Letra do Hino de Piraí RJ

HINO DO MUNICÍPIO DE PIRAÍ

Ó Piraí pequeno gigante
Na luta constante
Teu lema é crescer
Tenho certeza que com galhardia
Na luta porfia
Tu hás de vencer
Cheio de glória
Com a vitória
Brilhará entre outras mil
Meu pedacinho do Brasil

Diagramas para solos de violão e guitarra – escalas pentatônicas maiores e menores

1 – Escalas de dó maior e lá menor
2 – Escalas de sol maior e mi menor 
3 – Escalas de ré maior e si menor
4 – Escalas de lá maior e fá# menor
5 – Escalas de mi maior e dó# menor

Aula complementar nº 1 – Escala pentatônica (em slides)

A escala pentatônica é predominante no folclore europeu e principalmente na música oriental, é uma escala de apenas cinco notas, podendo ser maior ou menor, e de aplicação consideravelmente fácil. A cultura oriental é apresentada ao mundo sob trilhas sonoras de característica pentatônica, em documentários, reportagens, filmes típicos, propagandas de produtos japoneses, etc., portanto, a escala pentatônica, embora seja tipicamente oriental, é familiar aos ouvintes ocidentais. Ela é trivial entre músicos improvisadores nas músicas contemporâneas ocidentais, e nisso não há paradoxo, o que ocorre é que a escala pentatônica oferece algumas facilidades tanto para o canto, quanto para execução em instrumentos artificiais, principalmente os de cordas. Sua aplicação na música ocidental ocorre com maior frequência  nos solos de guitarra, pois, desta escala de cinco notas, formulam-se cinco desenhos fáceis de decorar e com diversas possibilidades de combinações e efeitos agradáveis.

Os intervalos da escala pentatônica maior

Segunda maior (1 tom); terça maior (2 tons); quinta justa (3 tons e 1/2); sexta maior (4 tons e meio); oitava maior (6 tons).

Os intervalos da escala pentatônica menor

Terça menor (1 tom e 1/2); quarta justa (2 tons e 1/2); quinta justa (3 tons e 1/2); sétima menor (5 tons); oitava maior (6 tons).

Diagramas para solos e improvisação no violão e na guitarra – doze escalas diatônicas maiores e suas relativas menores, com cinco e sete diagramas

Escalas diatônicas maiores e menores com cinco diagramas

Apresentação em slides

Escalas diatônicas maiores e menores com sete diagramas

Apresentação em slides

1 – Escalas Diatônica de Dó maior e Lá menor – Escala Natural (sem # e b) cinco diagramas para violão e guitarra

2 – Escalas Diatônicas de Sol maior e Mi menor (1 #) diagramas para violão e guitarra

3 – Escalas Diatônicas de Ré maior e Si menor (2 #) diagramas para violão e guitarra

4 – Escalas Diatônicas de Lá maior e Fá# menor (3 #) diagramas para violão e guitarra

5 – Escalas Diatônicas de Mi maior e Dó# menor (4 #) diagramas para violão e guitarra

6 – Escalas Diatônicas de Si maior e Sol# menor (5#) diagramas para violão e guitarra

7 – Escalas Diatônicas de Fá maior e Ré menor (1 b) diagramas para violão e guitarra

8 – Escalas Diatônicas de Dó maior e Lá menor – sete diagramas para violão e guitarra

9 – Escala Diatônica em 5 desenhos para guitarra e violão (em slides)

10 – Escala Diatônica em 7 desenhos para guitarra e violão (em slides)

11 – Escala Diatônica Complemento 01 para guitarra e violão (em slides)

12 – Escala Diatônica Complemento 02 para guitarra e violão (em slides)

13 – Cinco diagramas para escalas diatônicas – em PDF

 

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Fórmulas de compassos e figuras de valores musicais

Fórmulas de Compassos

Os compassos podem ser binários, ternários ou quaternários, simples ou compostos, eles determinam regras para a organização da partitura e caracterizam o ritmo, porém, a definição do ritmo se dá na exposição das figuras de valores utilizadas na melodia e na harmonia,  dentro dos compassos, formando as características que definem o ritmo. As fórmulas de compassos organizam os pulsos musicais, por consequência, organizam também as notas musicais, pois elas utilizam figuras sujeitas ao tipo de compasso.

Fórmulas ou Signos de Compassos





Figuras de Valores

As figuras de valores são representações da duração do som ou do silêncio musical, suas combinações determinam o ritmo e são anotadas no denominador da fórmula de compasso (estudada acima) determinando a *unidade de tempo. Observe que são sete nomes diferentes, porém, são duas figuras para cada nome, uma com valor positivo e outra com valor negativo. As figuras de valores positivos são associadas às notas musicais, e as figuras de valores negativos representam o silêncio, ou ausência de nota musical, são chamadas também de pausas.

* A unidade de tempo é o valor correspondente a cada pulso do compasso. No compasso 2/4, o numerador 2 mostra que o compasso é binário (2 pulsos), e o denominador 4 representa a figura de cada pulso, ou tempo, que neste caso é Mínima. Os números que representam as figuras estão nos denominadores das razões abaixo.

Figuras de Valores

Questionário para autoavaliação

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Fórmulas de compassos e figuras de valores

Fórmulas de Compassos

Os compassos podem ser binários, ternários ou quaternários, simples ou compostos, eles determinam regras para a organização da partitura e caracterizam o ritmo, porém, a definição do ritmo se dá na exposição das figuras de valores utilizadas na melodia e na harmonia,  dentro dos compassos, formando as características que definem o ritmo.

Fórmulas ou Signos de Compassos

Figuras de Valores

As figuras de valores são representações da duração do som ou do silêncio musical, suas combinações determinam o ritmo e são anotadas no denominador da fórmula de compasso (estudada acima) determinando a *unidade de tempo. Observe que são sete nomes diferentes, porém, são duas figuras para cada nome, uma com valor positivo e outra com valor negativo. As figuras de valores positivos são associadas às notas musicais, e as figuras de valores negativos representam o silêncio, ou ausência de nota musical, são chamadas também de pausas.

* A unidade de tempo é o valor correspondente a cada pulso do compasso. No compasso 2/4, o numerador 2 mostra que o compasso é binário (2 pulsos), e o denominador 4 representa a figura de cada pulso, ou tempo, que neste caso é Mínima. Os números que representam as figuras estão nos denominadores das razões abaixo.

Figuras de Valores

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Dilermando Reis – uma vida dedicada ao violão

Dilermando Reis trabalhou em todas as oportunidades possíveis a um instrumentista, tanto em centros urbanos, quanto no interior do Brasil. Ele tocou, compôs, gravou e ensinou. Dentre os amigos, um destaque para Juscelino Kubitschek, e ele se orgulhava do amigo ilustre. O violonista nasceu em Guaratinguetá, S.P., em setembro de 1916. Seu pai, Chico Reis, lhe ensinou a tocar o instrumento com o qual fez tanto sucesso, e aos quinze anos já agradava a família, os vizinhos e amigos, com sua sutileza e virtuosidade.

Ao conhecer o concertista Levino da Conceição, formou dupla com ele e passou a viajar como aluno e concertista. Talvez por superá-lo como violonista, foi deixado por Levino num hotel no Rio de Janeiro, com quinze dias pagos, sem mais contato. Para sobreviver, Dilermando teve que se submeter a dar aulas a preços muito baixos. E a partir disso foram surgindo outras oportunidades. Até que, aos dezenove anos, recebeu uma proposta para trabalhar na Rádio Transmissora, que seria para fazer alguns solos de abertura para cantores populares. 

Em 1942, formou uma orquestra de violões com um repertório eclético, e seguiu sua carreira buscando a valorização do violão, a exemplo de André Segóvia, em outras circunstâncias, porém com esse mesmo princípio. Sua busca era por trazer o violão para o centro do palco, dando visibilidade e reconhecimento aos violonistas. 

Dilermando não aderiu a movimentos como, a bossa nova e a Tropicália, manteve-se conservador, porém, com a versatilidade de um erudito que não despreza o popular. Foi músico da gravadora Continental por mais de trinta anos, com contratos apenas verbais, dizia que confiava mais na palavra dita.

Em 1966, houve uma denúncia de que a canção “Disparada”, então ganhadora do festival da TV Record, seria plagiada de uma composição sua, chamada “Oiá de Rosinha”. Inicialmente, Dilermando manifestou algum ressentimento, porém, mais tarde, abandonou as mágoas, afirmando que “a moda de viola é a mesma em qualquer parte do Brasil, com estruturas idênticas, ou muito parecidas”. 

Dilermando era discreto e cada vez mais caseiro, com o passar dos anos. Seus últimos anos, passou morando no Rio de Janeiro, com sua esposa Celeste, com quem se casara quando ela tinha apenas quinze anos, cercado de gatos, e sem filhos.

Dilermando Reis faleceu em 1977, de colapso cardíaco. Sua obra está registrada em dez discos de 78 rpm, vinte LP’s, e um álbum em sete volumes. seu nome está entre os grandes violonistas brasileiros de todos os tempos. E, em quarenta anos de carreira, formou gerações de violonistas. 

Acordes, resolução e preparação em harmonia

INTRODUÇÃO

Os acordes estão submetidos a critérios tonais, portanto, seu uso depende da compreensão dos tons, tanto maiores, quanto menores. Os atuais estudos de harmonia, baseados na harmonia jazzística e em tratados como o de Hugo Riemann, apresentam três funções para análise de acordes: Tônica, Subdominante e Dominante, e partindo destes três conceitos abrem um amplo e complexo campo de estudo. Na literatura musical brasileira atual, dois nomes se destacam: Ian Guest, com seus manuscritos, e Almir Chediak, com Harmina e Improvisação Vol. I e II.

Neste trabalho, apresento um estudo objetivo do uso dos acordes, baseado em duas funções apenas: Tônica e Dominante, que chamaremos de resolução e preparação; para análise das sequências harmônicas diatônicas e das aplicações atonais que as envolvem.

Este estudo é voltado para músicos práticos que buscam uma visão clara e objetiva das aplicações dos acordes nas composições e arranjos musicais.

DUAS FUNÇÕES: RESOLUÇÃO E PREPARAÇÃO

Tônica: é a primeira nota da escala diatônica, e a função do acorde construído a partir dessa nota, segundo os conceitos de harmonia convencionais.

Dominante: é a quinta nota da escala diatônica, e a função acorde do construído a partir dessa nota, segundo os conceitos de harmonia convencionais.

Acordes com três notas (tríades) do tom Dó maior: C Dm Em F G Am Bm(b5)

Acordes com quatro notas (tétrades) do tom Dó maior: C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)

Utilizaremos uma fórmula objetiva de análise dos acordes, considerando apenas dois conceitos de aplicação harmônica: preparação e resolução, substituindo os termos dominante e tônica.

Dos quatorze acordes acima apenas três não exercem função tônica, que chamaremos de resolução: Bm(b5), G7 e Bm7(b5); sendo que o primeiro e o terceiro estão embutidos no segundo acorde (G7), portanto, inicialmente, não trabalharemos com eles (o 1º e o 3º) para facilitar a visualização. Separando os acordes com função de preparação dos acordes com função de resolução, temos:

 Acordes que podem exercer a função de resolução: C Dm Em F G Am (tríades) e C7M Dm7 Em7 F7M Am7 (tétrades).

Observe que C e C7M são semelhantes (não idênticos), assim como os demais pares: Dm e Dm7 | Em e Em7 | F e F7M | Am e Am7. Portanto, nestes casos, vamos trabalhar apenas com as tríades para facilitar a visualização.

Acordes que exercem a função de resolução: C Dm Em F G Am

Acorde que exercem a função de preparação: G7 – que prepara o acorde C

Lembre-se que a função do acorde não exerce poder sobre a criação artística musical. O compositor e o arranjador tem liberdade para criar suas progressões harmônicas independentes dos conceitos convencionais de harmonia.

COMBINAÇÕES COM ACORDES DE PREPARAÇÃO E RESOLUÇÃO

Num trecho musical com dois acordes, considerando as funções propostas neste estudo (resolução e preparação), temos a seguintes possibilidades de combinação: resolução e resolução, resolução e preparação, preparação e resolução, e, preparação e preparação. Tomando como modelo o tom Dó maior, temos seis acordes que podem exercer a função de resolução e um acorde para a função de preparação: C, Dm, Em, F, G, Am (função de resolução) e G7 (função de preparação).

Resolução e Resolução: C e Dm | C e Em | C e F | C e G | C e Am || Dm e C | Dm e Em | Dm e F | Dm e G | Dm e Am || Em e C | Em e Dm | Em e F | Em e G | Em e Am || F e C | F e Dm | F e Em | F e G | F e Am || G e C | G e Dm | G e Em | G e F | G e Am || Am e C | Am e Dm | Am e Em | Am e F | Am e G ||

Todos os acordes que podem exercer a função de resolução possuem preparação específica. Segue a nomeação desses acordes e suas preparações: C e G7 (sol c/7ª preparação vista acima), Dm e A7, Em e B7, F e C7, G e D7, Am e E7 (A7, B7, C7, D7, E7 são os novos acordes). Esses novos acordes de preparação possuem notas que não pertencem à escala de Dó maior, portanto, são acordes atonais, e com eles há grande ampliação das possibilidades de criação.

