um período de intensas inovações e experimentações que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte, em fim a dança contemporânea começou a se definir procurando desenvolver uma linguagem própria, todavia, permaneça algumas vezes com evidente referência ao ballet clássico (CARBONERA E CARBONERA, 2008).

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As Danças Medievais e o Balé Clássico – História da Dança

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

Na Idade Média, as danças populares usavam movimentos livres, nos quais os participantes poderiam criar movimentos livres durante a dança. As coreografias nessas danças apenas orientam os movimentos conjuntos para que os participantes possam dividir o momento da dança. Os passos são contextualizados juntamente com a emoção proporcionada pela dança, podendo ser copiados e reutilizados em outras festividades. Ao dançar uma carola pode-se criar um passo novo e introduzi-lo no calor do momento. Todos os participantes criam e reproduzem movimentações corporais, sem distinção (SOUZA, 2009).

Os especialistas em danças medievais são praticamente unânimes em apontar que as danças de salão, que floresceram entre a nobreza europeia, descendem diretamente das danças populares. Ao serem transferidas do chão de terra das aldeias para o chão de pedra de castelos medievais, essas danças foram modificadas; abandonou-se o que nelas havia de pouco nobre, nos “loures”, nas “alemandas” e nas “sarabandas” dançados pelas classes que se julgavam superiores (FARO, 1987, p. 31).

Novas regras dentro da dança da corte ligadas a uma nova postura possibilitam e exigem mudanças de atitudes corporais. Passa-se então a construir um novo corpo através destas novas regras, dando origem a uma nova concepção estética ligada diretamente com a força e com a rigidez dos movimentos (SOUZA, 2009).

Segundo Bisse (1999) os balés da corte foram criados a partir das danças populares, que inicialmente, na época de Luís XIII, era um ótimo meio de propaganda, se tornou uma maneira de afirmar o princípio monárquico. Esses balés eram uma cerimônia de adoração ao Rei. O balé da corte, inicialmente era um baile que se organizava tendo centro temático um ato dramático. Somente a partir do século XVII, na França, que o balé foi transformado, principalmente quando Luís XIV fundou a Academia Real de Dança e de Música, com o propósito de restabelecer a dança em toda sua perfeição. Para isso, ela precisava ser trabalhada por profissionais, e isso veio a acontecer a partir de 1681. Então foram criadas as bases do balé clássico internacional, que veio a ser extraordinariamente projetada.

Puoli (2010) destaca que a história do ballet teve início na Itália e depois, com a chegada dos Medicis na França, fortaleceu-se também nesse país. Esse período do ballet romântico vai de 1830 até aproximadamente 1870 e depois a Dança passou a declinar na Europa. Porém, na Rússia, devido ao patrocínio do czar, esse declínio não ocorreu. Então, o centro mundial da dança mudou-se de Paris para São Petersburgo. A Rússia se tornou atraente para muitos bailarinos e coreógrafos franceses que migraram para trabalhar na sede do balé.

O balé em seu apogeu alcançou todas as cortes europeias, e ganhou novo impulso na Rússia principalmente pelo interesse dos governantes pela nova arte, o que fez com que o país se tornasse um refúgio temporário de bailarinos franceses e italianos que buscavam trabalho (FARO, 1986).

Segundo Souza (2009) o Balé Clássico como é conhecido atualmente mantém-se imutável em seu aspecto coreográfico, tanto quanto, em sua formação estrutural rígida acadêmica, na qual os bailarinos são submetidos às técnicas mecanicistas, dentro da mesma lógica de tensões entre os indivíduos participantes. Sobre a manutenção de elementos técnicos dentro da estrutura do balé, Magalhães (2005) afirma que algumas das técnicas utilizadas na Dança dos gregos se mantêm até os dias de hoje dentro do balé clássico, uma delas é a meia ponta, ou releve, absorvido pelo balé de corte e mais tarde pela técnica clássica. Existem muitos documentos épicos que podem dar alguma noção sobre a técnica de Dança usada pelos gregos.

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Danças Primitivas e Religiosas – Histórico da Dança

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

As primeiras manifestações de danças praticadas pelo homem foram tipicamente imitativas, nelas, os dançarinos simulavam os acontecimentos que almejavam que viesse a se tornar realidade. Os homens daquela época acreditavam que forças misteriosas estariam conspirando contra sua realização (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

DANÇAS PRIMITIVAS E RELIGIOSAS

Magalhães afirma que figuras gravadas em paredes de cavernas e grutas, que datam de até 1000 anos, para muitos arqueólogos, podem representar imagens de seres humanos dançando. Por exemplo, a figura encontrada na parede da gruta Gabillou na Dordonha, perto de Mussidan, na França (MAGALHÃES, 2005).

Uma das imagens mais antigas representando a dança, data do Mesolítico a aproximadamente 8300 A.C, descoberta na caverna de Cogul, localisada na província de Lérida, na Espanha. Há ainda, outra imagem observada que representa grupos com cultura identificada com a da Idade da Pedra. Esse é o caso dos bushmen da África do Sul, figurando pessoas dançando em torno de animais que seriam sacrificados. Dança semelhante é executada pelos kurnai da Austrália meridional. Em ambos os grupos percebe-se a atividade de sobrevivência, neles a caça, provêm de uma dança ritualística. Nesses ritos há ainda outro elemento empregado, que são as máscaras, pois se acreditava que com o rosto coberto, podiam assimilar poderes místicos oriundos da divindade, por exemplo, a força do animal a ser abatido, ou a benevolência de algum espírito para a comunidade. As máscaras eram usadas também como ferramentas para expulsar demônios (MARIBEL, 1989).

A arqueologia esclarece sobre o passado da humanidade ao traduzir escritas de povos da antiguidade, e indica a existência da dança como parte integrante de cerimônias religiosas, levando a crer que a dança nasceu da religião, ou ainda, que ambas nasceram ao mesmo tempo (FARO, 1986).