Resolução e Preparação: C e G7 | C e A7 | C e B7 | C e C7 | C e D7 | C e E7 || Dm e G7 | Dm e A7 | Dm e B7 | Dm e C7 | Dm e D7 | Dm e E7 || Em e G7 | Em e A7 | Em e B7 | Em e C7 | Em e D7 | Em e E7 || F e G7 | F e A7 | F e B7 | F e C7 | F e D7 | F e E7 || G e G7 | G e A7 | G e B7 | G e C7 | G e D7 | G e E7 || Am e G7 | Am e A7 | Am e B7 | Am e C7 | Am e D7 | Am e E7 ||

Preparação e Resolução: G7 e C | G7 e Dm | G7 e Em | G7 e F | G7 e G | G7 e Am || A7 e C | A7 e Dm | A7 e Em | A7 e F | A7 e G | A7 e Am || B7 e C | B7 e Dm | B7 e Em | B7 e F | B7 e G | B7 e Am || C7 e C | C7 e Dm | C7 e Em | C7 e F | C7 e G | C7 e Am || D7 e C | D7 e Dm | D7 e Em | D7 e F | D7 e G | D7 e Am || E7 e C | E7 e Dm | E7 e Em | E7 e F | E7 e G | E7 e Am || Nesta série, as combinações mais usadas e com maior sentido lógico, segundo os critérios convencionais relativos aos intervalos dos acordes dominantes (neste estudo chamados de preparação), estão sublinhadas (G7 e C | A7 e Dm | B7 e Em | C7 e F | D7 e G | E7 e Am).

Preparação e Preparação: G7 e C7 | G7 e D7 | G7 e E7 | G7 e A7 | G7 e B7 || A7 e C7 | A7 e D7 | A7 e E7 | A7 e G7 | A7 e B7 || B7 e C7 | B7 e D7 | B7 e E7 | B7 e G7 | B7 e A7 ||  C7 e D7 | C7 e E7 | C7 e G7 | C7 e A7 | C7 e B7 ||  D7 e E7 | D7 e G7 | D7 e A7 | D7 e B7 | D7 e C7 || E7 e D7 | E7 e G7 | E7 e A7 | E7 e B7 | E7 e C7 ||

A variedade de combinações acima segue a proposta de um trecho musical com apenas dois acordes, podendo aumentar, ainda muito mais, com a introdução de outros acordes atonais e daqueles acordes que, para facilitar a compreensão e o andamento do presente estudo, extraímos anteriormente (Bmb5, Bm7b5, C7M, Dm7, Em7, F7M e Am7).

COMO IDENTIFICAR OS ACORDES NAS SEQUÊNCIAS HARMÔNICAS TONAIS

Tomando como modelo as tríades e tétrades da escala de Dó maior, pode-se analisar os acorde como R ou P (Resolução ou Preparação).
Tríades:    C     Dm    Em    F      G     Am     Bmb5  ||  Tétrades:    C7M     Dm7    Em7    F7M      G7     Am7    Bm7b5

R: C, Dm, Em, F, G, Am, C7M, Dm7, Em7, F7M e Am7

P: Bmb5, G7 e Bm7b5

CARACTERÍSTICAS DOS ACORDES  DE PREPARAÇÃO

Os acordes que exercem função de preparação possuem estrutura em tétrade com a terça maior e a sétima menor, além das possibilidades de acréscimos dos intervalos de nona (9, b9 e #9), décima primeira (#11) e décima terceira (13 e b13). Exemplos: C7(9), C7(b9), C7(#9), C7(#11), C7(13), C7(b13), e ainda, C7(9/13), C7(9/#11), etc. 

CARACTERÍSTICAS DOS ACORDES DE RESOLUÇÃO

Os acordes que exercem função de resolução podem se apresentar em tríade ou tétrade, maiores ou menores, ambos com quinta justa (C e Cm). Os acordes em tétrades maiores possuem sétimas maiores (C7M), e acordes em tétrades menores possuem sétimas menores (Cm7). 

Os acordes maiores e menores podem receber o intervalo de nona maior (C9, Cadd9, Cm9, C7M(9) e Cm7(9). Os acordes menores podem ser acrescidos de décima primeira (Cm11 e Cm7(11)) e os acordes maiores podem receber o intervalo de sexta maior (C6 e C6(7M)).

CARACTERÍSTICAS COMUNS EM PREPARAÇÃO E RESOLUÇÃO

Acordes de preparação e resolução têm em comum a possibilidade de apresentação em estado fundamental ou inversões, acrescidas de nona maior, com omissões ou duplicações de notas; e ainda, com apresentações mistas.

OBS: EM CONSTRUÇÃO

Andrés Segóvia – um marco na história do violão

‘’As linhas do seu corpo gracioso penetraram meu coração como essas mulheres que, enviadas pelo céu, surgem de repente em nossa vida, para se transformarem em nossas companheiras bem-amadas’’.

Andrés Segovia (1963) by Erling Mandelmann.jpg

Imagem Wikipedia

Andrés Segovia dedicou a vida à música, revolucionando a técnica de execução e o status do violão definitivamente.

Segovia nasceu em 21 de fevereiro de 1893, em Linares, Andaluzia. De família muito pobre, a partir dos três anos foi criado por tios que moravam em Granada, onde ouviu pela primeira vez o som do violão, vindo de um jardim. Durante a infância, fascinado pelo do instrumento, procurou aprender seus mistérios, quando aprendeu as técnicas básicas de execução ensinadas por um tocador de flamengo.

Segovia decidiu aperfeiçoar sua técnica para não tocar apenas algumas peças do folclore espanhol. Haviam, na época, duas escolas conceituadas para aprendizado do violão: a escola Francisco Tárrega (1852-1909) e a de Miguel Llobet (1875-1938). Mas não apenas isso, Segóvia criou um estilo próprio, e, a partir do estudo das poucas partituras então existentes para violão, desenvolveu um método específico para a execução do instrumento. Ele criou um toque especialmente único e muito pessoal no modo de usar dedos e unhas para exprimir ampla variedade e volume sonoro com poucos movimentos.

Com essa fantástica técnica ele conseguiu derrubar preconceitos generalizados contra o violão. Os aficionados de música clássica torciam o nariz para esse instrumento popular. ‘Até então, o violão era tocado apenas nos cabarés pelos ciganos.

Aos 16 anos de idade, Andrés Segovia deu seu primeiro concerto, em Granada; e, em abril de 1924, ele fez em Paris o primeiro recital de violão clássico. Em 1928, ele encantou a platéia norte-americana com os sons prodigiosos que o virtuose conseguia extrair daquele simples instrumento de seis cordas.

Segovia passou a incentivar os grandes músicos da época a comporem peças para o violão. Paralelamente, ele adaptava músicas os trabalhos de Bach e outros clássicos. Ele expandiu enormemente o repertório e as possibilidades do violão. Ele levou para as salas de concerto, ao som do violão, peças de grandes compositores clássicos, como Chopin, Schumann e Mendelssohn, além de músicas novas escritas especialmente para o instrumento, por contemporâneos como Mario Castelnuovo Tedesco, Federico Moreno Torraba, Manuel de Falla e Heitor Villa-Lobos.

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Claves musicais e armaduras de claves

Claves musicais

Claves de Sol, Fá e dóClave de sol - recursosClave de Fá - recursosClave de Dó - recursos

Armaduras de claves

A armadura de clave sinaliza as alterações nas escalas diatônicas. A alteração das notas naturais alteram também a ordem dos intervalos, isso possibilita subordiná-los aos padrões convencionados dos modos maior e menor formados com as notas naturais (as escalas de dó maior e lá menor). Uma armadura de clave corresponde a uma escala maior e outra menor chamada de relativa.

Armaduras de claves

Como identificar o tom pela armadura de clave

Armaduras com sustenido: a nota tônica (para tom maior) está meio tom acima do último sustenido, à direita da armadura. 

Armaduras com bemol: a nota tônica (para tom maior) está no penúltimo bemol à direita da armadura.

Duas exceções: A armadura de Dó não tem sustenido e nem bemol. A armadura de Fá tem apenas um bemol, portanto não tem o penúltimo.

Identificar o tom

Os doze tons maiores 

Doze escalas maiores em ordem cromática com preferência enarmônica por armaduras de claves que possuam menor número de alterações ou acidentes. Por exemplo, a escala de dó sustenido é composta por sete sustenidos, enquanto, a escala de ré bemol é composta por cinco bemóis, obviamente, fica mais fácil trabalhar com ré bemol.

Doze escalas maiores em ordem cromática

Questionário para autoavaliação

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Dicionário de acordes para cavaquinho

Acordes maiores e menores (simples)

Eles aparecem por toda a música muitas vezes antecedidos por acordes de preparação (segue abaixo), e, em regra geral, iniciam e finalizam as canções dando nomes aos tons aos quais pertencem, ou seja, o tom da música.

Acordes para cavaquinho - maiores em tríades

Acordes para cavaquinho - menores em tríades

Acordes maiores com sétima

Esses acordes são usados como preparação (dissonantes). Essa preparação pode ligar a outro acorde com característica de resolução, ou também por outro de preparação.

Acordes para cavaquinho - maiores com sétima

Acordes maiores e menores com sexta

Esses acordes são usados como alternativas para substituição de acordes maiores e menores (podendo ser em tríades ou tétrades), quando estes dão nome ao tom da música, ou seja, são o primeiro acorde do tom (I ou Im), ou quando são o quarto acorde do tom (IV e IVm).

Acordes para cavaquinho - menores com sexta

Acordes diminutos – tétrades diminutas

Esse acorde, original do tom menor, possui função dominante e têm como principal aplicação anteceder acordes menores que resolvem, ou conclui a sonoridade, meio tom acima (ex.: Bº para Cm).

Acordes para cavaquinho -diminutas em tétrades

Acordes menores com quinta diminuta – tríades diminutas

Esse tipo de acorde pode ser usado para substituir acordes diminutos em tétrades, acordes menores com sétima e quinta diminutas, todas as vezes que se queira obter uma sonoridade alternativa. Por exemplo: tocar os acordes sol maior, sol diminuto em tríade e novamente o sol maior (G  | Gm(b5)  |   G   ) gera uma combinação sonora agradável.

Acordes para cavaquinho - menores com quinta diminuta - tríades diminutas

Acordes maiores com 7M e menores com 7

Esses acordes maiores e menores em tétrades (acordes de quatro notas), assim como os maiores e menores em tríades (acordes de três notas), são acordes que iniciam e finalizam as músicas permitindo identificar os tons delas. Também aparecem no decorrer das canções seguindo critérios comuns do estudo de harmonia.

Acordes para cavaquinho - maiores com sétima maior

Acordes para cavaquinho - menores com sétima

Acordes menores com sétimas maiores

Esse acordes é característico da Escala Menor Harmônica, pode ser encontrado em finalizações de canções em tom menor, porém, sua aplicação mais comum é nos clichês que combinam quatro tipos de acordes menores em série. Por exemplo: Cm Cm(7M) Cm7 Cm6, podendo ser incompleta, repetitiva, ou com ordem invertida.

Acordes para cavaquinho - menores com sétima maior

Acordes maiores com sexta e nona

Esse tipo de acorde é mais comum nas introduções das canções com característica de acorde que dá nome ao tom, substituindo acordes maiores em tríades, como C, ou em tétrades, como C7M.

Acordes com 6 e 9 cavaquinho



Clique para acessar o dicionc3a1rio-de-acordes-para-cavaquinho.pdf




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Escalas Diatônicas de Si maior e Sol# menor – diagramas para violão e guitarra

Esses desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo. 

Si maior:  si dó# ré# mi fá# sol# lá# // Sol# menor relativa: sol# lá# si dó# ré# mi fá# sol#

Escala Diatônica de Si e Sol# menor - desenho com cordas soltas

Escala Diatônica de Si maior e Sol# menor com cinco desenhos

Escala Diatônica de Si maior e Sol# menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala Diatônica de Si maior e Sol# menor com sete desenhos

Escala Diatônica de Sib maior e Sol menor - Sete desenhos para improvisação

Si maior Sol# menor relativa – desenhos interligados

Escala Diatônica de Si e Sol# menor - 1 desenho com cordas soltas e 14 casas

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Escalas Diatônicas de Lá maior e Fá# menor – diagramas para violão e guitarra

Esses desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo. 

Lá maior:  lá si dó# ré mi fá# sol# lá // Fá# menor relativa: fá# sol# lá si dó# ré mi fá#

Escala Diatônica de Lá e Fá# menor - desenho com cordas soltas

Escala Diatônica de Lá maior e Fá# menor com cinco desenhos

Escala Diatônica de Lá maior e Fá# menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala Diatônica de Lá maior e Fá# menor com sete desenhos

Escala Diatônica de Lá maior e Fá# menor - Sete desenhos para improvisação

Lá maior Fá# menor relativa – desenhos interligados

Escala Diatônica de Lá e Fá# menor - 1 desenho com cordas soltas e 15 casas

 Licença Creative Commons JuarezBarcellos.com de Juarez Barcellos de Paula, licenciado sob uma licença CreativeCommonsAtribuiçãoNãoComercialCompartilhaIgual3.0NãoAdaptada.

Escalas Diatônicas de Sol maior e Mi menor – diagramas para violão e guitarra

Esses desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo. 

Sol maior: sol lá si dó ré mi fá# sol // Mi menor relativa: mi fá# sol lá si dó ré mi

Escala Diatônica de Sol e Mi menor - desenho com cordas soltas

Escala Diatônica de Sol maior e Mi menor com cinco desenhos

Escala Diatônica de Sol maior e Mi menor - Cinco desenhos para improvisaçãoEscala Diatônica de Sol maior e Mi menor com sete desenhos

Escala Diatônica de Sol maior e Mi menor - Sete desenhos para improvisação

Sol maior Mi menor relativa – desenhos interligados

Escala Diatônica de Sol e Mi menor - 1 desenho com cordas soltas e 15 casas

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Escalas Diatônicas de Fá maior e Ré menor – diagramas para violão e guitarra

Esses desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo. 

Fá maior: fá sol lá sib dó ré mi fá // Ré menor relativa: ré mi fá sol lá sib dó ré

Escala Diatônica de Fá e Ré menor - desenho com cordas soltas

Escala Diatônica de Fá maior e Ré menor com cinco desenhos

Escala Diatônica de Fá maior e Ré menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala Diatônica de Fá maior e Ré menor com sete desenhos

Escala Diatônica de Fá maior e Ré menor - Sete desenhos para improvisação

Fá maior e Ré menor relativa – desenhos interligados

Escala Diatônica de Fá e Ré menor - 1 desenho com cordas soltas e 15 casas

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Escalas Diatônicas de Mi maior e Dó# menor – diagramas para violão e guitarra

Esses desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo. 

Mi maior: mi fá# sol# lá si dó# ré# mi // Dó# menor relativa: dó# ré# mi fá# sol# lá si dó# 

Escala Diatônica de Mi e Dó# menor - desenho com cordas soltas

Escala Diatônica de Mi maior e Dó# menor com cinco desenhos

Escala Diatônica de Mi maior e Dó# menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala Diatônica de Mi maior e Dó# menor com sete desenhos

Escala Diatônica de Mi maior e Dó# menor - Sete desenhos para improvisação

Mi maior e Dó# menor relativa – desenhos interligados

Escala Diatônica de Mi e Dó# menor - 1 desenho com cordas soltas e 15 casas

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Escalas Diatônicas de Ré maior e Si menor – diagramas para violão e guitarra

Esses desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo. 

Ré maior: ré mi fá# sol lá si dó# ré  // Si menor relativa: si dó# ré mi fá# sol lá si

Escala Diatônica de Ré e Si menor - desenho com cordas soltas

Escala Diatônica de Ré maior e Si menor com cinco desenhos

Escala Diatônica de Ré maior e Si menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala Diatônica de Ré maior e Si menor com sete desenhos

Escala Diatônica de Ré maior e Si menor - Sete desenhos para improvisação

Ré maior e Si menor relativa – desenhos interligados

Escala Diatônica de Ré e Si menor - 1 desenho com cordas soltas e 15 casas

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Escalas Diatônicas de Dó maior e Lá menor – cinco diagramas para improvisação no violão e na guitarra

Esses desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo. 

Dó maior: dó ré mi fá sol lá si dó // Lá menor relativa: lá si dó ré mi fá sol lá

Escala Diatônica de Dó e Lá menor - desenho com cordas soltas

Escala Diatônica de Dó maior e Lá menor com cinco desenhos

Cinco desenhos para escala diatônica

Mais detalhes sobre o uso dos cinco desenhos

Escala Diatônica - Cinco desenhos para improvisação

Os cinco diagramas para escalas diatônicas ascendentes e descendentes
Começando a improvisar com escalas diatônicas no violão e na guitarra
Dó maior e Lá menor relativa – diagramas interligados 

Escala Diatônica de Dó e Lá menor - 1 desenho com cordas soltas e 15 casas

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Sistema harmônico tonal

Harmonia tonal

O Sistema Tonal se desenvolveu no período barroco e seus principais teóricos foram Gioseffo Zarlino, Jean-Philippe Rameau e Hugo Riemann. As músicas tonais são baseadas no conceito de atração entre a sétima e a oitava (nota tônica) da escala, portanto, nas escalas menores ocorre a alteração na sétima nota para que o intervalo de sétima menor passe a ser de sétima maior. Consequentemente, o acorde formado a partir da quinta nota escala (dominante) deixa de ser um acorde menor passando a um acorda maior. Além disso, os conceitos de Tônica, Dominante e Subdominante são observados.

Gioseffo Zarlino

A harmonia baseada em terças sobrepostas se estabeleceu definitivamente no século 16. Nessa época, destacavam-se os estudos do italiano Gioseffo Zarlino. Sua teoria, com data de 1558, define os modos maior e menor, consonância perfeita e imperfeita, e está apoiada em bases rigorosamente matemáticas.

Jean-Philippe Rameau

Em 1722, a publicação do Tratado de Harmonia, de Jean-Philippe Rameau, recebeu críticas por parte dos que se utilizavam da prática do baixo contínuo, por ter acrescentado conceitos como inversão de acordes e baixo fundamental.

Hugo Riemann

Hugo Riemann, em 1887, tornou pública, seu estudo de teoria funcional, pretendendo construir um sistema capaz de compreender e de apresentar uma notação simplificada para a linguagem harmônica que aumentava sua complexidade desde o período clássico.

Baixo contínuo

O “baixo contínuo” é uma técnica para composição que se baseia em uma visualização harmônica das notas graves, para dar sustentabilidade tonal ininterrupta às composições e com surgimento no período barroco. Os estudantes desta época aprendiam esta técnica para ampliar a capacidade criativa para composição e também para interpretação, já que era dada ao músico a liberdade de escolher, dentro do arranjo, a nota numerada ou cifrada que iria executar.

Essa iniciativa para formalização do estudo teórico da harmonia, chamada de baixo numerado ou cifrado, era a notação do baixo contínuo feita colocando números e alterações que indicavam a formação do acorde a ser realizado partindo da nota mais grave. A numeração indicava os intervalos sobrepostos ao baixo, ou seja, o próprio acorde. Porém, essa teoria, mesmo tendo sido tão estudada e praticada, ainda não era a “teoria da harmonia” propriamente dita porque não analisava a sucessão dos acordes, que é feita dentro do contexto tonal, e não tratava do encadeamento entre eles do ponto de vista da condução de suas vozes; limitando-se à quantidade de notas e seus intervalos relacionadas ao som do baixo.

Harmonia Tradicional

Harmonia tradicional é a harmonia sob uma ótica plena do ponto de vista da escrita musical, ou seja, uma prática de análise dos conceitos harmônicos sem separá-los do conceito musical como um todo. A escrita, em pauta musical, de eventos como passagem, apojatura, retardamento, bordadura, antecipação e escapada, permanece envolvida no contexto da visualização dos caminhos da condução das vozes. Este aspecto metodológico passou a fazer parte de um conceito “tradicional” da harmonia, com tendência a focar sua aplicação na música de concerto de origem européia, todavia, a “harmonia tradicional” tem um horizonte de aplicação renovado dentro do crescente número de orquestras de câmara que surgem em reação ao declínio das grandes orquestras causado, sobre tudo, pela dificuldade em mantê-las.

Resumidamente, o que se pode afirmar é que o material tradicional da teoria da harmonia permanece em uso nos conceitos musicais modernos jazzísticos e similares do século XX, porém, voltada para a aplicação em instrumentos modernos e na simplificação prática, ao custo de uma uniformização da textura resultante, limitado-a na melodia única, na harmonia em blocos e na extrema diminuição do uso da escrita musical em pauta.

Harmonia Seccional

Harmonia seccional é a visão de que as escalas pertencem aos acordes, facilitando o ensino da improvisação exposto pelos manuais americanos de jazz e semelhantes. Nela, uma escala dó ré mi fá sol lá si, é analisada assim: dó, mi, sol e si são a fundamental, a terça, a quinta e a sétima do acorde, respectivamente, a nota ré é chamada de nona do acorde, fá é a décima primeira, lá a décima terceira e o, com suas variações intervalares.

TRABALHO EM REVISÃO

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Textura musical

A textura do arranjo musical

O resultado do arranjo, envolvendo todos os aspectos contextuais somados e organizados, forma um corpo sonoro a ser explorado expressando o sentimento proposto para uma obra, ou trecho musical. É o entrelace do tecido sonoro em seus aspectos harmônico, rítmico e melódico, gerando simultaneamente um resultado em arranjo musical. Estudos sobre textura apresentam pequenas divergências considerando a tendência e a formação do músico. As formas de textura para elaboração de arranjos e seus aspectos são apresentadas como monofonia, homofonia, polifonia e heterofonia, observando que o contraponto é empregado na polifonia, e a melodia acompanhada, na homofonia. As texturas também podem ser compostas geradas das combinações dessas formas criando novos modelos alternativos.

Monofonia e Monodia

Monodia: monólogo, nas antigas tragédias. Canção plangente (com certa tristeza), a uma só voz, sem acompanhamento. Estilo de composição em que uma só voz carrega a melodia. Linha sonora não baseada nos princípios da harmonia. 

Monofonia e Monodia têm, dentro de um contexto atual de comunicação musical, resumidamente o mesmo significado, ou seja, referem-se às composições ou arranjos a uma só voz, ou linha melódica, sem acompanhamento.

Melodia acompanhada

Na melodia acompanhada (acompanhamento) a melodia se destaca fortemente da harmonia e o uso de arpejos dedilhados nos acordes são práticas comuns para o acompanhamento (à maneira de Baixo Alberti e outras variações). A melodia acompanhada é empregada na homofonia mantendo o aspecto da construção harmônica, entretanto, difere-se na forma de executar a melodia e a harmonia, dando maior ênfase à melodia. 

Contracanto ativo e passivo

Contracanto: em linhas gerais, é toda forma de contraponto ao canto da melodia principal, é uma melodia baseada na melodia principal. Ele se baseia nos motivos melódicos da melodia principal e apresenta uma melodia secundária com um ritmo complementar. O contracanto pode ser desenvolvido em diversas vozes e pode ser passivo ou ativo. O contracanto passivo também é chamado de apoio melódico.

contracanto passivo, ou apoio melódico, é um preenchimento da textura utilizando notas longas baseadas em notas da harmonia (dos acordes), diferenciando-se do contracanto ativo que se utiliza de grande liberdade criativa e com base na linha melódica principal.

Contraponto e contracanto

Na prática os dois conceitos têm a mesma finalidade, formar linhas paralelas a uma melodia principal preestabelecida, neste aspecto são sinônimos, porém em termos de comunicação, numa linguagem musical, existe uma diferença entre eles, pois o contraponto é utilizado quando a comunicação está relacionada a instrumentos musicais artificiais, e o termo contracanto se relaciona mais especificamente ao canto de vozes humanas. Ainda assim, existe outra informação com característica comunicativa mais ligada ao contracanto, que deve ser destacada, pois também pode ser aplicada na instrumentação e identificada como contraponto, principalmente numa aplicação em textura mista, trata-se do contracanto passivo, ou apoio melódico, que utilizam notas longas tiradas da harmonia como se faz na textura homofônica, cabendo ao arranjador interpretá-la dentro do contexto de sua aplicação no arranjo em geral, ou em partes específicas, para então classificá-la como polifônico ou homofônico.

Contraponto e Polifonia

O contraponto é uma forma de arranjo para ser executada por dois ou mais instrumentos caracterizada por vozes ou partes das vozes contraponteando com uma voz principal preestabelecida. É a arte de juntar uma ou mais partes melódicas para seguir em linha paralela a uma melodia dada, em forma de vozes secundárias. O contraponto deve manter uma concordância harmoniosa e agradável entre as partes, ou vozes envolvidas na composição de um arranjo. Ele pode ser aplicado com muita liberdade tornando possível uma percepção marcante no arranjo ao ponto de quase fundir-se com a melodia principal. O contraponto com suas características e variações se encaixa na análise de textura polifônica, e ele é a própria concepção da polifonia.

Monofonia, Homofonia, Polifonia e Heterofonia

Monofonia:  Canção uma só voz, sem acompanhamento. Estilo de composição em que uma só voz carrega a melodia. Linha sonora não baseada nos princípios da harmonia. 

Homofonia: Esta textura implica uma similaridade rítmica em varias vozes, ou superposição das vozes, onde o plano harmônico é colocado em evidência. A melodia é entrelaçada ao plano harmônico, e nisto se difere da polifonia e da heterofonia. São notáveis, em sua forma estética de partitura, seus blocos sonoros simultâneos. Utiliza também o baixo cantante, típico no choro e na seresta, e o acompanhamento semi-contrapontístico, que é o acompanhamento bem elaborado, todavia, a melodia permanece em destaque, diferindo-se da textura polifônica, na qual o contraponto é característica marcante. 

Polifonia: É uma textura de arranjo formada por duas ou mais vozes independentes, constituída por planos melódicos separados. O contraponto é evidenciado neste tipo de textura. A polifonia utiliza, principalmente, técnicas imitativas (um instrumento imitando a outro), além de contraponto livre (linhas distintas simultâneas), contraponto invertido (partes com intercambio) e variações de contraponto. Utiliza também estruturas amétricas (métricas irregulares) e estrutura isorrítmica (padrões longos com repetições). 

Heterofonia: Esta textura se baseia em variações simultâneas de uma mesma melodia, ou enlace complexo entre as partes do contraponto (textura mista).