Um exemplo típico entre as civilizações antigas, nas quais a dança tinha caráter sagrado, se destaca o Egito. Para os egípcios, a dança tinha um caráter extremamente ritualístico, como por exemplo, a adoração de divindades como Osíris, Isis e seu filho Horus – trindade básica da religião egípcia (NANNI, 2003).

As danças primitivas estavam extremamente ligadas à religião. Para elas a ligação entre o homem e o divino aconteceria por meio de suas danças.

Pode-se afirmar também que os gregos valorizaram a Dança desde os primórdios da civilização. Ela aparece em mitos, lendas, cerimônia, literatura e também como matéria obrigatória na formação do cidadão (MARIBEL, 1989).

Para os gregos a Dança era como um dom divino e ainda como um canal de comunicação entre os homens e os deuses, portanto a Dança estava no campo religioso com uso ritualístico (MAGALHÃES, 2005).

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Aplicabilidade da dança na aula de Educação Física

INTRODUÇÃO

O trabalho tem como objetivo apresentar a dança como modalidade a ser introduzida na aula de Educação Física. Para isso, o presente trabalho mostra os diversos aspectos da aplicabilidade da dança na aula de Educação Física, além de abordar informações históricas de extrema importância, desde a antiguidade até os dias atuais, da dança ritualística à dança contemporânea.

O mesmo procura fomentar teoricamente a dança na escola, oferecendo uma nova alternativa às aulas de Educação Física e incentivando aos profissionais da área a buscar a inclusão da modalidade em suas aulas.

DESENVOLVIMENTO

As danças, em todas as épocas da história, e /ou espaço geográfico, para todos os povos é representação de suas manifestações, de seus “estados de espírito”, permeios de emoções, de expressão e comunicação do ser e de suas características culturais. É ela que traduz, por meio de gestos e movimentos, a mais íntima das emoções acompanhada ou não de música e do canto ou de ritmos peculiares. Pressionada pelo ritmo natural, a dança na vida do homem primitivo presidia a todos os conhecimentos – nascimento/morte; guerra/paz; cerimônias religiosas e de iniciação; tinham emocionalmente caráter ritualístico.

Como educação das crianças entre os povos primitivos ainda hoje a dança deve proporcionar situações que lhes possibilitem desenvolver habilidades várias possibilidades de movimentos, exercerem possibilidades de autoconhecimento e ser um agente efetivo da harmonia entre a razão e o coração.

Há, entretanto, algumas alusões às danças nos livros com salmos, mas sempre de forma vaga: Louvemos Javé através de cantos e danças.

O povo hebreu é o único a não ter transformado sua dança em arte, denota BOURCIER (1970:17).

Segundo o historiador André Cagnot, os hebreus teriam aprendido a dançar durante o cativeiro no Egito (PORTINARI: 1989:22). Por esse motivo, a Dança de Salomé, possivelmente como a arte da sedução, teria conotações da arte egípcia.

Os gregos deram importância à Dança desde os primórdios da civilização. Ela aparece em mitos, lendas, cerimônias, literatura e também como matéria obrigatória na formação do cidadão. “PORTINARI 1989: 23”.

Em Esparta Antiga, os jovens praticavam a embatéria, ginástica rítmica que lhes davam resistência e agilidade necessárias à vida militar.

Em Atenas, só era considerado educado o homem que além da política e filosofia soubesse também tocar algum instrumento, cantar e dançar.

Na Grécia, a dança constituía parte fundamental da educação; realizada de várias formas, era empregada a partir de cinco anos até o limiar da velhice.

A dança, de uma forma geral, hibernou por vários séculos até que no renascimento surgi através da dança macabra – uma espécie de histeria coletiva – o teatro religioso com cunho educativo, ou seja, de submeter o homem em cenas de submissão aos desígnios divinos, forma de intervenção e educação.

O ensino da dança moderna, segundo as diretrizes de seus percussores, deve ter como bases as leis que regem a mecânica corporal; deve ser uma expressão global do corpo, onde a emoção, sensibilidade e criatividade, se tornam o foco central, ou seja, se convertem em uma expressão máxima ensejando ao homem a possibilidade de se auto-realizar e de se auto-conhecer exercida de forma contextual pelos que a exprimem.

Dessa forma, a Dança, não é mais privilégio de uma classe, se torna uma forma de desenvolvimento e aprimoramento do homem, possibilitando enveredar para os caminhos de auto-realização. Assim, o ensino da Dança Moderna se permitirá integrar ao currículo escolar.

A dança pode fluir tanto como sensação de alegria favorecida pelo aspecto lúdico de movimentar-se alegremente ou pode retratar e canalizar o seu humor, seu temperamento através da expressão de movimentos.

O sucesso, a alegria, a excitação, a realização, que as crianças experimentam a partir de atividades em Danças permitirão às mesmas receber reforço positivo, imediato tão valioso à estruturação de sua personalidade, pois reforçam o auto-conceito, a auto-estima, autoconfiança e auto-imagem.

Os movimentos básicos e as habilidades motoras fundamentais e especializadas quando desenvolvida sob o aspecto lúdico são mais alegres com participação ativamente vividas onde a criança aprende a liberar seus movimentos e expressar suas emoções pela exploração do movimento, do espaço do tempo rítmico.

Segundo HOTTINGER citado por TANI (1988) há um conceito de que na determinação do padrão de mudanças comportamentais devem ser levadas em consideração, a maturação, as características individuas e as experiências.

A dança na escola pode contribuir para que os educandos adotem atitudes de valorização e apreciação das manifestações expressivas e culturais brasileiras.

A dança na escola pode contribuir para a melhoria da aprendizagem do educando, visto que trabalha a percepção do próprio corpo, elemento esse indispensável à aquisição das habilidades: leitura e escrita.

A dança na escola possibilita que o educando amplie sua capacidade de interação social fazendo-o conhecer e respeitar adversidade.

Também a importância da inclusão da dança e das atividades rítmicas e expressivas no conteúdo das aulas de Educação Física, como componentes auxiliares no desenvolvimento psicomotor, cognitivo e afetivo-social do educando.

 Os PCN dizem que a Educação Física deve ser uma proposta que valorize a democratização, a humanização e a diversificação da prática pedagógica da área, mas o que se tem notado na maioria das escolas é somente a prática de desportos competitivos relegando-se a dança e as atividades expressivas á segundo plano, ou até mesmo excluindo-as do plano de ensino.

A dança na Educação Física tem que está voltada não só para a recreação, ou simplesmente para o treino de habilidades motoras, mas para o equilíbrio psíquico para expressão criativa espontânea.

A dança escolar deve possibilitar o resgate da cultura brasileira por meio da tematização das origens culturais, seja do índio, do branco ou do negro, como forma de despertar a identidade social no projeto de construção da cidadania.

 CONCLUSÃO

Acreditar que a dança tem um grande potencial que pode ser explorado pelos profissionais da Educação Física é o que o presente trabalho, baseado nos dados relacionados, propõe como verdade a ser analisada e planejada sob o ponto de vista da aplicabilidade da dança na aula de Educação Física, bem como sua viabilidade creditada pelos diversos aspectos positivos para o benefício do ser humano com a prática da mesma.

Sugerimos que a modalidade de dança seja introduzida nas escolas de forma lúdica e ordinária para a inclusão de todos os alunos e aproveitamento de seu potencial como forma de aprendizagem e prática da Educação Física individual e coletiva; fortalecendo a interação social, cognitiva e afetiva, tanto do educando, quanto do e do educandário.

 BIBLIOGRAFIA

NANNI, Dionísio, p 7, 8, 10, 11, 13,16, 17, 21, 22, 25, 26, 39, 40 e 42

DANÇA – EDUCAÇÃO – Pré Escola à Universidade

Rio de Janeiro: 5ª edição: SPRINT, 2008

FERREIRA, Vanja, p 11, 12, 15, 16 e 20

DANÇA ESCOLAR: Um Novo Ritmo Para a Educação Física

Rio de Janeiro: 2ª edição: SPRINT, 2009

Os malefícios causados pelo acúmulo de lixo

RECICLANDO PENSAMENTOS

ÉRICA E EQUIPE 2º SEMESTRE ED FÍSICA

Vinícius, Suzane, Daniele, João, Érica, Romiris e Iuri

Trabalho elaborado pelos alunos Daniele, Érica, Danieli, Iuri, João Vitor, Romires, Susani e Vinícius, do segundo período do Curso de Educação Física, sob orientação da Prof.ª Natacha.

O lixo disposto a céu aberto constitui um sério problema de saúde pública, uma vez que propicia o desenvolvimento de vetores, como artrópodes e roedores, que transmitem doenças como leptospirose e peste bubônica.
Além disso, o lixo disposto sem proteção, graças ao seu elevado teor de umidade e matéria orgânica, facilita o desenvolvimento de uma grande variedade de patogênicos que podem chegar ao ser humano por via direta
ou indireta. (PHILIPPI JR, A. – PELICIONI, M. C. F., 2005)

O propósito deste trabalho foi alcançado na medida em que o esclarecimento levado à comunidade citada proporcionou um início de conscientização para a necessidade de se criar uma preocupação comum entre as pessoas que se utilizam, ou não, dos espaços públicos e privados, em relação ao seu estado de higiene e condições básicas para o convívio de pessoas de todas as idades, especialmente as crianças, por sua singeleza e curiosidade.

https://Reciclando Pensamentos – Revista. pdf

 

 

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Linha do tempo da educação brasileira

BRASIL COLÔNIA

Entre 1549 e 1759 – Educação jesuíta, da Igreja Católica, a Companhia de Jesus.

Entre 1759 e 1808 – reformas do Marques de Pombal, aulas régias, ou avulsas,

Entre 1808 e 1821 – período em que a corte portuguesa, Dom João VI, esteve no Brasil.

 BRASIL IMPÉRIO

Entre 1822 e 1889 – divisão do ensino em três níveis: primário, secundário e superior.

Em 1838 foi criado o Colégio Pedro II.

BRASIL REPÚBLICA

Em 1911 foi criada a Lei Rivadávia Correia, com liberdade institucional, presença facultativa e desoficialização do ensino.

Em 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, c A reforma elaborada pelo Ministro da Educação Francisco Campos colocou a educação em plano nacional.

Os católicos conservadores conseguiram acrescentar à Constituição Federal de 1934 o ensino religioso nas escolas públicas.

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O que é Educação Física

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

A Educação Física pode ser entendida como uma área que interage com o ser humano em sua totalidade, englobando aspectos biológicos, psicológicos, sociológicos e culturais e a relação entre eles.

A definição da didática na Educação Física e na educação, de modo geral, se deu em meio aos conflitos entre as políticas educacionais hegemônicas e os movimentos de contestação e essas políticas.

A Educação Física se caracterizou por diferentes perspectivas históricas:

1. Pedagogia tradicional: dominante no período educacional brasileiro iniciado pelos jesuítas, identificada como Educação Física Higienista (predominante até 1930) e Educação Física Militarista (predominante entre 1930 e 1945). Nessa época a Educação Física escolar era entendida como atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não diferenciá-la da instrução física militar.

2. Pedagogia tecnicista: predominância dos estudos desenvolvidos pela ciência do comportamento humano e pelo desenvolvimento de aparelhos destinados ao trabalho pedagógico. No período pós-64 instala-se na escola a divisão do trabalho sob a justificativa da produtividade, característica marcante dessa pedagogia. O esporte era o conteúdo principal das aulas de educação física, pautadas pelos princípios da racionalidade, eficiência e produtividade.

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Educação Física no ensino fundamental – 1.ª fase

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

1. Qual o objetivo da Educação Física no ensino fundamental 1.ª fase?

Incentivar a participação de todos os alunos, estabelecendo relações equilibradas construtivas, além de adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade, conscientizando-se de que o fator primordial de saúde são os hábitos de higiene, alimentação e atividades corporais.