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Campo Harmônico

Campo harmônico, sequência harmônica ou escala harmonizada

A maioria das músicas começam e terminam nos acordes que dão nome às tonalidades sobre as quais elas foram criadas, portanto, observar o acorde inicial e o final de uma composição pode identificar sua tonalidade sem que se analise a melodia diretamente. Mesmo nas músicas com harmonias sofisticadas esta regra é comum, entretanto, existem algumas exceções, inclusive em canções singelas. Esta é uma tendência da música ocidental que se baseia na noção tonal, dividida em dois modos: maior e menor. A tonalidade (também chamada de tom) é a escala adotada para uma composição. Nessa tendência as escalas são chamadas “diatônicas” e podem ser iniciadas a partir de qualquer uma das doze notas do “sistema temperado” que são: dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá# e si. Assim sendo, sobre cada uma destas doze notas são iniciadas duas escalas, uma maior e outra menor, totalizando vinte e quatro escalas, doze maiores e doze menores. A nota inicial de cada escala é a referência tônica para a composições.

A relação do campo harmônico como o repertório

As tonalidades maiores em tríades

Progressão harmônica em tríade nos doze tons (escalas) maiores: O número romano I representa o acorde formado sobre a primeira nota da escala, portanto, os acordes que estão nesta coluna dão nome ao tom ou à escala a qual pertencem. O acorde com estrutura em tríade formado sobre a sétima nota da escala maior normalmente não é utilizado.

Sequências harmônicas das tonalidades maiores em tríades

As tonalidades menores em tríades

Esta estrutura está montada sobre as notas da escala menor natural, da qual, sobre a quinta nota resulta um acorde menor Vm; a escala menor harmônica proporciona a formação de um acorde maior V sobre sua quinta nota com aplicação necessária nas composições de tom menor. Portanto, as composições em tom menor normalmente apresentam o acorde V, sem abandonar o acorde Vm.

Sequências harmônicas das tonalidades menores em tríades

As tonalidades maiores em tétrades

Progressão harmônica em tétrade nas doze escalas maiores. O número romano I7M representa o acorde formado sobre a primeira nota da escala, portanto, os acordes que estão nessa coluna dão nome à tonalidade, ou escala, da qual são pertencentes.

Sequências harmônicas das tonalidades maiores em tétrades

As tonalidades menores em tétrades

Sequências harmônicas das tonalidades menores em tétrades

As três escalas menores

Tríades na escala menor natural

Tríades na escala diatônica menor natural

Tríades na escala menor harmônica

Tríades na escala diatônica menor harmônica

Tríades na escala menor melódica

Tríades na escala diatônica menor melódica

Tétrades na escala menor natural

Tétrades na escala diatônica menor natural

Tétrades na escala menor harmônica

Tétrades na escala diatônica menor harmônica

Tétrades na escala menor melódica

Tétrades na escala diatônica menor melódica

Acordes de Empréstimo Modal

A.E.M. Acordes de empréstimo modal são acordes usados entre acordes de um tom maior, mas que pertencem ao tom menor paralelo (homônimo). Um grupo de A.E.M., em série, constitui “modulação” (mudança de tom). Homônimos ou paralelos: mesmo nome para modos diferentes. (Dó maior e Dó menor) O A.E.M. pode estar em tríade, tétrade e com notas de extensão.

Acordes dos tons homônimos (dó maior e dó menor)

Tons homônimos - Prof. Juarez BarcellosPor causa da sonoridade agradável, os acordes Im7 e IVm7 são comumente substituídos por Im6 e IVm6, da mesma forma os acordes I7M e IV7M  são substituídos por I6 , IV6. Em alguns casos o acorde Vm7 não é A.E.M. , e sim “segundo cadencial”.

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Funções de acordes

Essas são as três funções de acordes para estudo de harmonia: tônica para acordes I e Imsubdominante para acordes IV e IVm; dominante para acorde V7É importante destacar que o acorde, para exercer “com vigor” a função dominante, precisa ser maior e com sétima (tétrade). Portanto, o Vm do tom menor passa a ser V7 para exercer a função dominante. Veja os exemplos em dó maior e lá menor.

T          S          D                                     T          S          D

I           IV         V7     Tom maior           Im       IVm     V7   Tom menor  

C          F          G7    (dó maior)             Am      Dm      E7   (lá maior) 

As três funções de acordes nas doze tonalidades maiores

Tônica, Subdominante e Dominante

Tônica para acordes I e Im; Subdominante para acordes IV e IVm; Dominante para acorde V7.

Tônica, Subdominante e Dominante

As três funções de acordes nas doze tonalidades menores

Tônica, Subdominante e Dominante

Lembre-se que o acorde, para exercer “com vigor” a função dominante, precisa ser maior e com sétima (tétrade). Portanto, o Vm do tom menor, formado na escala menor natural, é substituído pelo V7, formado na escala menor harmônica, para exercer a função dominante.

Tônica, Subdominante e Dominante em Tons Menores

Acordes dominantes da harmonia seccional

Os estudos de harmonia aplicada ao jazz, bossa nova e similares, apresentam cinco tipos de acordes dominantes: primário, secundário, substituto, auxiliar, e extensivo. Este estudo apresenta suas aplicações de forma sintetizada, porém, visando uma exposição ampla de seu conceito estrutural teórico. O conceito de harmonia seccional, também chamado de “harmonia funcional”, e ainda, de “harmonia popular”, faz uso intenso dos acordes com sétima, ou tétrades, porém, para facilitar a visualização e , consequentemente, a compreensão, em alguns exemplos usei acordes em tríades, exceto naqueles de função dominante, tema central deste estudo. 

Dominante Primário: é o acorde maior com sétima (V7) formado a partir da quinta nota da escala maior e das escalas menores harmônica e melódica. Ele prepara os acordes que são formados a partir da primeira nota das escalas maiores e menores, estes são chamados de alvo ou resolução (I7M e Im7), exercem função tônica forte dentro da análise de funções de acordes e podem ser tríades ou tétrades. Sua representação de análise é V7/I para tom maior e V7/Im para tom menor, podendo receber as notas de extensão “nona maior” (9) para tom maior e “nona menor” (b9) para tom menor,  representadas na análise como: V7(9)/I7M (tom maior) e V7(b9)/Im7 (tom menor). Esse acorde com terça maior é formado sobre a quinta nota da escala diatônica, maiores e menores. Ex.: nos tons de sol maior e menor, a quinta nota é ré, portanto, para ambos, o dominante primário é o acorde D7 (ré com sétima).

Dominante Secundário: é o acorde com terça maior e sétima menor formado a partir do intervalo de quinta justa acima das fundamentais dos acorde diatônicos, exceto nos acordes formados sobre a primeira nota da escala e os diminutos VIIm7(b5), em tons maiores, e o IIm7(b5), em tons menores. Ex.: no tom dó maior, os acordes, em tríades ou tétrades, passivos de dominantes secundários são: Dm, Em, F, G e Am (excluindo o C e o Bº (si diminuto); portanto, seus dominantes são: A7/Dm, B7/Em, C7/F, D7/G e E7/Am. Esses grupos de acordes formados por um acorde maior, ou menor, e seu dominante, são analisados como tons implícitos, ou ainda, tons do momento, porque esses grupos são também dominante primário (V) e tônica (I) em outros tons. Por exemplo: C7 e F são, respectivamente, dominante secundário (V7) e subdominante (IV) no tom dó maior; porém, no tom Fá maior, eles são dominante primário (V7) e tônica (I), respectivamente. Por esse método de análise pode-se dizer que é possível aplicar em tons maiores e menores predominantes, outros sub grupos tonais, ou micro tons, chamados também de tons do momento, ou implícitos; porém, permanece a predominância tonal, que é visualizada e perceptível com maior clareza, geralmente, nos inícios e finais das peças ou trechos musicais. 

Os “dominantes secundários” são acordes maiores com sétima (V7) que tem som de preparação para os acordes IIm, IIIm, IV, V e VIm da escala maior, assim como, os acordes bIII, IVm, Vm, bVI e bVII da escala menor natural. Os dominantes secundários, tais como, os dominantes primários, são iniciados da nota que está quinta justa acima da nota tônica de cada um desses acordes alvos, ou resoluções. Suas representações de análises são: V7/IIm, V7/IIIm, V7/IV, e assim, com todos os outros.

Dominante Substituto: este dominante é aplicado na substituição dos demais tipos de acordes dominantes, então ele pode ser substituto dos dominantes: primário,secundário, extensivo e auxiliar. Uma maneira fácil e objetiva de compreender a aplicação desse tipo de acorde, é considerar que todo dominante tem um acorde alvo, ou ainda, que o dominante é uma preparação e o alvo é a resolução; partindo desta consideração, identifique o dominante substituto como um acorde maior com sétima menor, meio tom afrente do alvo. Dois exemplos: se o alvo é C7M, o dominante substituto é Db7, e se o alvo é Em7, o dominante substituto é F7.

Comumente acrescenta-se ao dominante substituto um intervalo de quarta aumentada, ou décima primeira aumentada, porque ele substitui outros dominantes, cujas fundamentais se encontram quarta aumentada acima do dominante substituto. Repetindo um dos exemplos acima, teremos: Db7(#11), como dominante substituto com resolução em C7M, neste caso a quarta aumentada de Db7 é a nota sol, e o acorde sol (G) tem função dominante sobre o acorde dó (C). Existem notas comuns entre o dominante substituto e o dominante substituído; por exemplo, para Db7(#11) como dom. substituto e G7 como dominante primário, ou secundário, a ser substituído, temos a seguinte relação de notas semelhantes sublinhadas:

Db7(#11): réb + fá + sol + dób (si), fundamental, terça maior, quarta aumentada e sétima menor, respectivamente.

G7: sol + si (dób) + ré + fá, fundamental, terça maior, quinta justa e sétima menor, respectivamente.

Dominante Extensivo: também chamado de dominante estendido, é o dominante que prepara o dominante secundário, ou ainda, um outro dominante extensivo, quando numa série de tais. Por exemplo: no tom dó maior, o acorde G7 é dom. primário (V7/I), o acorde D7 é dom. secundário (V7/V7), o acorde A7, quando preparando o D7, é um dominante extensivo, e ainda, o E7, quando preparando A7, é também dominante extensivo. Observe que os acordes A7 e E7, no tom dó maior, também podem ser dominantes secundários, quando seus alvos forem os acordes diatônicos Dm7 (IIm7) e Am7 (VIm7), respectivamente; como dominantes secundários seriam sinalizados assim: V7/IIm7 e V7/VIm7, e como dominantes extensivos seriam sinalizados apenas com V7.      

Dominante Auxiliar: é o dominante que prepara um A.E.M. (acorde de empréstimo modal). Por exemplo: no tom dó maior, o acorde Bb é um A.E.M., original do tom dó menor, e seu dominante auxiliar é o acorde F7; este é formado a partir da nota que está quinta justa acima da fundamental do acorde alvo, seguindo a regra dos dominantes, exceto os dominantes substitutos.

Aula complementar nº 1 Harmonia em slides

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Cifragens de acordes

Tríades, Análise e Estrutura

Primeira tríade em dó maior e seus intervalos (Dó / Mi  e  Dó / sol) 

Dó / mi = terça (três notas: dó, ré, mi) /  t + t = 2 tons / terça maior (não leva cifra) || Dó / sol = quinta (cinco notas: dó, ré, mi, fá, sol) / t + t + st + t = 3 tons e ½ / quinta justa (não leva cifra) || Então temos: Fundamental Dó / Terça com dois tons / Quinta com três tons e meio / Conclusão: C. As estruturas da 1ª, 4ª e 5ª tríades das escalas maiores são sempre de 3ª maiores e quintas justas (1ª = C / 4ª = F / 5ª = G)

Segunda tríade em dó maior e seus intervalos (Ré / Fá e Ré / Lá)

Ré / Fá = terça (três notas: Ré, Mi, Fá) / t + st = 1 tom e ½ / terça menor (cifra m) || Ré / Lá = quinta (cinco notas: Ré, Mi, Fá, Sol, Lá) / t + st + t + t = 3 tons e ½ / quinta justa (não leva cifra) || Fundamental Ré / Terça com 1 tom e ½ / Quinta com três tons e meio / Conclusão: Dm. As estruturas da 2ª, 3ª e 6ª tríade são de 3ª menores e quintas justas (2ª = Dm / 3ª = Em / 6ª = Am)

Sétima tríade em dó maior e seus intervalos (Si / Ré  e  Si / Fá)

Si / Ré = terça (três notas: Si, Dó, Ré) / st + t = 1 tom e ½ || Si / Fá = quinta(cinco notas: Si, Dó, Ré, Mi, Fá) / st + t + t + st = 3 tons || Fundamental Si / Terça com 1 tom e ½ / Quinta com 3 tom e ½ / Conclusão: Bm(b5). A tríade diminuta raramente é usada, o mais comum é o uso da tétrade com quinta diminuta Bm7(b5).

Tétrades, Análise e Estrutura

Para a formação em tétrade acrescenta-se a sétima (7 ou 7M) às estruturas em tríades. As estruturas da 1ª e da 4ª tríades em tons maiores recebem 7M (sétima maior = 5 tons e ½). As estruturas da 2ª, 3ª, 5ª, 6ª e 7ª tríades em tons maiores recebem 7 (sétima menor = 5 tons).

Conclusão: em Dó maior, das tríades C e F resultam as tétrades C7M e F7M, e das tríades Dm, Em, G, Am e Bm(b5) resultam as tétrades Dm7, Em7, G7, Am7 e Bm7(b5).

Cifragem alfabética de acordes

As cifragens alfabéticas usadas para representar os acordes são: A, B, C, D, E, F e G / lá, si, dó, ré, mi, fá e sol, respectivamente; e suas alteradas enarmônicas que são: A# e Sib, C# e Db, D# e Eb, F# e Gb, G# e Ab. Para discriminar os acordes acrescentam-se-lhes: m, 4, (b5), (#5), 6, 7dim, ou º , 7, 7M, add9, 9, (9), (11), (#11), (b13),  além das inversões e de outras nomenclaturas sinônimas destas.

Tríade: acorde com fundamental, terça e quinta;

Tétrade: acorde com fundamental, terça, quinta e sétima;

Fundamental: primeira nota do acorde, é a nota que dá nome ao acorde;

Terça: nota que diz se o acorde é maior ou menor;

Acorde híbrido: que não possui a terça (estrutura incompleta);

Terça maior: não é cifrada, fica subentendida (neste caso o acorde é maior);

Terça menor: m ou –   anodo após a fundamental (neste caso o acorde é menor);

Quinta justa: não é cifrada, fica subentendida;

Quinta diminuta: (b5) ou -5 (o símbolo º refere-se à quinta e sétima diminutas);

Quinta aumentada: (#5), +5 ou apenas + ;

Sétima maior: 7M ou maj7;

Sétima menor: apenas o 7;

Sétima diminuta: dim., 7dim. ou º (estas cifras subentendem fundamental com terça menor, quinta e sétima diminutas);

Quarta justa: apenas o 4 (acorde Sus – que não possui terça);

Sexta maior: apenas o 6 para acordes maiores e menores;

Nona maior: add9 para tríades completas, apenas o 9 para os demais acordes;

Décima primeira aumentada: (#11) acompanhando a tétrade (corresponde à quarta aumentada uma oitava acima);

Décima terceira: (13) acompanhando a tétrade (corresponde à sexta maior uma oitava acima);

Décima terceira menor: (b13) acompanhando a tétrade (corresponde à sexta menor uma oitava acima).

Inversão de acordes

A inversão do acorde acontece quando a nota mais grave deixa de ser a fundamental e passa a ser a terça, a quinta ou a sétima. Existem outros tipos de inversão em que a nota mais grave não é nenhuma dessas três, eles serão analisados separadamente. As notas do acorde representado pela cifra C (dó maior) são dó, mi e sol(fundamental, terça e quinta); inverter esse acorde significa, basicamente, mudar a ordem para mi, dó e sol (terça, fundamental e quinta), ou sol, dó e mi (quinta, fundamental e terça). 

A tríade C  e a tétrade C7M em estado fundamental  e suas inversões

No estado fundamental, eles têm a nota dó no baixo e as demais notas têm ordem variável. C = dó mi sol  ||  C7M = dó mi sol si  

Na primeira inversão, eles têm a nota mi no baixo e as demais notas têm ordem variável. C/E = mi sol dó  ||  C7M/E = mi sol si dó

Na segunda inversão, eles têm a nota sol no baixo e as demais notas têm ordem variável. C/G = sol dó mi  ||  C7M/G = sol si dó mi

A terceira inversão se aplica somente na tétrade com a nota si no baixo e as demais notas têm ordem variável. C7M/B = si dó mi sol. A terceira inversão não existe nos acordes em tríades, pois esses acordes não possuem a sétima nota partindo da fundamental, que é a quarta nota das terças sobrepostas. Somente os acordes em tétradas possuem essa nota com intervalo de sétima.

Cifras de Acordes Invertidos

Na leitura das cifras dos acordes invertidos, deve-se observar que o nome que está antes da barra é do acorde e o que está depois é da inversão; veja C/G, dó é o acorde e sol é a inversão, neste caso é 2ª inversão (5ª no baixo), a leitura é dó com sol. Para qualquer inversão a leitura da barra / é com, e das cifras, seus nomes correspondentes . Em resumo: C/E lê-se dó com mi, dó com a terça no baixo, ou ainda, dó com a primeira inversão.

Conceitos práticos da inversão

Na prática, essas inversões são analisadas de várias formas, porém, permanece como regra geral, o sentido principal da inversão de um acorde, que é determinar ou alterar a nota que produzirá o som mais grave, dentre as notas desse acorde. Isso  se aplica aos instrumentos polifônicos (que emitem notas simultâneas) e aos monofônicos (que emitem uma nota por vez), desde que, agrupados para formar os acordes. 

Também existe o conceito de “condução de vozes”, que veremos separadamente, que consiste basicamente em interligar os acordes de uma música, ou de um trecho musical, por meio da aproximação das alturas de suas notas; particularmente, este conceito é extremamente difícil de se aplicar no violão quando o objetivo é arranjar melodia e harmonia paralelamente, ou seja, solar e acompanhar ao mesmo tempo. 

Outro fator importante é o número de notas duplicadas no acorde em prática, por exemplo, o acorde sol maior, feito no violão, quase sempre tem  triplicação da nota sol  e duplicação da nota si, nesta ordem: sol, si, ré, sol, si e sol (da 6ª para a 1ª corda);  inverter este acorde pode ser simplesmente eliminar a nota sol (6ª corda), que é a fundamental, tornando a nota si a mais grave desse acorde sol, ou ainda, eliminar as notas sol e si (6ª e 5ª cordas), fazendo com que a nota ré seja a mais grave desse acorde sol.

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Intervalos

Intervalo é a distância existente entre duas notas, podendo ser harmônico ou melódico, dentre outras características. Acorde é um grupo de notas que soam simultaneamente formando a base harmônica da música, o acompanhamento da melodia, é formado por intervalos harmônicos. Um intervalo pode ser de 2.ª, de 3.ª,etc.; depende de quantas notas ele envolve. Por exemplo, entre as notas dó e fá existem 4 notas (dó-ré-mi-fá) formando um intervalo de 4.ª.

INTERVALO DE SEGUNDAS MAIORES E MENORES

Intervalos conjuntos na escala de Dó maior:

dó-ré | ré-mi | mi-fá | fá-sol | sol-lá | lá-si | si-dó

Intervalos de 2ª maior (1 tom) e 2ª menor (1/2 tom);

1 tom equivale à distância entre 2 casas ou 2 teclas;

1/2 tom equivale à distância entre 1 casa ou 1 tecla.

INTERVALOS DE TERÇA MAIORES E MENORES

Intervalos

Os acordes são formados por intervalos de terças superpostas, iniciados a partir de notas das escalas. 

Tríade: acorde com fundamental, terça e quinta. Ex.: C (dó, mi e sol)

Tétrade: acorde com fundamental, terça, quinta e sétima. Ex.: C7 (dó, mi, sol e si) 

Terça: nota que diz se o acorde é maior ou menor. Ex.: C (dó maior) e Cm (dó menor). 

Terça maior: não é cifrada, (subentende-se acorde é maior). Ex.: C (dó maior)

Terça menor: m ou – anotado após a fundamental (acorde é menor). Ex.: Cm (dó menor). 

Quinta justa: não é cifrada. Ex.: C (dó maior) e Cm (dó menor) 

Quinta diminuta: (b5) ou -5 (usada em acordes menores com sétima). Ex.: Cm7(b5) Quinta aumentada: (#5), +5 ou apenas  +. Ex.: C5 (dó com quinta aumentada) e C7(#5) dó com sétima e quinta aumentada. 

Sétima maior: 7M ,  maj7 ou  7+. Ex.: C7M (dó com sétima maior) 

Sétima menor: apenas o 7 após a fundamental e a terça. Ex.: C7 (dó com sétima) 

Sétima diminuta: dim, 7dim ou º. Sua cifra subentende terça menor e quinta diminuta. Ex.: Cº (dó diminuto).

Acorde híbrido: que não possui a terça (estrutura incompleta). Ex.: C9 e C4. 

Quarta justa: apenas o 4 substituindo a terça da tríade, acorde SUS4 (4.ª suspensa), ex.: C4 (dó com quarta). 

Sexta maior: apenas o 6 para acordes maiores e menores. Ex.: C6 (dó com sexta) e Cm6 (dó menor com sexta). 

Nona maior: add 9 (adicionada) para tríade completa. Apenas o 9 para os demais acordes. Ex.: Cadd9 (dó com nona adicionada/tríade + extensão), C9 (dó com nona/acorde híbrido) e C7(9) (dó com sétima e nona/tétrade + extensão). 

Nona menor: b9 extensão para tétrades. Ex.: C7(b9) = dó com sétima e nona. Nona aumentada: #9 extensão para tétrades. Ex.: C7(#9) = dó com sétima e nona aumentada. 

Décima primeira aumentada: (#11) extensão para tétrades. (quarta aumentada oitava acima). Ex.: C7(#11) dó com sétima e décima primeira aumentada. 

Décima terceira: (13) extensão para tétrades (sexta maior oitava acima). Ex.: C7(13) dó com sétima e décima terceira. 

Décima terceira menor: (b13) extensão para tétrades (sexta menor oitava acima). Ex.: C7(b13) dó com sétima e décima terceira menor.

Estrutura de acordes é o termo que se refere às tríades e tétrades, ou seja, os intervalos harmônicos de terça,quinta e sétima formados a partir de qualquer nota da escala que recebe o nome de fundamental.

Extensão de acordes são os intervalos de nona, décima primeira e décima terceira, adicionados à tríade ou às tétrades. 

Os acordes de 7M soam bem com sexta – C7M 6. Os acordes de 7 (dominante) soam bem com nona – C7 (9).

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Notas musicais

Notas naturais na clave de sol

Sustenido e bemol – alterações – notas enarmônicas

O sustenido e o bemol servem para representar as cinco notas chamadas enarmônicas existentes entre as sete notas denominadas naturais. Portanto, para entender as funções do sustenido e do bemol, basta saber entre quais notas naturais estão as notas enarmônicas. As notas naturais são: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si; as notas enarmônicas são: dó#, ré#, fá#, sol# e lá#, que também podem se chamar: réb, mib, solb, láb e sib, respectivamente. Então, conclui-se que existem doze notas denominadas, sete naturais e cinco enarmônicas; se cada uma delas tivesse um nome próprio não haveria sustenido e nem bemol. A necessidade  da utilização de sustenidos e bemóis existe porque o pentagrama representa unicamente as notas naturais, sendo assim, utilizam-se sustenidos e bemóis nas sete notas naturais, já presentes no pentagrama, para representar as cinco notas enarmônicas. Essa é a ordem, com sustenido, das doze notas musicais: dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá# e si. 

As notas naturais formam as escalas diatônicas de dó maior e lá menor, portanto, o pentagrama é uma representação dessas duas escalas. As notas enarmônicas são utilizadas para determinar a altura dos intervalos necessários na organização de escalas, acordes e melodias, a partir de uma nota central chamada tônica, que pode ser qualquer uma das doze notas musicais (sete naturais + cinco enarmônicas).

Frequências da nota lá em oito oitavas

Notas naturais na extensão do piano

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Propriedades e características dos sons musicais

Sons musicais e ruídos

As vibrações que ocorrem com o contato entre corpos produzem o som em forma de ondas, as ondas sonoras. Essas vibrações possuem frequências medidas em Hertz (Hz), e as fontes sonoras podem ser muitas, instrumentos musicais, ventos, frenagem de automóveis, etc. As ondas sonoras audíveis ao ser humano estão entre 20 Hz e 20.000 Hz de frequência, e se dividem em duas classes:

Ondas Sonoras Periódicas: sons agradáveis, sons musicais. 
Ondas Sonoras Aperiódicas: ruídos, sons desagradáveis. 

As ondas sonoras audíveis produzidas por vibrações periódicas (sons musicais) possuem frequências e intervalos. Intervalo é a distância, ou relação, entre as frequências analisadas fisicamente, os intervalos constituem a base do estudo de harmonia musical. A frequência caracteriza a altura da nota musical, e a altura é uma das características, ou propriedades, do som, é o posicionamento sonoro em relação ao grave e ao agudo. A frequência de 440 Hz recebe o nome de nota musical Lá.

Propriedades Sonoras

Propriedades sonoras: altura, duração, intensidade e timbre. Qualidades sonoras: altura, intensidade e timbre.

Altura: altura, em música, é a localização do som dentro da percepção de graves e agudos. O som de um violão está entre o grave e o agudo (notas médias), o som da flauta e do violino são agudos (notas altas), e o som dos contrabaixos e da tuba são graves (notas baixas).  

Duração: a duração não é uma qualidade sonora, e sim uma propriedade, por estar ligada unicamente à quantidade de tempo que um som produzido permanecerá soando. No estudo da música, as figuras de valores são unidades utilizadas para determinar a permanência do som no tempo atendendo às necessidades da composição ou do arranjo musical. As unidades de valores em uso atual são: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.

Intensidade: é a força empregada na emissão de uma ou mais notas musicais, medida em decibel, e sua representação é feita por sinais específicos chamados de sinais de dinâmica. É capacidade que o som tem de se apresentar forte ou fraco, ou ainda, em escalas de forte ou fraco. A intensidade é a também chamada de volume.

Timbre: o timbre é a qualidade, ou propriedade, que característica o som quanto à sua fonte, nos dando uma referência quanto ao instrumento musical usado na emissão de uma ou mais notas. Dois instrumento musicais iguais podem oferecer variação no timbre.

Características Sonoras

Uma fonte sonora produz o som que é resultado de uma série de vibrações, que chega aos nossos ouvidos através do ar na forma de ondas sonoras. A medida usada para calcular a intensidade (volume) do som é o decibel (dB). Os termos: forte e fraco, e suas variações, se referem à intensidade sonora (volume). Uma conversação normal tem medida, entre 60 e 70 dB, e a intensidade no rock pauleira mede 110 dB aproximadamente. Intensidade acima de 120 dB pode causar danos aos tímpanos, inclusive a surdez.