2. O que significa dizer que a aprendizagem da Educação Física no ensino fundamental deve possuir características lúdicas?

Ter como características as atividades educação física que possibilita ao professor oportunizar à criança um programa educativo de atividades motoras (jogos, exercícios, atividades rítmicas) que aumentem cada vez mais suas habilidades melhorando seu desempenho em todas as atividades quer esportivas quer cotidianas.

3. Caracterize o desenvolvimento da criança no ensino fundamental.

Por volta dos oito anos, mostra-se muito ativa, desejando conhecer e experimentar tudo; tende a ser rápida em seus procedimentos, demonstrando coragem e atrevimento; e gosta de desenvolver atividades perigosas, costumeiramente persistindo até dominá-las.

Anualmente e gradativamente, a criança desenvolve-se e demonstra interesse pela prática de esportes, domina seus movimentos, gosta de exibir progresso e passa por mudanças importantes de comportamento. Suas atividades favoritas são as que denotam força e potência.

4. Como devem ser as aulas nas séries iniciais?

Nas séries iniciais, as aulas devem ser bastante lúdicas e recreativas na forma de jogos, exercícios, atividades rítmicas, danças, lutas, folclore, ginásticas e brincadeiras.

5. Aponte aspectos positivos e negativos do professor investir em uma única modalidade.

Positivamente, a aprendizagem dar-se-á em menos tempo e o aluno chegará a especialização motora mais rápido; e negativamente, o aluno terá déficit de aprendizagem em outras habilidades.

6. Explique o paradigma individual/ambiente.

A individualidade e socialização não estão separadas. Estas duas questões vão refletir na personalidade da criança, pois representam a indissociabilidade entre o eu social e o eu individual. A individualidade está relacionada aos estímulos internos, os quais dependem da natureza biológica e das experiências vivenciadas pala criança. A socialização relaciona-se com a capacidade de a criança lidar com estímulos externos, dependendo do contexto em que está inserida. 

7. Defina as seguintes capacidades:

a. Físico-motoras

Caracteriza a sequência das fases do movimento, explicando os estágios de desenvolvimento motor que o ser humano vivencia em cada uma delas.

b. Socioafetivas

Explica a estrutura social com ênfase na reciprocidade, no equilíbrio de poder e na afetividade.

c. Percepto-cognitivas

Enfatiza os conceitos de esquema, assimilação, acomodação, adaptação e equilíbrio.

8. Caracterize as seguintes fases:

a. Movimentos reflexos

É caracterizado pelos movimentos reflexos e involuntários do bebê. Desde o seu desenvolvimento no útero até os quatro meses de vida aproximadamente.

b. Movimento rudimentar

É caracterizado pelos primeiros movimentos voluntários. Fatores biológicos e do meio ambiente determinam a variação do desenvolvimento de criança para criança.

c. Movimento fundamental

Acontece quando meninos e meninas começam a desenvolver um crescimento das habilidades motoras básicas.

d. movimento especializado

Os movimentos em vez de serem identificados como aprendizagem, passam a ser uma ferramenta que se pode aplicar a várias habilidades, só que progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas.

9. Elabore atividades práticas:

a. B.O

As atividades de baixa organização são constituídas de jogos simples de baixa complexidade, cujo objetivo específico é a aquisição de noções de espaço e tempo.

BOLA EM CÍRCULO

Posicionar os alunos em círculo e fazer a bola percorrer o círculo passando por todos os alunos.

b. P.E

São atividades pré-esportivas. Elas se constituem de jogos de média complexidade (caracterizadas pela utilização de regras adaptadas ao esporte formal), cujo objetivo é, além da aquisição de noções de espaço e tempo, adaptação a variabilidade dos estímulos ambientais.

BOLICHE DA SOMA

Formação: duas colunas em números iguais de crianças.

Na frente de cada coluna, aproximadamente cinco metros, garrafas numeradas.

Dois juízes em cada boliche.

Materiais: garrafas numeradas e bolas de plásticos.

Desenvolvimento: ao sinal, cada um terá a oportunidade de jogar a bola nas garrafas, arremessando-as rasteiras, seguindo a ordem da coluna.

Conforme derrubar as garrafas, somarão as derrubas.

Vitória: para a equipe que fizer a maior soma.

Faltas:

1. Não seguir a ordem da coluna;

2. Não somar corretamente;

3. Jogar a bola por cima sem rastejá-la no chão.

c. A.R

São atividades rítmicas constituídas de brinquedos, danças e exercícios, cujo objetivo principal é a conscientização por partem do executante do próprio ritmo e do selecionado pelos estímulos externos.

DANÇA FOLCLÓRICA

Saltar com uma perna marcando o ritmo silábico de uma estrofe canção folclórica Ciranda Cirandinha, alternando as pernas com as estrofes.

d. P.L

São atividades de postura e locomoção que constituem-se de exercícios com objetivos de explorar as múltiplas possibilidades de posicionar, equilibrar e locomover o próprio corpo.

PONTE IMAGINÁRIA

Um barbante de dez metros esticado em linha reta;

O aluno deverá andar sobre o barbante com os braços abertos;

O objeto é seguir todo o percurso pisando sobre o barbante.

e. A.C

São atividades de alto controle, e constituem-se de exercícios, cujo objetivo, além da exploração do corpo do executante, é o conhecimento dos limites e das potencialidades de sua própria capacidade motora.

BOLAS NO ALVO

Pendurar os bambolês e arremessar bolas dentro dele.

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ARTIGO 206 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 – II PRINCÍPIO

II – LIBERDADE DE APRENDER, ENSINAR, PESQUISAR E DIVULGAR O PENSAMENTO, A ARTE E O SABER;

O princípio II do artigo 206 da Constituição Federal de 1988 trata do direito à liberdade relacionada com as ações que envolvem o ato de educar-se e educar para que por meio dessa liberdade haja participação democrática nos atos que o próprio artigo descreve: aprender, ensinar, pesquisar e divulgar.