Dinâmica é o nome dado às variações de intensidade na composição musical.  Algumas músicas apresentam variação ou variações de dinâmica, outras mantêm a mesma intensidade do início ao fim. A velocidade das vibrações, geradas pelas fontes, determina a frequência do som (a altura) que possui uma unidade de medida chamada hertz (Hz).  É usando essa unidade (Hz) que afinamos os instrumentos. Os termos alto e baixo podem se referir a som agudo e grave (altura medida em Hz). Alto ou baixo (volume) se referem à alta ou baixa intensidade do som (dB). Sons com frequências acima de 20 000 Hz são tão agudos que não podemos ouvi-los e são chamados   sons ultrassônicos. 

Cada nota musical possui uma frequência específica. O afinadores eletrônicos demonstram isso com clareza. Timbre é a característica sonora, que nos permite identificar e diferenciar os sons. O timbre torna o som individualmente caracterizado. Densidade sonora é a quantidade de sons simultâneos que ocorrem num ambiente.

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Iniciação ao violão com partituras

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Estudo para iniciação ao violão - 01

Este estudo é para aqueles que querem tocar por partitura. O resultado prático desse estudo obtive aplicando em aulas em grupo e individuais. Quando o aluno conhece a canção trabalhada, que neste estudo é “Eu Sei Que Vou Te Amar”, o resultado é mais rápido e proveitoso, mas ainda que ele não a conheça, deverá fazer o exercício para se familiarizar com as notas em algumas cordas e casas do violão. Este estudo tem duração de quatro semanas, em média, divididas em quatro ou duas aulas, devendo ser sucedido pela melodia completa da canção “Eu Sei Que Vou Te Amar”, ou de outra que tenha as mesmas características, e no mesmo tom – dó maior. Uma boa alternativa, é a canção “Ode To Joy”, ou “Hino à Alegria”, de L. V. Beethoven.

Estudo para iniciação ao violão - 02

Este estudo é para os que fizeram o Estudo para iniciação nº 1, por estarem organizados em série, e os que querem fazer um estudo em grupo de quatro ou mais alunos. O resultado prático desses dois estudos obtive  em aulas em grupo e individuais. Quando o aluno conhece a canção trabalhada, que neste estudo é “Eu Sei Que Vou Te Amar”, o resultado é mais rápido e proveitoso, mas ainda que ele não a conheça, deverá fazer o exercício para se familiarizar com as notas em algumas cordas e casas do violão. Este estudo tem duração de oito semanas, em média, divididas em oito ou quatro aulas, devendo ser aplicada a um grupo de quatro ou mais alunos, podendo também, ser utilizado por alunos que conseguem ou queiram tocar duas linhas melódicas simultaneamente em um violão. Neste caso, dois violões atenderiam as quatro linhas melódicas da partitura ao lado, porém, não é este o objetivo do exercício proposto, e sim, que quatro violões emitam linhas melódicas diferentes e simultâneas.

Eu Sei Que Vou Te Amar – Estudo nº 1 – PDF

Eu Sei Que Vou Te Amar – Estudo nº 2 – PDF


Ode to Joy em Dó Maior

Arranjo para os dedos indicador e médio tocarem a melodia e o polegar fazer o acompanhamento. Comece tocando apenas a melodia até decorar, em seguida, toque com acompanhamento. Observe com atenção os dedos da mão esquerda relacionados ao acompanhamento: dedo 3 para as notas dó e sol (5ª e 6ª cordas/3ª casa); dedo 2 para a nota mi (4ª corda/2ª casa); dedo 1 para as notas si bemol e fá (5ª e 6ª cordas/1ª casa).

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Ode to Joy em Sol Maior

Este é o segundo exercício, segundo arranjo, e deve ser executado seguindo os mesmos critérios do exercício anterior.

Hino à Alegria arranjo simplificado para violão em Sol maior

Mais exercícios em: https://ode-to-joy-exercicios-para-violao

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Ode To Joy (Hino à Alegria) – exercícios para violão

Ludwig van Beethoven

Beethoven

Beethoven foi um grande compositor alemão que viveu no período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX). Ele teve suas primeiras lições musicais com seu avô, porém, obteve formação musical sistemática e conheceu os grandes nomes alemães da música com o melhor mestre de cravo da cidade de Colônia na época, Christian Gottlob Neefe (1748-1798), a quem foi confiado com apenas oito anos de idade. Compôs sua primeira peça aos onze anos de idade, com quatorze anos já era organista assistente e logo se tornou violoncelista na orquestra da corte e professor. Ele teve infância difícil, sua família era de origem flamenca e com dezessete anos de idade enfrentou problemas financeiros, pois seu pai havia perdido o emprego devido ao alcoolismo, teve que cuidar dos pais e dois irmãos mais novos. Aos vinte e seis anos de idade, isolou-se em grandes depressões, pois, lhe foi diagnosticado a congestão dos centros auditivos internos; e aos quarenta e seis anos de idade estava quase surdo. – Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia!

Ode à Alegria é o quarto movimento da nona sinfonia com texto adaptação do poema do poeta, filósofo e historiador alemão, Friedrich Schiller, feita por Beethoven, e é considerada por muitos como sua obra-prima.

Ode to Joy em Dó Maior

Arranjo para os dedos indicador e médio tocarem a melodia e o polegar fazer o acompanhamento. Comece tocando apenas a melodia até decorar, em seguida, toque com acompanhamento. Observe com atenção os dedos da mão esquerda relacionados ao acompanhamento: dedo 3 para as notas dó e sol (5ª e 6ª cordas/3ª casa); dedo 2 para a nota mi (4ª corda/2ª casa); dedo 1 para as notas si bemol e fá (5ª e 6ª cordas/1ª casa). 

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Ode to Joy em Sol Maior

Este é o segundo exercício, segundo arranjo, e deve ser executado seguindo os mesmos critérios do exercício anterior. 

Hino à Alegria arranjo simplificado para violão em Sol maior

Ode To Joy – 3ª acima

Ode To Joy – 5ª acima

Ode To Joy – Arranjo em Dó

Ode To Joy – Baixo em mínima

Ode To Joy – Baixo em Semibreve

Ode To Joy – Clave de Fá – Baixo

Ode To Joy – melodia e anotações

Ode To Joy – melodia e Harmonia cifrada

Ode To Joy – melodia e harmonia simplificada

Ode To Joy – melodia e histórico

Ode To Joy – melodia e poema

Ode To Joy – melodia e biografia com foto

Ode To Joy – melodia, baixo e biografia com foto

Ode To Joy em Sol -melodia e acompanhamento

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Escalas Musicais

Escala Diatônica

A partir de qualquer nota da escala temperada (doze notas) pode-se iniciar uma escala diatônica seguindo seu padrão de estrutura de tons e semitons. Na sexta nota da escala maior começa uma escala que é chamada de menor relativa, e esta possui as mesmas notas da escala maior que lhe deu origem, porém, são diferentes na estrutura, pois a sexta nota da escala maior é a primeira da menor. Os semitons também mudam de ordem, na escala de Dó maior, os semitons estão da 3ª para a 4ª e da 7ª para a 8ª notas; na escala de Lá menor, os semitons estão da  2ª para a 3ª e da  5ª para a 6ª notas. Além disso, a escala menor sofre alterações que dão origem a duas novas escalas, que são a Escala Menor Harmônica e a Escala Menor Melódica.

Diatônica: prefixo grego dia (movimento através) + sub feminino tônica (primeira nota de uma escala). A palavra diatônica refere-se às escalas maiores e menores do Sistema Tonal, que é o sistema dominante na música ocidental globalizada. É um padrão escalar que se inicia a partir de qualquer uma das doze notas do Sistema Temperado. Esse sistema tem doze intervalos iguais entre si, considerando sua progressão cromática em treze notas, sendo que a décima terceira é a repetição da primeira, porém, com o dobro da frequência (Hz). 

Observação: há diferença entre nota tônica e fundamental.

  • Tônica é a nota que inicia uma escala, é a primeira e a oitava nota das escalas maiores e menores.
  • Fundamental é primeira nota do acorde. O acorde é formado por fundamental, terça, quinta…
Escala Natural

Escala natural é aquela formada com as notas naturais dó, ré, mi, fá, sol, lá e si, é a escala de Dó maior e sua relativa Lá menor. Uma escala menor relativa é chamada também de escala menor natural para diferir de suas derivadas menor harmônica e menor melódica, já que o termo “menor relativa” indica relação com uma escala maior. É comum encontrar textos usando nome Escala Natural com referência às escalas diatônicas maiores e menores em geral.

Escala Maior

Escala maior é o padrão diatônico estabelecido a partir da escala natural de Dó maior, caracterizado por intervalos de semitom da 3ª para a 4ª e da 7ª para a 8ª nota, sendo de um tom o intervalo entre as demais.  

Escala Menor

Escala menor é o padrão diatônico estabelecido a partir da escala natural de Lá menor, caracterizado por intervalos de semitom da 2ª para a 3ª e da 5ª para a 6ª nota, sendo de um tom o intervalo entre as demais. Esta escala sofre duas alterações gerando três tipos de escalas menores, que passam a ter como referência de escala menor, apenas o intervalo de semitom da 2ª para a 3ª nota.  

Escala menor relativa é aquela que se inicia na sexta nota de uma escala maior, compondo-se das mesmas notas. 

Escalas homônimas são aquelas que possuem o mesmo nome para modos diferentes. Ex.: Dó maior e Dó menor. São chamadas também de Escalas Paralelas e Tons Paralelos.

Escalas enarmônicas são aquelas que possuem nomes diferentes para um mesmo grupo sonoro. Podem ser escalas ou notas. Ex.: Dó# e Réb.

Escalas menores natural, harmônica e melódica

A escala menor sofre duas mudanças que dão origem a duas novas escalas, também menores. Então temos três escalas menores:

  1. Escala Menor Natural: começa na sexta nota de uma escala maior diatônica, da qual é relativa, e dá origem as outras duas (harmônica e melódica).
  2. Escala Menor Harmônica: em relação à menor natural, sofre alteração de meio tom acima na sétima nota, passando de sétima menor (5 tons) para sétima maior (5 tons e meio); alterando também, o intervalo existente entre a sétima e a oitava nota, passando de segunda maior (tom) para segunda menor (semitom).
  3. Escala Menor Melódica: em relação à menor harmônica, sofre alteração de meio tom acima na sexta nota, passando de sexta menor (4 tons) para sexta maior ( 4 tons e meio), para diminuir o intervalo de terça menor (tom e meio) existente entre a sexta e a sétima nota na menor harmônica, passando a ser de segunda maior (tom). O padrão intervalar da escala menor melódica difere-se do padrão da escala maior apenas pelo intervalo de terça menor (tom e meio), que na escala maior é terça maior de (2 tons). Veja a aula Intervalos.

Escala natural e suas derivadasEscala maior:       dó      ré       mi      fá       sol      lá       si     dó 

Menor natural:      lá       si       dó      ré       mi      fá      sol     lá  (relativa)

Menor harmônica: lá      si       dó      ré       mi      fá      sol#   lá

Menor melódica:   lá       si       dó      ré       mi      fá#    sol#   lá

As alterações da escala harmônica e melódica não aparecem na armadura de clave e sim no decorrer da peça, como acidente local.

Resumo dos semitons nas escalas: Escala maior: da 3ª p / 4ª e da 7ª p/ 8ª  ||  Escala menor natural: da 2ª p/ 3ª e da 5ª p/ 6ª  ||  Escala menor harmônica: da 2ª p/ 3ª, da 5ª p/ 6ª e da 7ª p/ 8ª  ||  Escala menor melódica: da 2ª p/ 3ª e da 7ª p/ 8ª.

Escala Pentatônica

A escala pentatônica é predominante no folclore europeu e principalmente na música oriental, é uma escala de apenas cinco notas, podendo ser maior ou menor, e de aplicação consideravelmente fácil. A cultura oriental é apresentada ao mundo sob trilhas sonoras de característica pentatônica, em documentários, reportagens, filmes típicos, propagandas de produtos japoneses, etc., portanto, a escala pentatônica, embora seja tipicamente oriental, é familiar aos ouvintes ocidentais. Ela é comumente usada por músicos improvisadores na música contemporânea ocidental, e nisso não há paradoxo, o que ocorre é que a escala pentatônica oferece algumas facilidades tanto para o canto, quanto para execução em instrumentos artificiais, principalmente os de cordas. Sua aplicação na música ocidental ocorre com maior frequência  nos solos de guitarra, pois, desta escala de cinco notas, formulam-se cinco diagramas fáceis de decorar e com diversas possibilidades de combinações e efeitos agradáveis.

Intervalos das escalas pentatônicas maiores e menores

Maior: segunda maior (1 tom); terça maior (2 tons); quinta justa (3 tons e 1/2); sexta maior (4 tons e meio); oitava maior (6 tons)

Menor: terça menor (1 tom e 1/2); quarta justa (2 tons e 1/2); quinta justa (3 tons e 1/2); sétima menor (5 tons); oitava maior (6 tons).

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Violão e guitarra – iniciação

Pra não dizer que não falei das flores – Caminhando e Cantando…

Os acordes Am e G (lá menor e sol) são suficientes para iniciarmos alunos de todos as preferências musicais, pois eles fazem parte dos mais variados repertórios e gêneros musicais. A canção “Pra não dizer que não falei das flores” (caminhando e cantando), de Geraldo Vandré, pode ser tocada com esses dois acordes.

Deslize as unhas dos dedos anelar, médio e indicador da mão direita, pelas cordas; ou a palheta seis vezes em cada acorde, até conseguir trocar de acordes com facilidade, ou dedilhe na ordem p i m a m i duas vezes em cada acorde, até trocar de acordes com facilidade.

Os dedos: mão esquerda:  1 (indicador), 2 (médio), 3 (anelar), 4 (mínimo); e mão direita: p (polegar), i (indicador ), m (médio), a (anelar).

3/4     Am      |      %        |        G         |      %         ||

Atenção: Mantenha o andamento ao trocar de acorde.

Que Maravilha – Lá fora esta chovendo…

Os acordes C, Dm, Em e F (dó, ré menor, mi menor e fá) formam os primeiros quatro compassos da melodia da canção ”Que Maravilha”, de Toquinho e Jorge Benjor. Toque com as unhas, ou com a palheta, duas vezes em cada acorde até conseguir  alcançar facilidade, ou dedilhe na ordem p i m a duas vezes em cada acorde, até trocar de acordes com facilidade.

Dedos da mão esquerda: 1 = indicador / 2 = médio / 3 = anelar / 4 = mínimo.  Dedos da mão direita: p = polegar / i = indicador / m = médio / a = anelar. 

Acordes C Dm Em F (3 alternativas)

2/4      C      |    Dm      |     Em       |      F       ||                                               

Mantenha o andamento, contando 1 2, na troca de acordes.

Palco – Subo nesse palco…

Os acordes aprendidos nos exercícios nº1 e nº2, para violão popular, formam um grupo de seis acordes que são o limite harmônico de grande parte dos gêneros musicais populares; rock, pop, sertanejo, folclórica, etc.. A música “Palco”, de Gilberto Gil, mostra a aplicação deste seis acordes na ordem original em que eles se apresentam dentro de sua escala de formação, chamada “Escala Diatônica”. 


Toque com unhas, ou palhetas, duas vezes em cada acorde ou dedilhe na ordem p i m a uma vez em cada acorde.

4/4 |    C    Dm   |    Em    F    |    G    Am    |

Lenha e Velha Infância

Os acordes C, Dm, Em, F, G e Am, constituem uma formação elementar, na qual, grande parte dos gêneros musicais limitam suas composições. Vamos analisar esse grupo de acordes como tons, podendo ser do modo maior ou do modo menor relativo. 

  • Modo maior: C (dó) é o centro desse grupo; tom Dó maior. 
  • Modo menor: Am (lá menor) é o centro desse grupo; tom Lá menor.

A maioria das músicas começam e terminam com o acorde que dá nome ao tom em que ela foi composta. As músicas “Lenha”, de Zeca Baleiro e ”Velha Infância”, dos Tribalistas, são exemplos perfeitos, elas começam e terminam com os acordes que nomeiam seus tons. Veja os exemplo nos tons  Dó maior e Lá menor:

Lenha – Eu não sei dizer o que quer dizer…              

4/4 |       C           |        G          |       F         |       C          ||

Com palheta ou unhas , toque quatro vezes em cada acorde.

Velha Infância – Você é assim um sonho pra mim…

12/8 |     Am         |       Dm        |       G         |      Am        ||

Dedilhe na ordem p i m a m i, duas vezes em cada acorde. Com palheta, toque quatro vezes em cada acorde, ou doze vezes em cada acorde, alternado palhetadas para baixo e para cima e acentuando as seguintes palhetadas: 1ª, 4ª, 7ª e 10ª.

Leitura de diagramas, cordas a tocar

Leitura dos Desenhos de Acordes

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CURSOS


Arpejos dedilhados para violão

Também chamados de variações de Baixo Alberti, típicos para o emprego da Melodia Acompanhada, em arranjos com textura homofônica.
Arpejos 1ª aula - 10 variações
 

Arpejos 2ª aula - 10 variações

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Notas naturais na pauta e no braço do violão

O pentagrama e suas linhas e espaços suplementares superiores e inferiores

Pauta com espaços e linhas suplementares

Pentagrama: cinco linhas e quatro espaços onde se escrevem as notas musicais.

Pauta: pode se referir unicamente ao pentagrama (5 linhas e 4 espaços), ou ainda, ao conjunto de espaços e linhas do pentagrama, juntamente com seus espaços e linhas suplementares superiores e inferiores. Ou seja, refere-se a todas as linhas e espaços utilizadas na escrita de uma dada peça musical, ou trecho de alguma. 

O pentagrama e suas linhas e espaços suplementares superiores e inferiores, em todas as claves, recebem os nomes das sete notas naturais, que são as notas que formam as escalas de Dó Maior e Lá Menor, além dessas, existem cinco notas chamadas enarmônicas que recebem nome de notas naturais alteradas com sustenido ou bemol, e são anotadas nas linhas e espaços dessas notas naturais.

Linhas e espaços

Notas Naturais na Clave de Sol e suas localizações no braço do violão

Notas Naturais: Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si

Notas naturais na pauta e no violão até a 15ª casa



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As Notas Naturais no braço do violão

Escala Diatônica de Dó e Lá menor - desenho com cordas soltas

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Nomenclatura, postura e palheta no violão

Nomenclatura dos dedos

O dedo mínimo destro não é usado em técnicas convencionais. O dedo polegar canhoto se apoia na parte oposta àquela em que estão as cordas dando força na digitação dos dedos 1, 2, 3 e 4, dessa mesma mão.                

Dedos da mão esquerda: p i m a – polegar, indicador, médio e anelar, respectivamente;
Dedos da mão esquerda: 1 2 3 4 – indicador, médio, anelar e mínimo, respectivamente.

Mão direita: os três primeiros desenhos mostram o indicador ferindo a primeira corda, apoiando na segunda, e o polegar ferindo a sexta corda, apoiando na quinta.
Mão esquerda: os três últimos desenhos mostram a digitação com extremidade (ponta dos dedos), curvatura da mão e posicionamento do polegar.

O uso da palheta

Para obter um bom desempenho com a palheta, o instrumentista deve utilizar somente a articulação do pulso da mão direita, evitando tornar o braço direito uma alavanca ao movimentar a palheta. Isso lhe proporcionará maior controle muscular e maior ganho de velocidade com menor movimentação mecânica.

A digitação da mão esquerda é sinalizada utilizando as numerações 1, 2, 3 e 4, para os dedos indicador, médio, anelar e mínimo, respectivamente. A digitação deve ser feita com a extremidade dos dedos, ou seja, as pontas dos dedos.

Número 1 = indicador; número 2 = médio; número 3 = anelar; e número 4 = mínimo.

A palheta deve ser apertada suavemente entre os dedos polegar e indicador da mão direita, mantendo os demais dedos fechados, porém, sem forçá-los.

O ataque com a palheta se dá com uma angulação de 30º, aproximadamente, em relação à boca do instrumento. Devem-se eliminar possíveis ruídos causados pela palheta ao tocar as cordas e por sensíveis toques inconscientes das unhas da mão direita. Por isso o movimento com a palheta deve ser objetivo e com total percepção de espaço para a movimentação da mesma.

O local apropriado, ou ponto de referência, para usar a palheta é a boca do instrumento (abertura para saída do som), podendo haver variações para obtenção de diferentes timbres. Quando não há boca, (instrumentos de madeira maciça) tem-se uma localização imaginária sugerida pelo próprio desenho do instrumento em relação a ela.

O apoio da mão direita se dá de forma móvel, sem a fixação dos dedos no tampo, o que dificulta o mover da mão como bloco único. A necessidade de apoio se dá naturalmente, por isso o apoio nas cordas, no cavalete ou na ponte, acaba ocorrendo. Nesse caso deve-se utilizar esse apoio apenas como sensorial sem permitir que haja tensão muscular para não limitar o desenvolvimento técnico. 

O movimento muscular é feito naturalmente quando a mão direita inverte o sentido da palheta em relação às cordas (para cima e para baixo). Também nestes movimentos não se devem tencionar os músculos. Ao perceber qualquer rigidez ou tensão muscular ao executar o movimento com a palheta, ou até mesmo dedilhando, deve-se parar o exercício, relaxar e começar novamente. 

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Acordes para cavaquinho – aula 1

Estes são os acordes básicos para cavaquinho, com eles é possível montar um grande repertório de música brasileira.

Acordes maiores e menores (tríades maiores e menores = acordes de três notas)

Esses acordes são usados para começar e finalizar músicas, assim exercem a função tônica dando nome ao tom da música. Existem poucas exceções para essa regra de começar e terminar com o acorde que dá nome ao tom.

Acordes para cavaquinho - maiores em tríades

Acordes para cavaquinho - menores em tríades

Acordes maiores com sétima (tétrades maiores = acordes de quatro notas)

Esses acordes são usados como preparação para outros, que podem ser maiores ou menores localizados quarta justa acima (2 tons e meio; ex.: sol + 2 tons e meio = ). Eles exercem a função dominante, ou seja, possuem intervalos com sonoridades dissonantes que devem ser sucedidas por outro intervalo, ou outro acorde, para ter a sensação de conclusão sonora.

Acordes para cavaquinho - maiores com sétima

Acordes menores com sexta

Esses acordes são usados como alternativas para substituição de acordes menores, principalmente os de função tônica (que dão nome ao tom) em tons menores. São muito utilizados também sobre a quarta nota da escala maior, substituindo o acorde maior original por um menor com sexta Ex.: sobre a quarta nota do tom dó, que é fá, forma-se o acorde F (fá maior) que pode ser substituído por Fm6 (fá menor com sexta), obviamente respeitando o bom senso sonoro.   

Acordes para cavaquinho - menores com sexta

Acordes menores com sexta

Esse acorde, original do tom menor, possui função dominante e têm como principal aplicação anteceder acordes menores que resolvem, ou conclui a sonoridade, meio tom acima (ex.: Bº para Cm).

Acordes para cavaquinho -diminutas em tétrades

Acordes menores com quinta diminuta (tríades diminutas)

Esse tipo de acorde pode ser usado para substituir acordes diminutos em tétrades, acordes menores com sétima e quinta diminutas, todas as vezes que se queira obter uma sonoridade alternativa. Para exemplo, experimente tocar os acordes sol maior, sol diminuto em tríade e novamente o sol maior (G  | Gm(b5)  |   G   ) e ouça a agradável sonoridade dessa combinação simples.

Acordes para cavaquinho - menores com quinta diminuta - tríades diminutas

Como são contadas as linhas e espaços da pauta musical

Linhas e espaçosAs linhas e espaços suplementares existem para acrescentar notas com alturas superiores ou inferiores aos limites do pentagrama. Observe que as cinco linhas e os quatro espaços do pentagrama são contados de baixo para cima, o mesmo acontece com as linhas e espaços suplementares superiores; porém, as linhas e espaços suplementares inferiores são contados de cima para baixo.

O número de linhas e espaços suplementares, tanto superiores quanto superiores, varia de acordo a necessidade da altura da nota a ser escrita.

O uso da palheta em instrumentos de cordas

Para obter um bom desempenho com a palheta, o instrumentista deve utilizar somente a articulação do pulso da mão direita, evitando tornar o braço direito uma alavanca ao movimentar a palheta. Isso lhe proporcionará maior controle muscular e maior ganho de velocidade com menor movimentação mecânica.

A digitação da mão esquerda é sinalizada utilizando as numerações 1, 2, 3 e 4, para os dedos indicador, médio, anelar e mínimo, respectivamente. A digitação deve ser feita com a extremidade dos dedos, ou seja, as pontas dos dedos.

 Número 1 = indicador; número 2 = médio; número 3 = anelar; e número 4 = mínimo.

A palheta deve ser apertada suavemente entre os dedos polegar e indicador da mão direita, mantendo os demais dedos fechados, porém, sem forçá-los.

O ataque com a palheta se dá com uma angulação de 30º, aproximadamente, em relação à boca do instrumento. Devem-se eliminar possíveis ruídos causados pela palheta ao tocar as cordas e por sensíveis toques inconscientes das unhas da mão direita. Por isso o movimento com a palheta deve ser objetivo e com total percepção de espaço para a movimentação da mesma.

O local apropriado, ou ponto de referência, para usar a palheta é a boca do instrumento (abertura para saída do som), podendo haver variações para obtenção de diferentes timbres. Quando não há boca, (instrumentos de madeira maciça) tem-se uma localização imaginária sugerida pelo próprio desenho do instrumento em relação a ela.

O apoio da mão direita se dá de forma móvel, sem a fixação dos dedos no tampo, o que dificulta o mover da mão como bloco único. A necessidade de apoio se dá naturalmente, por isso o apoio nas cordas, no cavalete ou na ponte, acaba ocorrendo. Nesse caso deve-se utilizar esse apoio apenas como sensorial sem permitir que haja tensão muscular para não limitar o desenvolvimento técnico. 

O movimento muscular é feito naturalmente quando a mão direita inverte o sentido da palheta em relação às cordas (para cima e para baixo). Também nestes movimentos não se devem tencionar os músculos. Ao perceber qualquer rigidez ou tensão muscular ao executar o movimento com a palheta, deve-se parar o exercício, relaxar e começar novamente.

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Grandes Pandeiristas Brasileiros

Este é um resumo biográfico de alguns dos mais importantes instrumentistas nacionais que elevaram a técnica de tocar o pandeiro tipicamente brasileiro, dos quais, alguns são também compositores e cantores.