A liberdade em tais práticas é essencial para que o cidadão se sinta no direito de escolher a sua modalidade de aprendizagem, optar por estudar ciências de sua preferência, se dedicar ao estudo de artes de forma livre e democrática, além de poder desenvolver métodos para os mais diversos campos do saber.

Um exemplo claro dessa liberdade se dá na infância e na adolescência, quando o aluno tem um grande leque de cursos paralelos dentro da modalidade de ensino básico, tais como os diversos cursos livres, então a família os matricula para ingressarem nesses cursos.

Érica Barcellos, resumo de trabalho para o 2.º semestre de Educação Física, 2013.

  

Primeiro da classe

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

É de suma importância, que o aluno tenha um bom relacionamento na escola e na família. Como o caso desse aluno que sofria de Síndrome de Tourette precisava interagir com os colegas de classe e demais profissionais daquela escola.

Por desconhecer a causa dos sintomas que apresentava achava que os mesmos estavam associados com a separação de seus pais. O pai, por não saber o porquê do comportamento do filho, se sentia incomodado com os ruídos, gestos… sempre achando que poriam ser evitados, com isso ele ficava cada vez mais estressado aumentando cada vez mais as crises.

A mãe a estava sempre apoiando, procurou ajuda em livros, em profissionais e centro de atendimento de grupos de pessoas que tinham a mesma síndrome. Queria entender melhor sobre os sintomas para melhor compreender e tratar o filho que tanto necessitava da atenção dos pais e de todos que faziam parte do seu convívio, pois, o menino não poderia por si próprio encontrar a resposta, u a vez que a raridade da doença tornava difícil encontrar profissionais com experiência na causa. Nessa busca, a mãe se decepcionou com a atitude pessimista de pessoas que apresentava os mesmos sintomas, e não se conteve, pois, ela sempre motivou seu filho a superar a doença e não deixar ser vencido por ela.

Com relação à escola, o menino não tinha apoio e compreensão, simplesmente era excluído por colegas e professores. Quando ele teve a oportunidade de trabalhar em uma escola, onde foi bem recebido pelos profissionais com os quais iria trabalhar, ele procurou dar o melhor de si e mostrar para os todos que é possível superar as dificuldades e ser produtivo dentro da sociedade, fazendo uso de sua própria vida para motivar os alunos a superarem suas próprias dificuldades.

O professor tem que estar preparado e qualificado para exercer a função, pois o profissional tem grande influência na vida dos alunos. Porém, existem situações que fogem do conhecimento profissional do indivíduo, cabendo a ele buscar apoio para compreender os fatos e tratá-los dentro da forma ética cabível e adequada para que o ser humano envolvido tenha ampla inclusão no contexto escolar. Pois aquele aluno que sofria desde os seis anos de idade tivesse encontrado apoio de pessoas capacitadas para recebê-lo, ele não teria sofrido tanto. Sua salvação estava focada em apenas um profissional que teve a capacidade de observar sua necessidade de atenção e inclusão, fazendo com que ele viesse a alcançá-la.

O preconceito infelizmente existe e faz com que as pessoas sofram em seus ambientes de convívio social, profissional e até mesmo familiar; podendo gerar doenças e transtornos diversos a essas pessoas. 

As pessoas que se vêem como normais dentro da sociedade devem incluir todas aquelas que sofrem algum tipo de discriminação, fazendo com que o convívio humano seja mais solidário e democrático para que todos possam contribuir de alguma forma para a coletividade.

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Cidadania e preservação

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

Dentro das civilizações, a cidadania é uma das práticas que tem como alvo, ao longo dos tempos, buscar o bem comum e disseminar a pacífica convivência e a tolerância entre os povos. Se a convivência é um dos objetivos da cidadania, e seu foco é a busca de soluções para os problemas graves gerados pelo homem, que afetam direta e indiretamente as sociedades; pode-se afirmar que a falta de cidadania é a problemática comum nos séculos XX e XXI proporcionando a geração e proliferação de problemas e conflitos inerentes aos homens, quando estes colocam em primeiro plano os interesses de sua tribo, povo ou raça.

Extermínios de animais pelo tráfico, escassez de verbas para proteção, preservação e pesquisa arqueológica, ignorância e inexistência de políticas de conservação da biodiversidade, especulação agrária aliada ao desmatamento, contaminação das águas pelas voçorocas que assoreiam os rios poluindo a água e matando animais, aumento populacional sem planejamento, ausência de projetos voltados para a recuperação de rios, lagoas e florestas. Esses problemas são comuns em muitas cidades e carecem a muito de soluções.

1. Objetivo específico

Abordar sob o ponto de vista da cidadania e da preservação, os aspectos que denotam sua relação com a Educação Física.

2. Possibilidades temáticas para realização nas aulas de Educação Física

2.1. Adequação de temperatura ambiente no contexto da Educação Física;

2.2. Relação da Educação Física com o Meio Ambiente;

2.3. Disponibilidade de espaços para as aulas de Educação Física;

2.4. Lazer e saúde;

2.5. Esportes relacionados ao estímulo à preservação ambiental.

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Educação Física adaptada para cadeirantes

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

Apresentar a importância de aulas adaptadas para alunos cadeirantes no desenvolvimento de atividades físicas, bem como os esforços necessários por parte dos profissionais de Educação Física para que a inserção dessas pessoas seja efetivamente plena. 

Diante das dificuldades de participação de cadeirantes nas aulas de Educação Física, como incluir esses alunos num ambiente escolar para a prática de atividades físicas?

O deficiente como indivíduo inserido no contexto escolar, deve ter suas necessidades específicas atendidas de modo a facilitar sua interação nas atividades de Educação Física. Ele precisa encontrar oportunidades e alternativas que o insira efetivamente nas práticas de Educação Física, visando proporcionar-lhe maior liberdade para expressar aquilo que lhe é favorável, levando em consideração suas dificuldades e limitações. 

Propor formas de aplicação da Educação Física para pessoas com deficiências físicas deve ser uma prática constante na busca de soluções efetivas para que a inclusão dessas pessoas seja plena em todas as modalidades de exercícios em que as dificuldades causadas pela deficiência não as impeçam de praticá-los. Na ênfase à prática da Educação Física por pessoas que fazem uso de cadeira de rodas, “cadeirantes”, deve-se enfatizar a necessidade de uma avaliação da história médica, o potencial do movimento e as funções motoras. (JOGOS, ESPORTES E EXERCÍCIOS PARA O DEFICIÊNTE FÍSICO, 1985, p. 15)

Entendemos atividades adaptadas como a busca de adequação de meios para se executar uma tarefa diante da ausência ou da impossibilidade de se usar os meios convencionais. Portanto, podemos entender por desporto para deficiente aquele que é elaborado para atender exclusivamente a essa população.

“Graças às atividades recreativas, os deficientes físicos encontraram a motivação necessária para participar da comunidade mais amplamente,  para produzir, trabalhar e assumir papeis de liderança na comunidade.” 

As ações dos professores em fazer com que os alunos com deficiência participem das aulas de Educação Física são importantíssimas, pois, nessa aula é o momento na qual os alunos podem e tem mais contato uns com os outros, fazendo com que aprendam a respeitar as diferenças. No entanto, não basta apenas que tenha essa inclusão dos alunos com deficiência na aula, há também a necessidade de educar ministrando aulas prazerosas que estimulem a cooperação e principalmente a inclusão.  Silva e Salgado (2005) afirmam ainda que devam ser implantadas culturas de inclusão e que para isso três idéias centrais são necessárias. A primeira é o entendimento do que é cultura, segundo deve-se levar em consideração que a inclusão não se restringe àqueles com necessidades especiais e terceiro que o professor deve ter uma perspectiva humanista, ou seja, enxergar e entender como ocorrem as relações sociais naquele ambiente e como cada aluno se sente durante esse processo. (Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010)

O desporto adaptado no Brasil desenvolve-se dentro de uma estrutura diferenciada daquela em que se desenvolve o desporto para pessoas ditas “normais”. O desporto para pessoas portadoras de deficiência organiza dentro de uma estrutura diferente da estabelecida pelo desporto dos não portadores de deficiência. 

Após a última grande guerra, vários governos implementaram serviços de reabilitação para o tratamento de soldados lesados. O desporto adaptado nasce dentro deste contexto, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos da América. E o Brasil segue esta regra: inicia tessitura das organizações dos clubes de esporte adaptado, influenciado pelos países que iniciaram esse tipo de atividade.

 A origem do desporto adaptado é de difícil localização no tempo e na literatura. Porém, ao definirmos a que desporto nos referimos, torna-se viável sua localização. Assim, o desporto praticado atualmente pelas pessoas portadoras de deficiências teve seu início após a segunda guerra mundial.

O primeiro programa de esporte em cadeira de rodas foi iniciado no Hospital de Stoke Mandeville em 1945, com o objetivo de trabalhar o tronco e os membros superiores e diminuir o tédio da vida hospitalar. O Jornal SuperAção (1988), divulga que:

“Os primeiros resultados desta prática relatam que, em um ano de trabalho o Dr. Guttmann conseguiu preparar seis paraplégicos para o mercado de trabalho e reconheceu que as atividades esportivas, como ocupação terapêutica, eram importantes na reabilitação psicossocial dos deficientes, deu-lhes a oportunidade de competir, não só no esporte como em todos os campos sociais”. 

(DESPORTO ADAPTADO NO BRASIL: ORIGEM, IN STITUCIONALIZAÇÃO E ATUALIDADE, Brasília, 1998, p. 11, 13, 17, 18, 20 e 21)

A Educação Física aborda diversas práticas corporais, que segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) trazem muitos benefícios para os portadores de necessidades especiais, quanto desenvolvimento das capacidades perceptivas, afetivas, de integração e inserção social. Ainda segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais a Educação Física tem como um de seus princípios a inclusão do aluno na cultura corporal de movimento, a qual deve procurar reverter o paradigma da seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, a partir da valorização exacerbada do desempenho e da eficiência da pessoa.

 Para Chatard (1992), a natação é um dos esportes mais apropriado para o individuo com algum tipo de deficiência, devido aos benefícios e as facilidades proporcionadas pela execução de movimentos com o corpo imerso na água. A natação desenvolve coordenação, condicionamento aeróbico, reduz a espasticidade, e resulta em menos fadiga que outras atividades. Para a Association of Swimming Therapy (1986), o milagre da água é tornar a separação ou distinção menos nítida, frequentemente impercebíveis, pois nós todos somos mais iguais na água; as muletas e as cadeiras são deixadas de lado e flutuamos, grosseiramente, no mesmo nível e deste modo, desfrutamos de igualdade de nível e de mesmo nível de fala. Segundo o autor, a água fornece muito apoio e, quando usada corretamente, pode estimular ou relaxar o nadador deficiente, proporcionando ao mesmo, autonomia.

 A busca de um bem estar físico e psicológico, visando uma melhor qualidade de vida, levou os portadores de deficiência a procurar a prática de diversas atividades físicas. (BARROS, 2000). Focado nessa perspectiva, o presente trabalha busca apresentar as variantes que resultam numa textura do que vêm a ser a prática da Educação Física por pessoas com deficiências, mais especificamente aquelas que se utilizam de cadeiras de rodas, chamadas cadeirantes, e sua receptividade por parte dos professores de Educação Física. (MOVIMENTUM – Revista Digital de Educação Física – Ipatinga: Unileste-MG – V.3 – N.2 – Ago/Dez. 2008.)