 

João da Bahiana (1887-1974): João Machado Guedes, compositor popular, cantor, passista e instrumentista carioca brasileiro. Participou da famosa gravação organizada por Heitor Villa-Lobos a bordo do navio “Uruguai” em 1940, para o disco “Native Brazilian Music“, do maestro Leopold Stokowski, com sua música “Ke-ke-re-ké“.

Russo do Pandeiro (1913-1945): Antônio Cardoso Martins, instrumentista e compositor. Nasceu em São Paulo, SP, Mudou-se com a família para o Rio aos três anos, passando a infância na Rua Santana, perto do Café Jeremias, reduto de boêmios. Em 1936, foi para Buenos Aires, Argentina, fazer uma temporada na Radio El Mundo com Benedito Lacerda, Francisco Alves e Alzirinha Camargo. Entre 1937 e 1938, apresentou-se com Carmen Miranda no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro.

Indicado por Carmen Miranda, ele foi contratado para tocar em New York, EUA, durante nove meses. A partir de 1947, participou de vários filmes em Hollywood, um deles foi Copacabana, ao lado de Carmen Miranda. Fazendo sucesso nos EUA, fundou uma orquestra, Russo and the Samba Kings, apresentando-se em quase todos os Estados norte-americanos. Voltando ao Brasil em 1950, tornou-se funcionário público, encerrando a carreira musical.

Jackson do Pandeiro (1919-1982): José Gomes Filho, nascido em Alagoa Grande, Paraíba, foi grande destaque como cantor e compositor de forró, samba dos subgêneros: baião, xote, xaxado, coco, arrasta pé, quadrilha, marcha, frevo, dentre outros. Também conhecido como O Rei do Ritmo. Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: “Sebastiana”, de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: “Forró em Limoeiro”, rojão composto por Edgar Ferreira. Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, “Forró em Limoeiro”, em 1953, até o último álbum, “Isso é que é Forró!”, de 1981, foram 29 anos de carreira artística, tendo passado por inúmeras gravadoras.

Mestre Marçal (1930-1994): Nilton Delfino Marçal foi diretor de bateria e cantor brasileiro.  Filho do consagrado compositor Armando Marçal, que fez músicas com Alcebíades Barcellos, o “Bide”. Durante muitos anos Maçal foi diretor de bateria da GRES Portela, alguns de seus discos tinham a temática das Escolas de Samba, como A Fantástica Bateria de Mestre Marçal, e seu último trabalho, Sambas-Enredo de Todos os Tempos. Também atuou como comentarista dos desfiles de Escolas de Samba, pela Rede Manchete.

Jorginho do Pandeiro (1930): Pandeirista. Nasceu numa família de músicos e, aos sete anos, já tocava ao lado do pai, o violonista Caetano José da Silva. Expressivo representante do choro carioca iniciou sua trajetória musical aos 14 anos, na Rádio Tamoio, onde se apresentou no conjunto de Ademar Nunes.  Ressalta como um dos pontos mais altos de sua carreira os trabalhos feitos ao lado de Jacob do Bandolim. Trabalhou com o conjunto Época de Ouro e nas rádios Nacional e Mayrink Veiga, além de realizar produção de discos de artistas como Sílvio Caldas, Clara Nunes, Elizeth Cardoso, Chico Buarque e Marisa Monte.

Bira Presidente (1937): Ubirajara Félix do Nascimento, cantor, compositor, percussionista e pandeirista. Como pandeirista, acompanhou vários artistas da MPB, entre eles Nara Leão, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara, Alcione e Paulo Moura. Com este último, participou de um festival de jazz na Alemanha. Trabalhou em shows e estúdios com Emílio Santiago, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Gonzaguinha e grupos novos como Katinguelê, Belo, Soweto, Kiloucura e Dudu Nobre. Em 1980, gravou o primeiro disco do grupo Fundo de Quintal, o primeiro de uma longa série, com o qual vem se apresentando por mais de 20 anos em turnês nacionais e internacionais.

Airto Moreira (1941): Airto Guimorvan Moreira, natural de Itaiópolis, Santa Catarina, é baterista, percussionista e compositor brasileiro. Estudou canto, piano, violino, bandolim e teoria musical. Em 1962 integrou o Sambalanço Trio, juntamente com César Camargo Mariano e Humberto Cláiber, entre 1966 a 1969 integrou o Quarteto Novo com Theo de Barros, Heraldo do Monte e Hermeto Pascoal, e no fim dos anos 1960 mudou-se para os Estados Unidos. Lá participou da gravação do álbum Bitches Brew de Miles Davis na faixa “Feio” que o definitivamente colocou no cenário da música internacional. Junto de sua esposa, a cantora Flora Purim, o mesmo gravou vários álbuns e co-produziu diversos de seus trabalhos.

Em agosto de 1981, no 29º Annual International Jazz Critics Poll, da revista “Down Beat”, Airto era escolhido o percussionista do ano na opinião de 55 críticos de jazz de todo o mundo. E em 1992, o trabalho de equipe “Planet Drum” representou o trabalho vencedor do Grammy : o álbum, lançado nos Estados Unidos por uma pequena etiqueta chamada The World/Ryko, teve como líder o também percussionista Mickey Hart, e foi concebido e desenvolvido com intensa participação de Airto Moreira e sua esposa, a cantora e compositora Flora Purim.

Carlinhos Pandeiro de Ouro (1943): Carlos de Oliveira chamou a atenção do cantor da Mangueira, Jamelão, que o convidou para se tornar membro da escola. Em 1958 Carlinhos começou a tocar profissionalmente se estabelecendo como um músico de estúdio, ele apareceu na televisão e no rádio no final dos anos 60 e início dos 70, e depois tocou com grandes músicos norte-americanos. Ele excursionou com Martinho da Vila, Beth Carvalho, Maria Bethânia e Sergio Mendes. Sua carreira como percussionista o levou em turnês pela Europa, Américas, Austrália, Ásia e África. Nos anos 80, ele se mudou para o Havaí e, em 2002, mudou-se para Los Angeles e tornou-se um percussionista atuante no circuito San Francisco – San Diego.

Nereu (1945): de São José, RJ o músico cantor e percussionista é figura representativa no movimento samba-rock, um dos fundadores do lendário Trio Mocotó. A carreira deslanchou quando o trio acompanhou Jorge Ben, com o grande sucesso da apresentação de “Charles Anjo 45”, no IV Festival Internacional da Canção, da TV Globo (RJ), em 1969.

Beto Cazes (1955): Iniciou sua carreira em 1976 com o grupo Coisas Nossas tocando em shows de Aracy de Almeida e Eduardo Dusek, dentre outros. Sob a liderança do maestro Radamés Gnattali, integrou a Camerata Carioca 1980 a 1985 e realizou diversas turnês ao lado de Nara Leão e Elizeth Cardoso, participando também de gravações de discos de outros artistas, gravou os discos “Vivaldi e Pixinguinha”, 1980, e Tocar, 1983. Em 1998 se tornou integrante do conjunto Nó em Pingo D’Água e se apresentou na Holanda, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França e Estados Unidos. Trabalhou também com a Orquestra de Cordas Brasileiras fazendo concertos por todo o Brasil. No ano de 1996, realizou turnê com Wagner Tiso, Vitor Biglione e a Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí de São Paulo. Ao longo dos anos, participou de gravações ao lado de Caetano Veloso, Martinho da Vila, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gal Costa, Maria Bethânia, dentre outros.

Celsinho Silva (1957): é um percursionista de carreira internacional e que tem no pandeiro sua maior expressão. Iniciou sua carreira em 1976 no conjunto de choro Os Carioquinhas, filho de Jorginho do Pandeiro e sobrinho de Dino 7 Cordas. É fundador e integrante do grupo Nó Em Pingo D’Água de 1978, em 1979 fundou o conjunto Camerata Carioca juntamente com Radamés Ignattali e Joel do Nascimento, e tocou com grandes nomes da música brasileira destacando-se com Paulinho da Viola por integrar sua banda desde 1980.

Guello (1960): Luis Carlos Xavier Guello começou a sua carreira de percussão com Osvaldinho da Cuíca. Durante a década de 80, ele formou o Grupo Livre Percussão, pesquisando e compondo peças baseadas em ritmos brasileiros. Ele gravou com alguns dos maiores artistas brasileiros, como Zizi Possi, Paulo Moura, Joyce, Marco Pereira, Badi Assad, Edson Cordeiro, Antônio Nóbrega e Sá e Guarabira. Ele foi membro da Banda Sossega-Leão e o lendário Mexe-com-Tudo, uma banda que eletrizou noites de São Paulo por mais de uma década. Atualmente, ele é membro da Orquestra Popular de Câmara, Banda Mantiqueira, André Mehmari Trio e Trio Bonsai.      

Marcos Suzano (1963): Começou tocando surdo e cuíca e fixou-se no pandeiro depois de assistir a um programa com Jorginho do Pandeiro, do conjunto Época de Ouro. Frequentou a casa de Hermeto Pascoal e de Radamés Gnattali e estudou ritmos africanos num grupo com Paulo Moura, depois tocou com Zizi Possi, Água de Moringa, Marisa Monte, Zé Kéti,Gilberto Gil, Lenine dentre outros. Desenvolveu técnicas para pandeiro e ás difundiu em cursos e oficinas, tendo como conceito técnico diferenciado o tomar como tempo forte a batida das pontas dos dedos contra a pele do pandeiro, e não pelo polegar, como é comum. Ele afirma que essa técnica facilita a realização de ritmos fora do padrão do pandeiro.

 BIBLIOGRAFIA

som13.com.br / Dicionário Cravo Albin / Wikipédia / ww.carlinhospandeirodeouro.com

palcoprincipal.sapo.pt / tocandopandeiro.wordpress.com / celsinhosilva.com.br / ww.pandeiro.com

Revista Música Hodie, Goiânia – V.12, 302p., n.2, 2012 GIANESELLA, E. F. O Uso Idiomático dos Instrumentos de Percussão Brasileiros: principais sistemas notacionais para o pandeiro brasileiro.

Estudo para pandeiro – O Cio Da Terra

Neste exercício a utilização do polegar inicia a maioria dos compassos e o toque com as pontas dos dedos indicador, médio e anelar é representado pela mesma figura que representa o toque com a base da mão. O estudo abaixo é um arranjo simples para a canção “O Cio da Terra” de Chico Buarque e Milton Nascimento.

Estudo nº 1 para pandeiro

O Cio da Terra Estudo para pandeiro em PDF

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Escala harmônica de Sol# menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de sol sustenido menor temos os acordes A#m7(b5) e D#7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é G#m, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota sol#.

Escala harmônica de Láb menor - Cinco desenhos para improvisação

 

Escala harmônica de Sol menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de sol menor temos os acordes Am7(b5) e D7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Gm, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota sol.

Escala harmônica de Sol menor - Cinco desenhos para improvisação

 

Escala harmônica de Fá sustenido menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de fá sustenido menor temos os acordes G#m7(b5) e C#7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Em, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota fá#.

Escala harmônica de Fá# menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala harmônica de Fá menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de fá menor temos os acordes Gm7(b5) e C7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Fm, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota fá.

Escala harmônica de Fá menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala harmônica de Mi menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de mi menor temos os acordes F#m7(b5) e B7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Em, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota mi.

Escala harmônica de Mi menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala harmônica de Mi bemol menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de mi bemol temos os acordes Fm7(b5) e Bb7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Ebm, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota mib.

Escala harmônica de Mib menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala harmônica de Ré menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de ré menor temos os acordes Em7(b5) e A7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Dm, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota ré.Escala harmônica de Ré menor - Cinco desenhos para improvisação.

Escala harmônica de Dó sustenido menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de ré bemol menor temos os acordes D#m7(b5) e G#7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é C#m, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota dó#.

Escala harmônica de Réb menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala harmônica de Si bemol menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de si bemol menor temos os acordes Cm7(b5) e F7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Bbm, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota sib.

Escala harmônica de Sib menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala harmônica de Dó menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de dó menor temos os acordes Dm7(b5) e G7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Cm, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota dó.

Escala harmônica de Dó menor - Cinco desenhos para improvisação

Escala harmônica de Si menor- cinco desenhos

Estes cinco desenhos são usados em improvisação observando os critérios técnicos específicos; ferindo as cordas com unhas (dedos) ou com palheta apropriada. Também são usados para facilitar na audição de melodias, para encontrar tonalidades, para fazer arranjos e compor músicas e frases musicais.

A principal aplicação da escala harmônica se dá associada ao acorde dominante V7 que prepara o acorde de função tônica Im. O acorde dominante V7 pode ser precedido pelo subdominante IIm7(b5); ambos são estruturados com notas da escala harmônica, por isso ela soa perfeitamente associada a eles. Lembre-se que o acorde de função tônica pode ser do tom real ou, numa linguagem jazzística, ser o tom implícito – tom secundário, ou ainda, tom do momento.

Na escala de si menor temos os acordes C#m7(b5) e F#7 como principais motivos de aplicação da escala harmônica. O acorde de função tônica é Bm, mesmo que ele não seja o tom real, e mesmo que não haja resolução – quando o acorde alvo não é tocado.

  • Dedos (unhas): alternar indicador e médio, o polegar deve ser exercitado separadamente.
  • Palheta específica: alternar o sentido da palheta, movimentando para cima e para baixo.
  • Os números em cor azul sinalizam a localização da nota tônica, que neste caso é a nota si.

Escala harmônica de Si menor - Cinco desenhos para improvisação