 As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: CORDE, 1994, p.73).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIATION OF SWIMMING THERAPY, 1986

BARROS, 2000

CHATARD, 1992

COMITÊ PARAOLÍMPICO BRASILEIRO, (imagens) ww.cpb.org.br

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: CORDE, 1994, p.73

DESPORTO ADAPTADO NO BRASIL: ORIGEM, IN STITUCIONALIZAÇÃO E ATUALIDADE, Brasília, 1998, p. 11, 13, 17, 18, 20 e 21

JOGOS, ESPORTES E EXERCÍCIOS PARA O DEFICIÊNTE FÍSICO, 1985, p. 15

JORNAL SUPERAÇÃO, 1988

MOVIMENTUM – Revista Digital de Educação Física – Ipatinga: Unileste-MG – V.3 – N.2 – Ago/Dez. 2008

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – BRASIL, 1997

REVISTA OLHAR CIENTÍFICO, Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010

SILVA E SALGADO, 2005

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Teoria do conhecimento

O três períodos da filosofia grega

Após uma existência predominantemente marcada pelo plano divino, o surgimento da escrita, da moeda e dos legisladores, apresenta uma nova concepção para a humanidade, o cidadão e o filósofo. Então, os gregos formam uma escola filosófica com influência até os dias atuais, costumeiramente, dividida em três períodos:

PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO (séculos VII e VI a.C.): marca o início do desligamento entre a filosofia e o pensamento mítico.

PERÍODO SOCRÁTICO OU CLÁSSICO (séculos V e IV a.C.): tendo Atenas como centro cultural, e como personagens, Sócrates, seu discípulo Platão, e posteriormente, Aristóteles, que foi discípulo de Platão. São desse período, os sofistas, que eram muito criticados por seus contemporâneos.

PERÍODO PÓS-SOCRÁTICO (século III e II a.C.): a expansão macedônica sobre os territórios gregos e a formação do império de Alexandre Magno, marca este período. A influência oriental marca, após a morte de Alexandre, a época helenística, com duas correntes filosóficas, estoicismo e epicurismo, que são as principais expressões do período pós-socrático.

Heráclito e Parmênides, dois filósofos pré-socráticos

  • Heráclito (tudo flui)

Nascido em Éfeso, na Jônia, (atual Turquia), viveu de 544 a.C. a 484 a. C., teve sua visão baseada na multiplicidade do real. “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois na segunda vez não somos os mesmos, e também o rio mudou. Para ele, essa multiplicidade se dá porque o ser está constituído de oposições internas, “a guerra é pai de todos, rei de todos”, e é da luta que nasce a harmonia, como síntese dos contrários. Heráclito teve a intuição da lógica dialética, que foi elaborada por Hegel e depois por Marx, no século XIX.

  • Parmênides (o ser é imóvel)

Viveu (c.540-c. 470 a.C.) em Eléia, cidade do sul da Magna Grécia (atual Itália) e é o principal expoente da chamada escola eleática. Ele influenciou decisivamente o pensamento ocidental e criticou fortemente a filosofia de Heráclito, tendo por absurdo considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo, baseando-se no princípio do qual “o ser é” e o “não ser não é”.  Os lógicos chamaram isso de princípio de identidade, base da metafísica posterior.

Os sofistas

No período áureo da cultura grega (V a.C.) viveram os sofistas, e alguns foram interlocutores de Sócrates. Os mais famosos foram: Protágoras (485-411 a.C.); Górgias (485-380 a.C.); Híppias; e também, Trasímaco, Pródico, Hipódamos, entre outros.

A palavra sofista quer dizer “professor de sabedoria”, mas adquiriu o sentido pejorativo de “homem capcioso”, provavelmente devido às críticas feitas por Sócrates e Platão em relação a eles. Os sofistas formularam um currículo de estudos: gramática (como iniciadores), retórica e dialética; por influência dos pitagóricos, eles desenvolveram a aritmética, a geometria, a astronomia e a música.

 Sócrates, Platão e Aristóteles

Sócrates (c.470-399 a.C.) embora tenha sido incluído entre os sofistas, recusava a classificação e se opunha a eles de forma crítica. Ele nada deixou escrito, seus discípulos Xenofonte e Platão divulgaram suas idéias. Sócrates foi condenado e morto, sob a acusação de não crer nos deuses da cidade.

Ele criou seu método do conhecimento e o dividiu em duas partes chamadas ironia (em grego, “perguntar”) e maiêutica (em grego, “parto”).

A primeira chamada ironia (em grego, “perguntar”), considerada destrutiva, partindo, em suas discussões, do pressuposto “só sei que nada sei”; onde, hábeis perguntas feitas por ele a outra pessoa dita conhecedora de um determinado assunto, tem por objetivo convencê-la de sua ignorância.

A segunda chamada maiêutica (em grego, “parto”), nome em homenagem a sua mãe, que era parteira. Esta parte consiste em criar novas idéias, ou “dá-las à luz”.

Platão (428-347 a.C.) fundou em Atenas, onde viveu, a escola denominada Academia. A síntese de seu pensamento está ilustrada no “mito da caverna”, onde ele imagina os homens acorrentados em uma caverna desde suas infâncias, tendo um deles se soltado da corrente e visto a luz, ao voltar e contar aos outras não os consegue convencer.

De Sócrates, seu mestre, aproveita a nova noção de logos, e ao continuar a busca da compreensão do real, cria a palavra ideia, para referir-se à intuição intelectual.

Alguns teóricos interpretam o pensamento de Parmênides e de Platão como representantes do idealismo, que é uma expressão do pensamento moderno, no momento em que a teoria do conhecimento se torna reflexão autônoma.

Aristóteles (384-322 a.C.) nasceu em Estagira, na Calcídica (região dependente da Macedônia), e seu pai foi médico do rei da Macedônia, Felipe, do qual o filho Alexandre foi discípulo de Aristóteles, até assumir o poder precocemente na expansão do império. Frequentou a Academia de Platão e foi criticado por sua fidelidade ao seu mestre, para as quais se justificou dizendo: “Sou amigo de Platão, mas mais amigo da verdade”.

Aristóteles é autor de uma extensa obra que é uma dos grandes sistemas filosóficos. Fundou o Liceu em Atenas, em 340 a.C., vizinho do templo de Apolo Lício.

Resumo de conteúdo, 1º semestre de Educação Física, Érica Barcellos

Nuremberg, nazistas nos bancos dos réus

Partindo do conceito de que a moral está relacionada com as ações humanas, com que consideramos certo ou errado, justo ou injusto, podemos afirmar que é moralmente inaceitável classificar as pessoas como superiores ou inferiores, válidas ou inválidas, por que estas classificações não condizem com a democracia. Não há justificativa moral para o descaso com pessoas que sofrem pelos mais diversos motivos, nem por suas fragilidades, mesmo considerando todas as pluralidades de conceitos das sociedades.

 O esforço para produzir pessoas perfeitas geneticamente leva ao entendimento equívoco de que as pessoas que possuem algum tipo de fragilidade, má formação ou alguma deficiência, são inaceitáveis perante a sociedade, portanto esse esforço não se justifica. Nenhuma pessoa deve ser submetida a avaliações cujos critérios estão voltados para suas limitações ou boas condições físicas.

Muitos são os critérios para avaliar uma pessoa melhor que outra, ser da família, ter a mesma cor, a mesma origem patrícia, o mesmo credo, etc., porém nenhum conceito pode dar a alguém superioridade sobre outra. Todos devem ter os mesmos direitos de acesso a tudo que a sociedade oferece.

Atualmente, o mundo expõe suas verdades inaceitáveis, suas violações de direitos e todo tipo de atos repudiados no passado, mas infelizmente repetidos nos dias de hoje. As notícias de constantes estupros na Índia parecem mostrar fatos exclusivos de uma nação que subjuga a mulher, porém acontecem nas mais sólidas democracias; desportistas negros são ofendidos em estádios lotados e com transmissão ao vivo para todo o mundo; muros são erguidos na tentativa de esconder os flagelos da sociedade; e a miséria em alguns países é ignorada por nações poderosas que investem bilhões de dólares em guerras feitas sob argumentos mentirosos de proteção da humanidade.

A sociedade moderna criou o homem competitivo, preparado para o sucesso, sem tempo para as pluralidades, para pensar no outro, sem tempo para reflexões filosóficas e religiosas, aparentemente treinados para agir sem pensar, para mentir em defesa própria, para impor uma suposta superioridade a qualquer custo.

As penas aplicadas no julgamento de Nuremberg, com base em quatro crimes, têm como proposta, sobre tudo, apresentar ao mundo uma resposta de repúdio aos inaceitáveis atos desumanos, à intolerância, ao desrespeito aos direitos humanos, em fim, a tudo que se possa dizer sobre o nazismo em sua concepção política, moral e ética, porém, nenhum ato deve ser julgado por sua proporção, mas sim pelo que ele representa em sua prática. 

Érica Barcellos, trabalho para o 1º semestre de Educação Física.

Crise na Educação Física

Autora: Érica Ferreira de S. B. de Paula – Profª de Educação Física

Os fatores que desencadearam a crise na Educação Física

Pode-se afirmar que os fatores que levaram a Educação Física a uma crise, estão ligados à crise política que envolveu o país na transição entre os regimes militar e democrático. O Brasil estava ligado ao militarismo, com um conjunto de políticas voltadas para fortalecer o regime, dentre elas o enfoque futebolístico, tornando esse esporte um símbolo nacional; além de ter na Educação Física um instrumento de preparo físico e mental do homem. Com o início do sistema democrático brasileiro, a educação nacional, necessitou de amplas reformas, bem como a própria Educação Física.  

 A superação da crise da Educação Física

Embora a crise de transição do regime militar para a democracia tenha gerado elementos de mudanças, o aprofundamento dos fatores que envolvem a necessidade atual da prática da Educação Física, ainda está à procura de caminhos concretos e com características bem definidas quanto à sua função a ser desempenhada na influência social cotidiana, bem como os limites de sua atuação no que diz respeito às práticas desportivas atuais com todas as suas complexidades técnicas, suas variantes e suas aplicações nos diversos contextos sócio-culturais do país.

 A Educação Física Convencional

Esta é a concepção mais simples e popular para a educação em questão, visualiza os aspectos biológicos como prioritário, considerando os aspectos psicológicos secundários, irrelevantes, ou ainda, inerentes a outras cadeiras disciplinares educativas. Ela desconsiderando fenômenos isolados, centralizando sua forma analítica em um conceito global para o qual o corpo é o centro, ou o próprio homem. Sua forma de educação está voltada para os movimentos, para a qual os elementos pedagógicos são: a ginástica, a dança, os jogos, o esporte e tudo que tenha alguma dinâmica de movimentos organizados.

 A Educação Física Modernizadora

Esta concepção amplifica o significado da educação física, muitas vezes se opondo ao conceito da educação física convencional. O contraste entre essas duas concepções se dá no que difere a “educação do físico” da “educação pelo físico”, onde a educação física modernizadora se utiliza de meios específicos comuns à educação física convencional, porém buscando o sentido mais amplo desses meios. Esta concepção de educação física estende-se para um conceito atualizado de saúde para o qual importa o bem-estar físico, mental e social.

A Educação Física Revolucionária

Nesta concepção o ser humano é entendido em todas as suas dimensões e no conjunto de suas relações com os outros e com o mundo. Ela pode ser definida como a arte e a ciência do movimento humano que, por meio de atividades específicas, auxiliam no desenvolvimento integral dos seres humanos, renovando-os e transformando-os no sentido de sua auto-realização e em conformidade com a própria realização de uma sociedade justa e livre.

Suas características evidenciam que só é possível conceber revolucionariamente a educação física por intermédio da chamada consciência transitiva crítica. Aquela capaz de transcender a superficialidade dos fenômenos, nutrindo-se do diálogo, e agindo pela práxis, em favor da transformação no seu sentido mais humano.

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